Um fim de ano com recuos e retrações no setor produtivo

Compartilhe:

*por Ernane Galvêas, consultor econômico da Presidência da CNC.

O Índice de Confiança Empresarial (ICE), do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV Ibre), caiu 3,3 pontos em novembro, para 97 pontos. Em médias móveis trimestrais, o indicador recuou pela segunda vez consecutiva, agora em 1,8 ponto.

O Índice de Situação Atual Empresarial (ISA-E) diminuiu 2,5 pontos, para 97 pontos, e o Índice de Expectativas (IE-E) cedeu 4,5 pontos, para 95,8 pontos.

A economia encolheu 0,40% em outubro, em relação ao mês anterior, de acordo com o Índice de Atividade Econômica do Banco Central – Brasil (IBC-Br). Essa é a quarta queda seguida, de acordo com os últimos dados revisados. Em setembro,a atividade caiu 0,46%, e, em agosto, 0,44%. No acumulado de 12 meses, o setor produtivo cresceu 4,19%. No ano, a alta é de 4,99%.

PIB e investimentos

Com a retração de 0,1% da economia no terceiro trimestre de 2021, o Brasil ocupa a 26ª posição num ranking elaborado pela agência de classificação de risco Austin Rating, que contemplou 33 países que já apresentaram os resultados do período.

Os investimentos em construção registraram acomodação em setembro e interromperam uma sequência de três altas, para uma queda de 1,8% ante agosto, segundo cálculos do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). Ainda assim, os ganhos de julho e agosto garantiram avançode 5,9% do dado no terceiro trimestre ante os três meses anteriores.

Indústria

A produção da indústria brasileira recuou 0,6% em outubro, ante setembro, segundo a Pesquisa Industrial Mensal – Produção Física (PIM-PF), divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Com o resultado de outubro, a indústria fica 4,1% abaixo do patamar pré- pandemia, em fevereiro de 2020.

O faturamento da indústria recuou 2% em outubro, ante setembro, perfazendo três meses seguidos de retração, período no qual cedeu 8%, segundo a Confederação Nacional da Indústria (CNI). Em relação a outubro do ano passsado, a perda atingiu 12,8%.

O rendimento médio real caiu 1,2% em outubro, em comparação com setembro, na série livre de efeitos sazonais.

Leia também

Rolar para cima