
Em 30 de novembro, a Fecomércio-RJ sediou a segunda edição do Fórum Carioca de Desenvolvimento e Equilíbrio Socioeconômico Ambiental (FOCA RJ 2023), realizado pelo Global Council of Sustainability and Marketing (GCSM) e pela revista VIDI. No palco, os painelistas debateram pautas ESG nos âmbitos da moda, eventos, educação, logística e cidades.
Antonio Florencio de Queiroz Junior, presidente da Fecomércio-RJ, exaltou a relevância desse tipo de fórum e o papel enriquecedor de debates sobre a pauta ESG para o desenvolvimento econômico e social do Estado do Rio de Janeiro e também do País. “É uma honra recebermos esse evento hoje, que aborda um tema muito relevante para o nosso planeta: a sustentabilidade. O Rio de Janeiro tem se destacado muito nessa pauta. A Fecomércio-RJ, o Sesc-RJ e o Senac-RJ são signatários do Pacto Global da ONU, e para nós esse evento é uma afirmação dos nossos propósitos”, afirmou Antonio Queiroz.
“‘Na Natureza, nada se cria, nada se perde, tudo se transforma’, disse Antoine-Laurent de Lavoisier. É importante reciclarmos não somente lixo e resíduos, mas também ideias e culturas. E por isso hoje reunimos pessoas de coragem que lutam pelo meio ambiente e trabalham pela diversidade e reconstrução de ideias e de um mundo melhor”, disse Thatiana Turbian, CEO do Grupo Innsbruck e presidente do GCSM Mulher.
O painel inicial reuniu Carolina Maíra Morais, cofundadora da The African Pride, e Rachel Brasil, gestora pública e CEO da Lerato Social, para um debate sobre como democratizar projetos sustentáveis e de geração de renda. Rachel ressaltou o trabalho realizado pela Lerato na desconstrução e reconstrução de peças de jeans, feitas por costureiras capacitadas em projetos que contam com o apoio de instituições como Senac, Sebrae e Senai, destacando o papel das periferias na economia circular.

Já Carolina contou a inspiradora história de Wangari Maathai, professora e ativista política do meio ambiente do Quênia que recebeu o Prêmio Nobel da Paz em 2004 pela contribuição para o desenvolvimento sustentável, democracia e paz, em virtude da criação do Green Belt Movement, uma organização não governamental ambiental concentrada em plantação de árvores, conservação ambiental e direitos das mulheres.
Na pauta sobre eventos sustentáveis e selos verdes, Vinícius Crespo, diretor executivo do Instituto Fecomércio de Sustentabilidade (IFeS), Daiane Lima, head de ESG Rio Carnaval, CEO na Facilitydoc e BEST Consultoria de Bem-estar e Segurança do Trabalho e Marcelly Apolinário, diretora de Turismo da Niterói Empresa de Lazer e Turismo (Neltur), comentaram temas como Agenda 2030, turismo sustentável, cases reais de grandes eventos, impactos climáticos e compensação de carbono.
Marcelly destacou os atributos turísticos naturais, iniciativas de inserção de pessoas com deficiência em passeios às praias e trilhas de Niterói e o saneamento básico, referência nacional com grande influência na despoluição da Baía de Guanabara, como importantes ações feitas pela cidade fluminense.
Crespo pontuou o trabalho do primeiro instituto de sustentabilidade do Sistema Comércio, o IFeS, e apresentou números da sustentabilidade alcançados pelo País, como a reciclagem de 4% dos resíduos, índice aquém ao da maioria dos países, comparado ao topo do ranking da coleta e reciclagem de latas de alumínio, superior a 98%.
O painel de encerramento reuniu Otavio Leite, consultor da Presidência da Fecomércio-RJ, Mariane Ewbank, sócia-diretora da Fulstandig Shows e Eventos, e Frederico Lobo, country manager Brazil da Recom Technologies, que destacaram iniciativas de governança que articulam temáticas sociais e ambientais e estratégias para o futuro.