Monitor – 25 de outubro de 2023

Compartilhe:

Informativo da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo25/10/23 | nº 1017 | ANO V |  www.cnc.org.br
Em nota, Valor Econômico mostra que o brasileiro deu sinais de “consumo moderado” em outubro, na leitura da CNC. O indicador Intenção de Consumo das Famílias subiu 0,3% em outubro ante setembro, para 104,2 pontos. Na comparação com outubro de 2022, a expansão foi de 19,7%. Mesmo assim, o aumento foi o mais fraco desde outubro do ano passado (18,9%). O desempenho do índice evidencia cautela do consumidor com as compras. Essa cautela ocorre às vésperas de duas datas importantes de compra para o varejo: Black Friday e Natal. A Tribuna de Santos (SP) e A Gazeta (MT) também reverberam a pesquisa. Diário do Comércio (MG) atenta que, apesar de prever uma melhora do PIB de 2023, com a volta do Brasil ao nono lugar entre as maiores economias do mundo em valores correntes, o FMI estima que o País ficará estagnado em oitavo lugar na comparação de paridade do poder de compra.Para o economista-chefe da CNC, Fabio Bentes, entre as principais explicações para a estagnação do Brasil na lista está o longo período de baixo crescimento nos últimos dez anos.A coluna Mercado, no Notícias do Dia (SC), registra que o CNC Innovation Day chega a Florianópolis no próximo dia 31, com a proposta de promover uma imersão no futuro impulsionado pela inteligência artificial. O evento é uma franquia da CNC.Jornal da Cidade (SP) relata que milhares de vagas são oferecidas para a temporada de Black Friday e Natal entre os principais vareJistas do Brasil. São Paulo é a região com maior oferta de vagas, de acordo com projeção da CNC, com estimativa de 81 mil vagas, seguido por Minas Gerais, Paraná e Rio de Janeiro.A coluna Comércio em Pauta, produzida pela CNC e publicada hoje no Correio Braziliense, expõe que, as Federações do Comércio de Bens, Serviços e Turismo estão atuando nos Estados, especialmente por meio de seus braços sociais, Sesc e Senac, para auxiliar as populações atingidas pelos fenômenos do clima que vêm assolando o Norte e o Sul do Brasil.O texto salienta que o Sesc Mesa Brasil intensificou suas ações em setembro para ajudar as comunidades afetadas pelo ciclone extratropical no Vale do Taquari, no Rio Grande do Sul.Conteúdo também pontua que o Sesc Mesa Brasil distribuiu 30 mil cestas de alimentos a famílias em situação de vulnerabilidade e chama atenção para as Competições Senac de educação profissional em Vitória (ES).
RecursosFolha de S.Paulo relata que a 1ª Seção do Superior Tribunal de Justiça deve analisar hoje questões tributárias que terão repercussão sobre casos semelhantes. Uma delas trata de contribuições da folha de pagamento. Os ministros avaliarão se o limite de 20 salários mínimos é válido para a apuração das contribuições para o Sistema S, Incra e Salário Educação. A reportagem pontua que uma decisão favorável aos contribuintes reduziria de forma significativa os recursos para entidades como SENAI, Sebrae e Sesc.Resultados fracosManchete no Valor Econômico revela que temporada de resultados do terceiro trimestre deverá refletir o desempenho relativamente fraco das companhias de capital aberto neste ano, em meio a cenário externo ainda difícil, que pesou sobre câmbio e juros. O momento instável da economia segue prejudicando as empresas voltadas para o mercado doméstico. Por outro lado, companhias que lidam com commodities devem se beneficiar de preços melhores dos seus produtos e da desvalorização do real. A Petrobras, por exemplo, antecipou crescimento de 7,8% no processamento de petróleo e gás. De acordo com Valor, no entanto, juros em patamares historicamente altos nos Estados Unidos acabaram prejudicando as perspectivas no Brasil. DesoneraçãoFolha de S.Paulo divulga que a Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado aprovou ontem projeto de lei que prorroga a desoneração da folha de pagamentos para 17 setores da economia até dezembro de 2027. O teor do projeto, segundo o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), será discutido na sessão de hoje. O relator, senador Ângelo Coronel (PSD-BA), iria fazer ajustes pontuais no parecer que havia sido apresentado na semana passada, mas o governo pediria para adiar a votação. Por conta disso, os senadores decidiram apenas fazer mudanças na votação no plenário do Senado e acelerar a tramitação do projeto. Em caso de aprovação no plenário, o texto seguirá para sanção presidencial. O Estado de S. Paulo e Correio Braziliense repercutem. Fundo RegionalFolha de S.Paulo noticia que relator da Reforma Tributária no Senado, Eduardo Braga (MDB-AM), sinalizou a parlamentares que deve ampliar para R$ 60 bilhões o valor do aporte da União no Fundo de Desenvolvimento Regional (FDR). O montante é R$ 20 bilhões maior do que os R$ 40 bilhões inicialmente propostos pelo Ministério da Fazenda. Nos últimos dias, a Fazenda precisou ceder e negociar um aumento no repasse para destravar o avanço da pauta. O Estado de S. Paulo, O Globo, Valor Econômico avançam em frente semelhante. Cesta básicaO Estado de S. Paulo publica que o relator da reforma tributária no Senado, Eduardo Braga (MDB-AM), pretende criar dois tipos de cesta básica no relatório a ser apresentado hoje na Casa. A reportagem detalha que o primeiro será totalmente desonerado, e ganhará o nome de cesta “social”. O outro tipo, com a inclusão de um número maior de produtos, será tributado. A criação de duas cestas deriva de preocupação expressa pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, quanto à abrangência da cesta básica nacional – cuja alíquota está zerada pela proposta aprovada na Câmara. ArrecadaçãoFolha de S.Paulo relata que a arrecadação do governo federal teve queda real de 0,34% em setembro sobre o mesmo mês do ano anterior, a R$ 174,316 bilhões. Essa é a quarta queda consecutiva na base de comparação, ainda que menos intensa, segundo comunicado da Receita Federal de ontem. Na sexta-feira (20), o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, demonstrou preocupação com o nível de atividade econômica no Brasil, devido à influência direta na arrecadação. Haddad afirma manter conversas com o Banco Central, para que os juros não impactem o crescimento do país. O Estado de S. Paulo, O Globo e Correio Braziliense abordam o tema. Super-ricosFolha de S.Paulo registra que presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), adiou a reunião com líderes da Casa que discutiria a pauta da semana de ontem para hoje, adiando a votação do projeto de lei de tributação de fundos exclusivos e offshores em plenário. Lira afirma que o adiamento da reunião significa que os parlamentares estão “ajustando as dificuldades do texto”. Um dos pontos que enfrentam resistência no texto é a tributação dos Fiagros, fundos de investimento em cadeias agroindustriais. A bancada ruralista rejeitou as mudanças propostas pelo Ministério da Fazenda e ameaça boicotar a votação do projeto. Tributação de empresasO Estado de S. Paulo traz que secretários do Ministério da Fazenda se reuniram ontem com deputados da Frente Parlamentar do Empreendedorismo (FPE) para destravar projeto que altera a tributação sobre as grandes companhias que recebem benefícios fiscais dos estados. O texto é uma das prioridades do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e pode garantir R$ 26,3 bilhões aos cofres públicos em 2024. No entanto, sofre críticas das empresas abertas, que veem violação à segurança jurídica, e enfrenta resistências dentro do Congresso. ICMSValor Econômico reporta que o presidente Lula da sancionou ontem o Projeto de Lei Complementar (PLP) 136, que prevê compensação de R$ 27 bilhões da União para os Estados e o Distrito Federal em razão da queda de arrecadação do ICMS. A medida foi tomada em 2022, durante o governo do então presidente Jair Bolsonaro, e acabou afetando as receitas de prefeitos e governadores. O PLP foi aprovado pelo Senado e enviado para sanção no início de outubro, mas estava em análise na Casa Civil até a semana passada. Lula, entretanto, decidiu vetar artigo que obrigava a União a se responsabilizar caso os estados não destinem, do valor compensado, 25% para os municípios, 20% para o Fundeb, além das vinculações relacionais ao piso constitucional da saúde. Correio Braziliense também aborda o assunto. Incentivos fiscaisCurtas, no Valor Econômico, anota que o governo reduziu de R$ 35,3 bilhões para R$ 26,3 bilhões a expectativa de arrecadação com as mudanças nas regras de tributação dos incentivos fiscais de ICMS. Essa é uma das principais medidas do governo para tentar zerar o déficit das contas públicas no ano que vem. Revisão no estatutoO Globo mostra que reunião que aprovou as mudanças no estatuto da Petrobras foi marcada por um duro embate entre os conselheiros alinhados ao governo e os representantes de acionistas minoritários quanto à divulgação das novas regras. Após a direção da companhia e os conselheiros indicados pela gestão petista não deixarem claro quando as alterações estatutárias se tornariam públicas, os minoritários pressionaram para que isso ocorresse imediatamente. A revisão do estatuto só foi divulgada na segunda-feira (23) e fez com que as ações caíssem 6%. Os diretores da estatal evitaram se comprometer, dizendo considerar que poderiam fazer essa divulgação apenas quando a assembleia de acionistas fosse marcada. Indicações políticasFolha de S.Paulo situa que o senador Alessandro Vieira (MDB-SE) entrou ontem com representação na Comissão de Valores Mobiliários (CVM) contra proposta de alteração no estatuto da Petrobras. A medida pode facilitar indicações políticas. A estatal, em outra frente, recebeu apoio de entidades dos petroleiros. Eles afirmam que as regras atuais restringem a participação de líderes sindicais no comando de estatais. Segurança financeiraValor Econômico ressalta que proposta de mudanças no estatuto da Petrobras tem o objetivo de dar mais segurança financeira à empresa, segundo setores do governo envolvidos na discussão sobre a criação de reserva de remuneração de capital, aprovada ontem pelo Conselho de Administração. A adaptação do estatuto para flexibilizar as indicações para a diretoria da Petrobras foi usada pelos minoritários como “cortina de fumaça” para a questão dos dividendos. No entanto, a proposta de reserva de remuneração não alterou a política de dividendos recém-aprovada, que prevê o pagamento de 45% do fluxo de caixa livre.
ExportaçõesValor Econômico comunica que a exportação brasileira cresceu e tornou-se maior alvo de medidas de defesa comercial. De 2020 a 2022 os embarques brasileiros ficaram sujeitos a uma média anual de 73 medidas vigentes, quantidade 58% maior que as 46 medidas anuais em média do triênio anterior e mais que o dobro das 33 entre 2014 a 2016. As comparações incluem medidas compensatórias, antidumping e salvaguardas e consideram o estoque vigente em 31 de dezembro de cada ano. Estão consideradas não somente as novas medidas mas também as que foram alvo de renovação, prorrogação ou alteração.O aumento dos embarques brasileiros, a intensificação de medidas de proteção à produção doméstica e a reorganização do comércio global após o período mais crítico da pandemia de covid-19 são fatores que podem explicar isso, segundo levantamento da Fiesp.ImportaçõesO governo considerou uma alíquota de 28% para o Imposto de Importação sobre as compras internacionais de baixo valor (até US$ 50) no Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA) de 2024, segundo nota técnica da Receita Federal obtida pelo Valor Econõmico. Atualmente, com o Remessa Conforme, a alíquota de importação para compras de até US$ 50 está zerada, no caso das empresas que aderiram ao programa. Antes, a alíquota cobrada era de 60%, mas quase ninguém pagava, porque as empresas usavam uma brecha na legislação.Eletroeletrônicos Valor Econômico expõe que os preços de eletroeletrônicos no varejo on-line do país caíram 0,58% em setembro ante agosto, com recuo de 6,9% em relação a setembro do ano passado. Em período mais longo, de janeiro de 2022 a setembro de 2023, a deflação é ainda mais intensa: queda de 10,1%, de acordo com o Índice de Preços Fipe/Buscapé, novo indicador elaborado pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), em parceria com o portal comparador de preços Buscapé.O novo indicador, cujo primeiro resultado foi divulgado de forma exclusiva ao Valor, é calculado com base em monitoramento de 2 milhões de preços ao mês, em 9.000 produtos. Esses itens foram divididos, no índice, em 47 categorias, e delimitados em cinco grupos: celulares e telefones, informática, vídeo e áudio, eletrodomésticos e eletroportáteis.HotéisO Globo dá conta que a turnê da cantora americana Taylor Swift — que vem tendo impacto macroeconômico nos Estados Unidos, como observou o Federal Reserve (Fed, o Banco Central do país) — nem chegou ao Brasil, mas já faz a indústria hoteleira local sorrir. Para o dia em que ela subirá ao palco do Engenhão,No Rio de Janeiro, pela primeira vez, no próximo dia 17 de novembro, 62% dos hotéis da cidade já estão com vagas indisponíveis. O dado é de monitoramento da OTA Insight, empresa de inteligência de dados especializada no setor da hospitalidade. Segundo a companhia, a taxa está muito acima da média para a data.Black FrdayValor Econômico publica que a Black Friday de 2023 deve ser melhor que a do ano passado, mas o varejo ainda não vai se recuperar das perdas de 2022, segundo pesquisa publicada nesta terça-feira (24) pela Neotrust, empresa de dados com foco em operações digitais. No acumulado do ano, o varejo on-line continua a registrar retração nas vendas no país.A projeção para a Black Friday deste ano é de uma alta de 12,6% nas vendas, atingindo R$ 6,92 bilhões, em termos nominais, sem descontar a inflação. No ano anterior, houve recuo de cerca de 23%, e em 2021, a alta foi de apenas 2,3%, em termos nominais.Vagas de trabalhoEm enrevista ao Correio Braziliense, o presidente da Fecomércio-DF, José Aparecido da Costa, falou sobre a expectativa de contratações temporárias para o fim do ano. Também comentou o programa Desenrola, a discussão a respeito do fim da compra parcelada nos cartões de crédito e o aumento do ICMS.DívidasO Estado de S. Paulo aponta que o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) anunciou na sexta-feira o programa BNDES Refin, para renegociação de dívidas nas operações indiretas automáticas. Na modalidade, em que micro, pequenas e médias empresas (MPMEs) respondem por mais de 90% das operações, recursos do BNDES são oferecidos por meio de financiamento contratado com um agente financeiro credenciado.
SegurançaManchete no Estado de S. Paulo destaca que o governo federal estuda reforço do contingente de militares no Rio após o ataque contra o transporte público feito por milícias que atuam no Estado.Segundo o presidente Lula, o auxílio federal terá papel de “força auxiliar”. Ontem, Lula afirmou que estuda a criação do Ministério da Segurança Pública, separando o setor da pasta da Justiça. Demais impressos também repercutem.Atraso na PGRFolha de S.Paulo publica que a indicação do presidente Lula para a chefia da PGR (Procuradoria-Geral da República) tem demora inédita em mais de 30 anos. A indefinição completa um mês nesta quinta-feira (26).Após Augusto Aras deixar o cargo, o comando do MPU (Ministério Público da União) foi assumido de forma interina pela subprocuradora-geral Elizeta Maria de Paiva Ramos, vice-presidente do Conselho Superior do Ministério Público Federal. Por não ter sido nomeada, Elizeta pode ser substituída a qualquer momento pelo presidente, criando um ambiente de incerteza para decisões da instituição.Trava no STFO Estado de S. Paulo noticia que as cúpulas da Câmara dos Deputados e do Senado agem para aprovar regras que limitam a atuação de partidos pequenos no Supremo Tribunal Federal (STF).A ideia é criar uma espécie de “trava” para impedir ou dificultar que legendas com poucos representantes no Legislativo recorram à Corte para invalidar atos do Congresso.JoiasO Globo e Folha de S.Paulo informam que o FBI, a polícia federal dos EUA, começou a colaborar com as investigações de autoridades brasileiras sobre o esquema de venda de joias e outros artigos de luxo recebidos como presente pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).Com a cooperação do FBI, a PF pretende amealhar mais detalhes sobre as negociações das joias feitas nos Estados Unidos por Bolsonaro e seus aliados.
Ontem, o Ibovespa fechou com alta de 0,87%, aos 113.761,90 pontos. Foi a primeira alta do índice nas últimas 6 sessões. O dólar encerrou o dia em queda de 0,46%, cotado a R$ 4,994 na compra e R$ 4,993 na venda. Assim como a moeda americana, o euro também caiu, 1,14%, negociado a R$ 5,289 na compra e R$ 5,290 na venda.

Valor EconômicoJuros, câmbio e incertezas econômicas devem afetar balanços do 3º trimestreO Estado de S. PauloPlanalto planeja usar mais militares na segurança do RioFolha de S.PauloSobrecarga, ansiedade e insatisfação oneram mulheres, diz estadoO GloboIsrael intensifica bombardeios em Gaza e vive impasse sobre invasãoCorreio BrazilienseMais visibilidade para doenças raras

Leia também

Rolar para cima