Informativo da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo 27/10/23 | nº 1019 | ANO V | www.cnc.org.br |
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Valor Econômico destaca que o Índice de Confiança do Empresário do Comércio (Icec) da CNC caiu 3% em outubro ante setembro, para 112,8 pontos. Foi o mais intenso desde janeiro deste ano (-4,3%), informou ontem a confederação. Na comparação com outubro do ano passado, a retração foi de 13,1%.
“Tivemos aprofundamento na redução do otimismo dos comerciantes”, resumiu a economista da CNC responsável pelo Icec, Izis Ferreira.
Para ela, o varejista tem sentido maior dificuldade de operar, e de alavancar vendas, em meio a um cenário de atividade econômica menos aquecida. Ao falar sobre a evolução dos tópicos, a técnica destacou recuo nas expectativas do setor.
Em outra reportagem, Valor aponta que o brasileiro tem alto volume de dívidas em atraso, mesmo com a melhora da renda disponível das famílias em 2023.
De dezembro de 2019 a julho de 2023 – dado mais recente disponível por recorte de renda -, os consumidores elevaram a tomada de crédito em 33%, mas a inadimplência junto a agentes financeiros cresceu 60% e alcançou R$ 124 bilhões, já descontada a inflação, segundo levantamento da LCA Consultores a partir de dados do Banco Central.
Fabio Bentes, economista sênior da CNC, opina que o efeito positivo da flexibilização da política monetária ainda vai demorar para aparecer no comércio, mesmo considerando o Desenrola e os feirões de renegociação de dívida.
Em entrevista à coluna Acerto de Contas, no Zero Hora (RS), Fabio Bentes fala sobre a abertura de vagas temporárias no comércio, a concorrência do varejo com sites estrangeiros e a expectativa do setor com a tramitação da reforma tributária.
Diário dos Campos (PR) informa que o índice de Intenção de Consumo das Famílias (ICF) voltou a crescer no Paraná. O indicador, aferido pela CNC e pela Fecomércio-PR, saiu de 98,7 pontos em setembro para 102, 5 pontos em outubro, uma elevação de 3,9% em relação ao mês anterior.
Tribuna da Bahia (BA) relata que, segundo um levantamento da CNC e da Fecomércio-BA, na Bahia a estimativa é que 10 mil vagas temporárias sejam abertas. Esse é o maior volume entre os estados da região Nordeste. |
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Imóveis Manchetes na Folha de S.Paulo e O Globo situam que o Supremo Tribunal Federal (STF) validou ontem possibilidade de bancos e outras instituições financeiras tomarem, sem decisão judicial, imóveis em processo de financiamento com acúmulo de dívidas. A maior parte dos ministros seguiu o voto do relator Luiz Fux, que disse que a execução extrajudicial não afasta o controle judicial, porque o devedor pode, caso verifique alguma irregularidade, acionar a Justiça e proteger seus direitos. O placar foi de oito votos a favor do entendimento vencedor e dois contra. Na ação, o STF discutia uma lei de 1997 que criou a alienação fiduciária de imóveis, que permite que o próprio imóvel que é comprado seja usado como garantia para o financiamento. O Estado de S. Paulo avança em frente semelhante. Reação Folha de S.Paulo comunica que a Bolsa brasileira subiu 1,72% e atingiu os 114.776 pontos ontem, após divulgação do IPCA-15 de outubro, que desacelerou em relação a setembro, e com o avanço das pautas econômicas do governo no Congresso Nacional. O IBGE divulgou que a inflação medida pelo IPCA-15 subiu 0,21% em outubro, ante 0,35% em setembro. O resultado veio levemente acima das projeções do mercado, que esperava alta de 0,20%. Ainda assim, a avaliação é que o índice foi positivo. Os preços da gasolina e de alimentos caíram e atenuaram o resultado de outubro, e os núcleos de inflação e serviços subjacentes, que excluem preços mais voláteis, vieram menores que o esperado. Valor Econômico também aborda o assunto. Mudanças Folha de S.Paulo entrevista o secretário extraordinário da Reforma Tributária, Bernard Appy, para quem a ampliação das exceções no Senado é ruim, mas deve ter efeito pequeno sobre as alíquotas dos novos tributos por terem sido compensadas por mudanças que limitaram benefícios e isenções. Appy critica concessões como a alíquota menor para profissionais liberais e tratamentos específicos para os setores aéreo, de comunicação institucional e de saneamento. Para ele, devolver o tributo aos mais vulneráveis por meio do “cashback” teria sido a maneira mais eficaz. O secretário ressalta que “a Tributária não do governo, é do Parlamento e o governo apoia de forma clara”. “Acredito que haja o interlocução entre Senado e Câmara para que o texto votado no Senado tenha aprovação viável na Câmara”, avalia. Valor Econômico também publica entrevista com Appy, em abordagem semelhante.
Concessões O Globo traz entrevista com o relator da Reforma Tributária no Senado, Eduardo Braga (MDB-AM), que acredita que o Ministério da Fazenda vai precisar ceder mais um pouco na ampliação do Fundo de Desenvolvimento Regional (FDR). Ele disse que o governo já deu o primeiro passo nas concessões e que agora ficará mais fácil. Parlamentares já começam a pedir a inclusão de mais setores dentro dos regimes diferenciados. A expectativa é votar entre 7 e 9 de novembro. Braga defende um valor maior para o FDR, de R$ 100 bilhões. “É uma miserabilidade esses R$ 60 bilhões porque ele está sendo corrigido pelo IPCA”, avalia. Valor Econômico avança em frente semelhante. Prioridade O Globo inclui que o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), sinalizou a aliados que dará prioridade à pauta econômica do governo com projetos que aumentam a arrecadação. Além da Reforma Tributária, Pacheco quer avançar com a proposta que taxa fundos exclusivos e offshore e das apostas esportivas, ao mesmo tempo em que vai acelerar a chamada Lei dos Seguros. Insatisfação O Estado de S. Paulo veicula que setores ligados à mineração e à exploração de petróleo e gás estão insatisfeitos com o novo relatório da Reforma Tributária apresentado pelo senador Eduardo Braga (MDB-AM), e já se articulam para garantir mudanças no texto. A principal preocupação é com a cobrança de até 1% sobre a extração desses recursos não renováveis. A nova taxação foi criada pelo relator no âmbito do Imposto Seletivo, o chamado “imposto do pecado”. Para o diretor-presidente do Instituto Brasileiro de Mineração, o texto “é enfático ao dizer que a carga tributária não incidirá sobre as exportações”. O temor é de que o produto brasileiro fique mais caro e perca competitividade.
Subvenção do ICMS Em O Estado de S. Paulo, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), confirmou ontem que deve haver reunião na próxima semana com líderes e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, para esclarecer pontos do projeto de lei que trata da subvenção do ICMS. O projeto altera a tributação sobre as grandes companhias que recebem benefícios fiscais dos estados. O texto, uma das prioridades de Haddad, pode garantir R$ 26,3 bilhões aos cofres públicos em 2024. O Globo e Valor Econômico também tratam sobre o tema.
Reforma possível Em editorial, O Estado de S. Paulo pontua que o parecer do senador Eduardo Braga (MDB-AM) é uma síntese das contradições que envolvem a discussão da Reforma Tributária. Segundo o jornal, “todos concordam que o sistema atual é inviável, confuso, regressivo, cumulativo e injusto, mas ninguém quer abrir mão dos privilégios que justamente o distorcem”. O diário paulista ressalta que “no balanço geral, os benefícios do parecer da reforma tributária ainda superam os custos, e a proposta, longe de ser perfeita, será a reforma possível”. Alíquota maior Em editorial, O Globo analisa que o texto apresentado pelo relator da Reforma Tributária no Senado, Eduardo Braga (MDB-AM), amplia as exceções à alíquota de referência adotada nos novos impostos criados em substituição a outros cinco. Isso significará necessariamente uma alíquota maior, em prejuízo das empresas não enquadradas nas exceções. Para o diário carioca, o relator acerta ao impor no texto um limite de crescimento à carga tributária, avaliado periodicamente. Na avaliação do veículo, regimes excepcionais deveriam estar embasados em justificativas sólidas, não na distribuição voluntária de bondades. IVA maior Em editorial, Valor Econômico ressalta que criação de nova alíquota, com desconto de 30%, para profissionais liberais, com renda bem acima da média da população, mostra a prevalência de grupos de interesse na tramitação da Reforma Tributária. O jornal avalia que a prevalência se espraiou por outros pontos do texto e levará a alíquota do IVA a ser maior para todos. O veículo conclui que “com a ampliação do número de alíquotas e regimes específicos, a carga total do IVA dificilmente será menor do que 27% e provavelmente será maior que isso”. |
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Varejo Manchete no Valor Econômico traz que a pior seca da história de Manaus (AM), principal polo de produção de eletrônicos e itens de tecnologia do país, elevou o alerta de abastecimento na Black Friday. A preocupação atinge redes que não anteciparam as compras. Para o Natal, há temor de que a estiagem avance sobre o mês de novembro, o que pode afetar o cronograma de entregas às lojas em dezembro. Segundo o Sindicato dos Metalúrgicos do Amazonas, das 100 empresas instaladas na Zona Franca de Manaus, 36 anteciparam as férias coletivas de dezembro, já que a produção caiu com o recuo no volume de insumos transportados pelos rios.
Sustentabilidade No Valor Econômico, segundo o presidente da CCR, Miguel Setas, o Brasil tem condições para liderar a agenda global de sustentabilidade posicionando-se como hub climático e ecológico. Para o executivo português, o país é um grande “laboratório vivo” que pode testar soluções para questões ecológicas e sociais. Ele exemplifica caso do SENAI, que capacitou em 80 anos milhões de pessoas.
Construção Em conteúdo patrocinado, O Estado de S. Paulo repercute a realização amanhã (28) do 13º ConstruSer – Encontro Estadual da Construção Civil em Família, maior evento anual de responsabilidade social do setor, que acontece em nove regiões do estado de São Paulo. O evento é realizado pelo Sinduscon-SP e tem parceria com o Seconci-SP, SESI-São Paulo e SENAI-São Paulo, sob o tema “Prevenção é cuidar de si e do outro, Família e Qualidade de Vida”.
‘Porta de fábrica’ Valor Econômico indica que a chamada inflação de “porta de fábrica”, sem impostos e fretes, subiu 1,11% em setembro, frente a agosto, a segunda alta mensal seguida. O Índice de Preços ao Produtor (IPP), calculado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), já tinha subido 0,75% em agosto.
O movimento em setembro foi puxado principalmente pelo refino de petróleo e biocombustíveis e pela indústria química, que responderam juntos por 0,97 ponto percentual, ou quase 90% (87,3%) da taxa de 1,11%.
Restaurantes A Coluna do Broadcast, no Estado de S. Paulo, cobta que o valor gasto em restaurantes no Brasil recuou 4,2% de agosto para setembro de 2023. Em comparação com setembro de 2022, houve uma queda real de 13,4%. Os dados são de levantamento da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), em parceria com a Alelo.
Na comparação anual, houve redução em todas as regiões: Nordeste (-18,8%), Sul (-15,4%), Sudeste (-12,9%), Centro-Oeste (-12,5%) e Norte (-10,1%).
Supermercados Valor Econômico dá conta que a venda de itens de supermercados cresceu 1,1% em setembro em relação ao mesmo mês de 2022. No acumulado dos nove primeiros meses do ano, houve avanço de 2,62% em relação ao mesmo intervalo de 2022, acima da projeção de crescimento de 2,5% para 2023.
Os dados foram divulgados pela Associação Brasileira de Supermercados (Abras). O vice-presidente executivo da Abras, Márcio Milan, atribui o crescimento a liberação de recursos do Bolsa Família e pagamento retroativo do piso da enfermagem, além da queda de preços de alimentos. |
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Crise no Senado Folha de S.Paulo ressalta que o Senado usou a indicação de Lula para a DPU (Defensoria Pública da União) para mandar um duro recado ao governo e expor o clima de insatisfação na Casa. A força do movimento que levou à rejeição do nome escolhido pelo presidente pegou de surpresa até a oposição.
A avaliação de parlamentares e assessores é de que a derrota de Igor Roque na quarta-feira (25) confirmou a dificuldade do Planalto de construir uma base sólida, em meio a um balcão de reclamações no Senado.
Cerco do Centrão Na Folha de S.Paulo, abordagem atenta que o centrão apertou o cerco sobre o Planalto e ampliou a pressão por cargos e emendas num momento em que o governo corre contra o tempo para aprovar no Congresso medidas econômicas de interesse do presidente Lula (PT).
A cúpula do Congresso articula para que, no próximo ano, o presidente Lula fique mais amarrado e seja forçado a liberar as emendas de acordo com um cronograma a ser definido pelos próprios parlamentares.
Aliança na Câmara O Globo expõe que, após ceder a cadeira mais importante da Caixa Econômica Federal a um nome indicado pelo presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), o Palácio do Planalto garantiu apoio de 70% do Centrão para aprovar na Câmara o projeto que estabelece a taxação dos “super-ricos”, além dos votos de 12 deputados do PL, partido do ex-presidente Jair Bolsonaro.
O PP e Republicanos, que passaram a integrar a base petista após reforma ministerial, entregaram 63 dos 90 votos favoráveis à proposta.
Condenação Veículos de circulação nacional noticiam ainda que o corregedor-geral eleitoral, ministro Benedito Gonçalves, votou para condenar novamente à inelegibilidade o ex-presidente Jair Bolsonaro, devido aos discursos de cunho eleitoral durante as festividades de 7 de Setembro, em Brasília e no Rio de Janeiro.
Ele sugeriu ainda que Bolsonaro fosse multado em R$ 425,6 mil. Gonçalves foi acompanhado pelo ministro Floriano de Azevedo Marques, em julgamento do TSE que soma dois votos contra o ex-presidente. O ministro Raul Araújo divergiu. O julgamento foi suspenso para continuidade na próxima terça-feira. |
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O dólar comercial teve uma leve queda de 0,23% e fechou a quinta-feira (26) a R$ 4,99. O movimento faz com que a moeda americana volte ao patamar abaixo dos R$ 5, o que tinha sido interrompido ontem. O euro também caiu, 0,36%, sendo negociado a R$ 5,267 na compra e na venda. Já o Ibovespa subiu 1,73% e fechou aos 114.776,86 pontos. |
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