Informativo da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo 21/11/23 | nº 1034 | ANO V | www.cnc.org.br |
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O Globo e Valor Econômico trazem cobertura do seminário “E agora, Brasil?”, com patrocínio do Sistema Comércio, através da CNC, do Sesc, do Senac e de suas Federações. No evento, o atual presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, falou sobre o sucesso e os desafios do PIX, além de outros temas que tocam no desenvolvimento tecnológico do setor financeiro do país.
“A participação de Roberto Campos Neto trouxe informações relevantes para o setor de comércio e serviços, impactado pelos juros elevados e com interesse nas discussões sobre o parcelamento sem juros no cartão”, comentou José Roberto Tadros, presidente da CNC.
Em frente complementar, O Globo observa que a CNC tem a expectativa de que tanto o open finance quanto o real digital, o Drex, propiciem para consumidores e empresários, mais acesso ao crédito e a financiamentos.
No Correio Braziliense, a coluna Capital S/A relata que a CNC enviou um documento ao ministro do Trabalho, Luiz Marinho, apontanto os efeitos negativos da revogação da autorização de funcionamento do comércio em feriados e domingos. A entidade fez um levantamento sobre as consequências das mudanças feitas pelo ministério. Jornal do Commercio (PE) também repercute.
Em A Tribuna (SP), reportagem mostra que um grupo de 11 entidades ligadas aos setores de varejo e serviços lança hoje um movimento, chamado de Parcelo Sim, para defender o parcelamento de compras no cartão de crédito sem a incidência de juros.
Conforme o veículo, o movimento cita dados da CNC que apontam que 90% dos varejistas adotam o parcelado sem juros. |
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Mercosul O Globo reporta que no Ministério da Fazenda, a visão é que no curto prazo o presidente eleito da Argentina, Javier Milei, adotará um tom mais moderado e pragmático nas relações econômicas com o Brasil e não deve deixar o Mercosul. A reportagem menciona que a corrente comercial entre Brasil e Argentina movimenta algo próximo de US$ 30 bilhões por ano, e o Brasil é o segundo maior parceiro do país vizinho, atrás da China. Conforme o jornal, como Milei tem um discurso ultraliberal, a Fazenda avalia que o acordo entre Mercosul e União Europeia seja levado adiante, apesar das declarações dele, já que é um tratado de liberalização comercial. Valor Econômico avança em frente semelhante. Acordo Folha de S.Paulo acrescenta que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva telefonou ontem para a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, para tratar do acordo entre a União Europeia e o Mercosul. A reportagem cita que o presidente eleito da Argentina, Javier Milei, é um crítico do bloco sul-americano e um dos principais temores no governo brasileiro é de que a eleição dele prejudique o acordo sendo negociado entre os grupos. O diário paulista inclui expectativa de que as negociações avancem nas próximas semanas na tentativa de viabilizar um desfecho para o acordo até 7 de dezembro, quando será realizada no Rio de Janeiro a 63ª cúpula de chefes de Estado do bloco. Relações comerciais Folha de S.Paulo assinala que representantes de setores da economia brasileira que lideram as relações comerciais com a Argentina acreditam que, no curto prazo, a vitória eleitoral de Javier Milei não deve impactar o volume de comércio com o país vizinho. A reportagem adiciona que durante a campanha eleitoral, Milei fez declarações que deixaram autoridades brasileiras atentas. O país é o terceiro maior parceiro comercial, segundo a Secretaria de Comércio Exterior (Secex). Milei já chegou a falar que poderia retirar a nação vizinha do Mercosul. A vitória levou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva a ligar ontem para a presidente da Comissão Europeia para agilizar as conversas sobre o acordo entre o bloco sul-americano e a União Europeia. Negacionismo climático Valor Econômico revela que postura negacionista do presidente eleito da Argentina, Javier Milei, em relação às mudanças climáticas virou motivo de preocupação para os principais negociadores brasileiros nas negociações globais para combater o aquecimento global. A reportagem lembra que o Brasil receberá a COP-30, em Belém (PA), daqui a dois anos. No fim do mês, será um dos protagonistas da COP-28, nos Emirados Árabes Unidos. Segundo Valor, Milei já atribuiu as discussões climáticas ao “marxismo cultural” e, ao longo da campanha eleitoral, ele manifestou a intenção de retirar seu país do Acordo de Paris, assim como fez o ex-presidente americano Donald Trump, durante seu mandato.
Orçamento Folha de S.Paulo situa que o líder do governo Congresso, senador Randolfe Rodrigues (sem partido-AP), sugeriu emenda ao Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (PLDO) de 2024 para que eventuais contingenciamentos preservem o crescimento real de ao menos 0,6% das despesas. Conforme Folha, emenda atende ao que defende o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que busca limitar o contingenciamento de recursos após pressão de integrantes da ala política do governo. Na argumentação pela emenda, Rodrigues alega que o novo arcabouço fiscal tem entre seus objetivos o de atenuar ciclos econômicos por meio de mecanismo anticíclico de crescimento real dos gastos. O Globo também aborda o tema. Previsões Ainda na Folha de S.Paulo, especialistas consultados pelo Banco Central ajustaram para baixo expectativas de inflação e reduziram a perspectiva de crescimento para este ano no Boletim Focus, divulgado ontem pela autoridade monetária. O levantamento apontou que a expectativa para a alta do IPCA em 2023 caiu a 4,55%. Na semana anterior, estava em 4,59%. Para 2024, o ajuste foi de 0,01 ponto percentual para baixo, a 3,91%, enquanto para os dois anos seguintes, o patamar permaneceu em 3,50%. Já em relação ao PIB, a estimativa de crescimento para este ano caiu em 0,04 ponto, a 2,85%, enquanto que para o próximo ano segue em 1,50% pela nona semana consecutiva. Fatiamento da Reforma Valor Econômico relata que possibilidade de fatiamento da reforma tributária é vista com muitas ressalvas entre os relatores da proposta no Congresso e o mais provável é que seja votada pela Câmara, mesmo que com a supressão de pontos em que os deputados discordarem dos senadores. Segundo Valor, o relator no Senado, Eduardo Braga (MDB-AM), afirmou que está disposto a negociar, mas que o texto aprovado na Casa possui semelhança de apenas 20% com o da Câmara. Ele tem repetido que a proposta ficaria incompleta se promulgada de forma “fatiada”. Já o relator na Câmara, Aguinaldo Ribeiro (PP-PB) afirmou na madrugada de ontem que pretende aprovar o texto completo da proposta e rejeitou a possibilidade de promulgá-la apenas parcialmente.
Subvenção do ICMS O Estado de S. Paulo situa quase metade dos deputados federais desconhece a medida provisória (MP) da chamada subvenção do ICMS, que muda a tributação de grandes empresas com benefícios fiscais concedidos pelos estados. A reportagem pontua que essa é a principal aposta do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, para aumentar a arrecadação em 2024 e continuar perseguindo a meta de déficit zero nas contas públicas no ano que vem. Conforme pesquisa realizada pela Vector Relações Governamentais para a Frente Parlamentar do Empreendedorismo (FPE), 42% dos deputados desconhecem a medida, que limita a possibilidade de as empresas abaterem benefícios fiscais estaduais dos tributos cobrados pelo governo federal. |
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Recuperação judicial Em O Estado de S. Paulo, somente no mês passado, 162 companhias pediram recuperação judicial, segundo dados da Serasa Experian. O número é 51,4% maior que o do mesmo período de 2022. Essa também é a maior marca mensal em mais de quatro anos – desde julho de 2019, quando 176 empresas pediram recuperação judicial. O desempenho do mês passado foi o pior para todos os meses de outubro da série histórica, iniciada em 2005. No ano, até outubro, dados da Serasa mostram que 1.128 companhias pediram recuperação judicial, 61,8% a mais ante igual período de 2022. A reportagem pontua que apesar do discreto recuo dos juros básicos nos últimos meses, o nível ainda elevado das taxas dificulta a renegociação de dívidas em atraso e é o principal motivo, na opinião de especialistas, para as companhias sucumbirem.
Escassez Folha de S.Paulo trata sobre risco de apagão na construção civil nos próximos dois anos por falta de mão de obra qualificada. A reportagem ressalta que o setor, que em 2010 tinha 3,2 milhões de empregados diretos no país e mais de 10 milhões em toda a cadeia, hoje tem 2,7 milhões de trabalhadores em um momento de alta demanda imobiliária. O diário paulista menciona que sindicatos da indústria e dos trabalhadores têm parcerias com SENAI e Sebrae para cursos gratuitos de capacitação.
Galpões Valor Econômico atenta que a participação de empresas de comércio virtual na ocupação de condomínios logísticos no Estado de São Paulo, no terceiro trimestre, ultrapassou a das companhias tradicionais de varejo pela primeira vez, segundo a consultoria imobiliária Newmark.
Há um ano, 51% da área dos condomínios logísticos era ocupada por empresas do varejo tradicional, como Magazine Luiza, Leroy Merlin e Riachuelo, enquanto o e-commerce, liderado pelo Mercado Livre, tinha 40%. Neste terceiro trimestre, a proporção mudou: as empresas de comércio virtual passaram a ocupar 52% da área e o varejo tradicional encolheu para 40%.
Black Friday Valor Econômico reverbera que a Black Friday deste ano deve ser marcada por compras em categorias diversas da dos eletroeletrônicos – estrelas da promoção nos anos anteriores -, com os consumidores buscando também bens de consumo não duráveis, como alimentos, bebidas e itens de higiene pessoal, de acordo com levantamentos da NielsenIQ e da administradora de shoppings Syn.
Segundo a NielsenIQ, a intenção de compra de alimentos e bebidas atingiu o maior percentual em oito anos, chegando a 22%. A expectativa é de pequena alta no faturamento em relação à Black Friday de 2022, que teve desempenho abaixo do esperado. |
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Insatisfação Folha de S.Paulo reporta que, mesmo com assento na Esplanada dos Ministérios, a bancada do PP na Câmara tem demonstrado insatisfação com o governo federal e ameaça impor reveses ao Palácio do Planalto no Congresso Nacional.
Ofensiva avança Também na Folha, é notícia que o Senado deve analisar nesta terça-feira (21) a PEC que limita as decisões monocráticas de ministros do STF, em mais um capítulo da ofensiva contra a corte.
A expectativa na cúpula e de líderes da Casa é a de que o texto que interfere nas decisões do STF seja aprovado pelo plenário, ainda que sofra algumas alterações.
Forças Armadas O Globo informa que, em mais um movimento para evitar atritos com as Forças Armadas, o governo atuou para que a PEC que impõe limites à atuação política de militares não proíba a presença dos integrantes da ativa no comando de ministérios. O texto deve ser votado na CCJ do Senado na semana que vem.
O Executivo tenta conter uma nova dor de cabeça no momento em que já lida com turbulências no Congresso e um jogo interno de pressões em torno das vagas abertas no STF e na PGR. |
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Em dia de feriado em boa parte das cidades brasileiras, dedicado à Consciência Negra, o benchmark nacional, ontem, acompanhou majoritariamente o que foi visto no exterior. O Ibovespa fechou em alta de 0,95%, aos 125.957 pontos, e o dólar perdeu força frente ao real, com queda de 1,10%, a R$ 4,851 na compra e a R$ 4,852 na venda. Também com recuo, o euro caiu 0,67%, a R$ 5,310 na compra e R$ 5,311 na venda. |
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