Com desaceleração da economia global, PIB retornará ao nível pré-crise somente em 2021 – Em 2019, a economia brasileira cresceu 1,1% em relação ao ano anterior, de acordo com dados das Contas Nacionais divulgados recentemente pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Apesar de consolidar a tendência de recuperação da economia no País, as marcas deixadas pela última recessão ainda não foram apagadas. Nos anos de 2015 e 2016, o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro acumulou perda de 7,0%, encontrando-se, ao fim do último trimestre de 2019, 2,5% abaixo do nível verificado antes da crise. Ainda que positivos, os dados do PIB de 2019 revelam um grande desafio para a economia brasileira nos próximos anos. Reativar o mercado de trabalho que, a despeito do recuo da taxa de desemprego, tem apresentado níveis recorde de subutilização da força de trabalho e informalidade elevada. A trajetória de recuperação que o País terá pela frente após a pior recessão da sua história segue, portanto, longa. Atualmente, o nível de geração de riqueza no Brasil corres¬ponde àquele observado em 2013. A percepção da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) é de que as condições que propiciaram a retomada do crescimento econômico no ano passado estão minimamente preservadas, mas ainda há espaço para a queda das taxas dos juros, dada a mediana das expectativas para a inflação de 2020. Considerando os impactos que a epidemia do novo coronavírus deverá provocar na economia global no primeiro trimestre, a CNC revisou de +2,3% para 2,1% sua expectativa de crescimento da economia brasileira em 2020. Essa alta deverá ser impulsionada pelo consumo das famílias (+2,7% ante 2019). Diante dessa nova expectativa e do cenário atual, segundo o qual o PIB se encontra 2,5% abaixo do último trimestre de 2014, a superação plena da recessão, portanto, somente se dará na primeira metade de 2021.
Confiança, ajuste fiscal e o fim da era do fechamento de lojas no comércio – O comércio varejista brasileiro sofreu com a crise eco¬nômica recente. A retração na atividade fez o varejo amargar três anos de reduções no volume de vendas, 2014 (-1,7%), 2015 (-8,6%) e 2016 (-8,6%), de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em 2017, as vendas iniciaram o processo de recuperação, quando cresceram +4% em relação a 2016, ano em que a base de comparação estava bastante baixa. O desempenho negativo do volume de vendas entre 2014 e 2016 foi naturalmente acompanha¬do pelo fechamento de lojas país afora. Estabelecimentos de micro, pequeno, médio e grande porte fecharam as por-tas, caracterizando a brusca redução no consumo das famílias. As quedas nos índices de confiança das famílias e dos empresários do comércio, apurados pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), foram apontando a tendência negativa no número de estabelecimentos varejista no País durante a crise. Por isso, é extremamente importante que o País evite qualquer afrouxamento na agenda fiscal. Com o ajuste nas contas públicas avançando, diferentemente do ocorrido em programas monetários do passado, as expectativas dos agentes para o longo prazo se manterão elevadas, incentivando os investimentos em novos estabelecimentos comerciais.
Faturamento do turismo brasileiro cresceu 2,2% em 2019 – Segundo pesquisa elaborada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) em parceria com a Cielo, o índice que mede o faturamento real das empresas prestadoras de serviços típicos para o turista subiu 2,2% em 2019 sobre 2018, totalizando R$ 238,6 bilhões. O resultado significou acréscimo de R$ 5,1 bilhões no faturamento das empresas. De acordo com o Índice Cielo de Vendas do Turismo (ICV-Tur) CNC, as vendas do setor vêm se recuperando num ritmo compatível com o desempenho da economia. A taxa de 2019 tornou-se a maior da série desde 2017, alimentando expectativas de que o crescimento da economia seja mais vigoroso daqui para a frente, configurando cenário benigno de vendas diante do fortalecimento da economia.
Sexto Levantamento Safra 2019/20 da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) – De acordo com a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) no sexto Levantamento, para safra 2019/20, houve crescimento de 4,1% na produção de grãos em comparação à temporada passada. O indicativo atual é de um volume total na ordem de 251,9 milhões de toneladas, ou incremento de 9,9 milhões de toneladas em relação à safra de 2018/19. O resultado representa também um leve crescimento de 0,3% ante o levantamento anterior, de fevereiro (mais 786 mil toneladas). As condições climáticas vêm favorecendo as lavouras de grãos nas principais regiões produtora do Brasil. A perspectiva é que os níveis de produtividade apresentem bom desempenho nesta temporada, sobretudo para as lavouras de soja e milho que impulsionaram o volume total e devem garantir mais um recorde na safra de grãos do País.