Confiança do empresário do comércio tem o melhor janeiro desde 2013 – A confiança do empresário do comércio atingiu 126,6 pontos, apresentando alta de +2,0% em relação a dezembro, a quinta consecutiva, e o maior índice para meses de janeiro desde 2013. A maioria dos empresários (57,6%) segue percebendo que as condições atuais da economia estão melhores do que há um ano, o que não ocorria desde abril de 2019, assim como 53,9% deles mostraram intenção de aumentar seus investimentos, o que não acontecia desde junho de 2014. A recuperação gradual da economia, com melhora na taxa de desemprego, nas condições de consumo, na inflação e nos juros historicamente baixos, ajuda a explicar a percepção otimista dos empresários do comércio, tanto em relação ao futuro quanto para o momento atual.
A caminho do 1º avanço anual em 5 anos, setor de serviços tropeça em novembro – De acordo com a Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em novembro, o volume de receitas do setor de serviços se manteve praticamente estável (-0,1% na comparação com o mês imediatamente anterior, já controlados os efeitos sazonais). Esse foi o primeiro resultado negativo do setor após duas altas expressivas (+1,5% em setembro e +0,8% em outubro). A recuperação plena do setor no pós-crise, no entanto, segue ainda distante, na medida em que, atualmente, o volume mensal de receita de serviços ainda se encontra 9,8% abaixo do pico de atividade ocorrido em novembro de 2014. O setor terciário é responsável por quase 70% do Produto Interno Bruto (PIB) e por 72% do emprego formal no País.
Mercado espera crescimento de 2,31% do PIB em 2020 – No último relatório Focus divulgado pelo Banco Central (17/01), a mediana das expectativas para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) caiu, pela terceira semana consecutiva, para 3,56%. No curto prazo, as projeções dos analistas para o IPCA são de 0,36% para janeiro, 0,37% para fevereiro e 0,30% para março. As cinco instituições que mais acertam – TOP 5 – projetam IPCA de 0,32%, 0,31% e 0,27%, respectivamente. A mediana das projeções dos analistas para o IPCA de 2021 permaneceu em 3,75%, e, para 2022, a estimativa foi de 3,50%, a mesma inflação esperada para 2023.
Anos 1980 e 2010: duas décadas perdidas – As recessões que acometeram a economia nos dois períodos do título deste texto marcaram tão fortemente o sistema produtivo que a correspondência entre as décadas foram os efeitos negativos sobre as atividades, seguidos da deterioração das condições de vida para grande parcela da população por conta do desemprego alto e da acentuada diferença entre as camadas sociais. Com base nos dez anos iniciados em 1980 e 2010, no primeiro intervalo, o Brasil cresceu 33,3% à taxa média anual de 2,9%, enquanto, a partir de 2010, o crescimento atingiu 14,1% e a média anual ficou em 1,3%. As assimetrias entre as décadas examinadas não acabam nessas comparações. Nos 30 anos que separam os dois períodos, a população cresceu, as atividades de serviços passaram a predominar na composição do produto doméstico e o desemprego não deixou de ser um problema, atingindo contingente expressivo tanto em termos absolutos quanto relativos atualmente.