Monitor – 03 de janeiro de 2024

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Informativo da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo03/01/24 | nº 1063 | ANO VI |  www.cnc.org.br
Amazonas em Tempo (AM) ressalta que a exigência de visto para turistas do Canadá, da Austrália e dos Estados Unidos (EUA) entrarem no Brasil começa a valer a partir do dia 10 de janeiro. O prazo inicial para a cobrança do documento era 1º de outubro de 2023, mas foi prorrogado.A reportagem explica que o atual decreto revogou o anterior, publicado em 2019 pelo então presidente Jair Bolsonaro (PL). Na ocasião, ele dispensou o visto para turistas dos quatro países de forma unilateral.A medida tomada pelo governo anterior atendeu a uma demanda do setor de turismo. O economista Fábio Bentes, da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), participou de audiência pública na Câmara dos Deputados, na qual defendeu a permanência da isenção.O Hoje (GO) traz que as famílias brasileiras endividadas ganharam um ‘fôlego’ no ano de 2023. Com o crescimento da economia, a redução da taxa de juros e o Programa Desenrola, do Governo Federal, a taxa de endividamento entre os brasileiros teve uma ligeira queda, mas ainda continua alta.Segundo levantamento da CNC, 76,6% das famílias no Brasil tinham dívidas a serem pagas em novembro de 2023. O quantitativo representa uma queda de 2,3% em comparação a novembro de 2022, quando a taxa de endividamento familiar estava em 78,9%.A Gazeta (MT) evidencia que, com menos feriados em dias úteis em 2024, as perdas do comércio em função de dias ociosos devem ser de R$ 27,9 bilhões, volume 4% menor em relação ao ano anterior, conforme estudo da CNC.
Déficit fiscalO Globo aborda pressão sobre o Ministério da Fazenda para conseguir cumprir a meta de déficit primário zero estabelecida para este ano, confirmada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao sancionar a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO). Segundo o diário carioca, a equipe econômica terá de enfrentar a desaceleração da economia, o que afetará a arrecadação, e a indexação de despesas prevista com o novo salário mínimo e os pisos constitucionais para os gastos com Saúde e Educação. Além disso, o governo terá de evitar que recursos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) sofram bloqueios, sob risco de Lula alterar a meta para um déficit de até 1% do PIB, o que comprometeria a nova regra fiscal já em seu primeiro ano de vigência. Imposto de RendaO Estado de S. Paulo repercute declaração do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que indicou em entrevista que a reforma do Imposto de Renda (IR) ficará para 2025, devido a uma “janela” curta para aprovação, sobretudo por causa das eleições municipais. A abordagem adiciona que o governo mantém a busca para regulamentar a Reforma Tributária e monitorar as medidas de arrecadação para cumprir a meta de déficit zero em 2024. Reoneração da folhaFolha de S.Paulo noticia que o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), deve reunir os líderes de partidos da Câmara e do Senado na segunda semana de janeiro para tratar do futuro da medida provisória (MP) que prevê a reoneração gradual da folha de pagamentos. Conforme a reportagem, a data ainda não está marcada, mas Pacheco indicou a aliados que pretende organizar a conversa para o dia 8 ou 9 de janeiro. Ele só decidirá se devolverá ou não a proposta ao governo após a reunião. O diário paulista lembra que a MP foi anunciada pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, na última semana de dezembro e sofreu resistência de parlamentares, que consideram uma tentativa do governo de impor a sua vontade. AnáliseJá O Globo traz que a consultoria legislativa do Senado já analisa a medida provisória (MP) que aumenta a contribuição previdenciária de 17 setores intensivos em mão de obra. O parecer deverá ser encaminhado ao presidente da Casa, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), ainda esta semana. Estão sendo analisados fundamentos constitucionais, como urgência e relevância da MP. InflaçãoFolha de S.Paulo informa que analistas consultados pelo Banco Central passaram a ver a inflação mais baixa em 2024, de acordo com a pesquisa Focus divulgada ontem – expectativa agora é de que a alta do IPCA chegue a 3,9%, ante 3,91% na pesquisa anterior. O centro da meta oficial para a inflação em 2024, 2025 e 2026 é de 3,00%. Segundo a pesquisa, expectativa para 2023 é de alta de 4,46%. Além disso, a pesquisa manteve a expectativa de que a Selic termine o ano de 2024 a 9,0%. Para o PIB, a estimativa de crescimento para 2023 segue em 2,92%, e para 2024 também se manteve em 1,52%.O Estado de S. Paulo também aborda o assunto.Comércio exteriorValor Econômico expõe que o superávit da balança comercial brasileira atingiu US$ 95,96 bilhões nos dados acumulados do ano fechados até 25 de dezembro pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex/Mdic). O quadro permite considerar como certo que houve saldo recorde em 2023. Um saldo de US$ 100 bilhões neste ano não é descartado por parte dos especialistas.O superávit de 2023, a ser divulgado na próxima sexta-feira, 5, deve superar em mais de US$ 30 bilhões o último resultado anual da balança comercial, dado pelo saldo positivo de US$ 61,53 bilhões em 2022.Para 2024, as estimativas de especialistas ouvidos pelo Valor vão de superávits de US$ 75 bilhões a US$ 92,8 bilhões. Mesmo o piso das projeções é quase US$ 15 bilhões superior ao do saldo recorde do ano passado. Trata-se de um resultado que, apontam especialistas, deve continuar trazendo contribuição fortemente positiva para as contas externas brasileiras no ano que vem.
Rotativo Folha de S.Paulo noticia que os valores que entrarem no rotativo do cartão de crédito a partir de hoje estarão sujeitos à nova regra que limita os juros cobrados nessa modalidade – a dívida de quem atrasa o pagamento da fatura do cartão não pode mais superar o dobro do montante original. A regulamentação da norma foi definida em dezembro pelo CMN.As novas regras foram estabelecidas pela lei do Desenrola, sancionada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em outubro. O Congresso havia aberto a possibilidade de que as instituições financeiras chegassem a um consenso, por autorregulação, sobre uma proposta alternativa, no prazo de 90 dias. Como não houve acordo, passa a valer o teto de 100% da dívida.ConfiançaValor Econômico registra que o Índice de Confiança Empresarial (ICE), derrubado pela demanda enfraquecida, caiu 0,6 ponto em dezembro de 2023, para 91,2 pontos, segundo a Fundação Getulio Vargas (FGV). Essa foi a menor pontuação desde abril de 2023 (91,1 pontos), segundo Rodolpho Tobler, economista responsável pelo ICE. Para ele, a melhora no humor do empresariado depende principalmente do fortalecimento do consumo no mercado interno, em 2024. De novembro para dezembro de 2023, houve quedas nos indicadores de confiança de construção (-0,2 ponto); e de serviços (-2,4 pontos). O único segmento a apresentar expansão expressiva no período foi a indústria (2,6 pontos).CréditoNo Valor Econômico, bancos voltaram a cortar suas expectativas para o crescimento da carteira de crédito total em 2023, de 7,4% em novembro para 6,9%. Já a projeção para 2024 subiu de 8,3% para 8,5%, segundo a Pesquisa Febraban de Economia Bancária e Expectativas de dezembro. Correio Braziliense também trata sobre o tema.Tese do séculoTambém no Valor Econômico, discussões sobre os créditos a recuperar da chamada “tese do século” – que excluiu o ICMS da base de cálculo do PIS e da Cofins – ainda não chegaram ao fim, quase sete anos depois da vitória dos contribuintes no Supremo Tribunal Federal (STF). De acordo com Valor, a Receita Federal publicou entendimento que, na prática, antecipa a tributação dos valores pagos a mais pelas empresas. A posição consta da Solução de Consulta nº 308, editada recentemente pela Coordenação-Geral de Tributação (Cosit), que deve ser seguida por todos os fiscais do país. Para o órgão, as companhias sob o regime do lucro real devem recolher o Imposto de Renda (IRPJ) e a CSLL quando contabilizam esses valores em seus registros, antes mesmo de ser finalizada decisão sobre o reconhecimento ao direito ao crédito.Vendas de NatalNota no Valor Econômico dá conta que as vendas em shoppings entre 19 e 25 de dezembro do ano passado totalizaram R$ 5,63 bilhões, uma alta de 0,6% em relação ao mesmo período de 2022 e maior patamar desde 2019. Os dados, levantados pelos índices Cielo do Varejo Ampliado (ICVA) e Cielo de Varejo em Shopping Centers (ICVS), foram divulgados pela Associação Brasileira de Shopping Centers (Abrasce). O avanço do segmento de shoppings, porém, ocorre em meio a um recuo de 2% nas vendas de lojas de rua e de 0,9% do varejo total. O conteúdo pontua que, para o presidente da Abrasce, Glauco Humai, os números do final do ano sinalizam melhorias em indicadores como menor inadimplência bancária. O tíquete médio das compras ficou em R$ 207,04, 94,3% maior que o de lojas de rua, de R$ 106,54. Nas regiões Sul e Centro-Oeste o valor médio superou o nacional (de R$ 231,17 e R$ 230,07, respectivamente).Nem-nem O Estado de S. Paulo relata que os jovens de 25 a 29 anos que não estudam nem trabalham podem levar a uma perda de até 10 pontos porcentuais no potencial de crescimento do PIB brasileiro ao longo de 30 anos, segundo projeção do diretor-presidente do Instituto Mobilidade e Desenvolvimento Social (IMDS) e especialista em Previdência, Paulo Tafner. De acordo com o IBGE, o Brasil tinha cerca de 10,9 milhões de nem-nem em 2022, considerando a faixa etária completa dos que não estudam nem trabalham, que vai de 15 a 29 anos, conforme classificação da instituição. A situação é considerada crônica no País, que não consegue reduzir esse contingente.Turismo em SPMônica Bergamo (Folha de S.Paulo) indica que o setor de turismo da cidade de São Paulo chegou a faturar, em média, cerca de R$ 46,5 milhões por dia em 2023, aponta um levantamento feito pela SPTuris, empresa da prefeitura da capital.O segmento angariou mais de RS 17 bilhões ao longo de todo o ano passado, o que rendeu mais de R$ 600 milhões arrecadados em ISS (Imposto sobre Serviços) para o município – índice 40% maior em relação a 2022.Segundo a SPTuris, o turismo de entretenimento foi fundamental para os números. Apenas os os seis shows da banda britânica Coldplay e o Lollapalooza, em março, fi zeram com que a taxa de ocupação hoteleira alcançasse a marca de 77%, a maior registrada em um mês desde 2018.
LDOPrincipais veículos como Valor Econômico, Folha de S.Paulo, O Globo O Estado de S.Paulo destacam que o presidente Lula vetou dispositivo incluído na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) pelo relator Danilo Forte (União-CE) que prevê um cronograma para liberação das emendas parlamentares impositivas até 30 de junho. Os congressistas querem abastecer o caixa das prefeituras antes das eleições, sem depender de barganha com o Planalto, que por sua vez vê no artigo perda de poder político e de ferramenta para a política fiscal. Deputados e senadores já se articulam para reverter a decisão na volta do recesso, em fevereiro, ampliando o desgaste do governo, que teve dois vetos derrubados em um mês e deve ver devolvida medida provisória que reonera a folha de pagamento de 17 setores após o Congresso ter estendido a desoneração até 2027 por ampla margem de votos. AbinReportagem na Folha de S.Paulo mostra que a Abin (Agência Brasileira de Inteligência) passou o primeiro ano do terceiro mandato de Lula por um processo de reestruturação que coincidiu com momentos de turbulência que incluíram os ataques de 8 de janeiro e até uma operação de busca e apreensão feita em sua sede pela Polícia Federal.Dois decretos presidenciais publicados em setembro e dezembro remodelam o Sistema Brasileiro de Inteligência e a própria agência com o objetivo, segundo seus gestores, de organizar melhor as atribuições e tornar a produção de informação efetiva, segura, rastreável e auditável.
O Ibovespa fechou com queda de 1,11% em seu primeiro pregão do ano, aos 132.696,63 pontos. O movimento de reversão observado também aconteceu em índices lá fora, com Dow Jones apresentando discreta alta e S&P 500 e Nasdaq em queda em meio a ponderações relacionadas aos juros dos Estados Unidos. O dólar comercial fechou em alta de 1,28%, a R$ 4,9160 na venda. Também em elevação, o euro encerrou a 0,19%, a R$ 5,380 na compra e na venda.

Valor EconômicoLula sanciona LDO com veto a calendário para pagamento de emendasO Estado de S. PauloLula barra ação do Congresso para ditar ritmo de emendasFolha de S.PauloCidades usam 12 Maracanãs de areia para alargar praiasO GloboLula veta calendário para pagar emendas e amplia desgaste com o CongressoCorreio BraziliensePrepare o bolso: é hora de IPVA, IPTU, material…

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