MP da Reoneração Folha de S.Paulo informa que o presidente do Congresso, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), disse ontem que quer conversar com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, antes de decidir se vai devolver ou não a medida provisória (MP) que reonera 17 setores da economia. Conforme Folha, parte dos líderes do Senado pediu ao presidente, em reunião ontem, que o texto seja devolvido de forma integral e que os temas sejam debatidos por meio de projetos de lei. Pacheco afirmou que pretende decidir sobre a devolução antes do fim do recesso parlamentar. Para o autor do projeto que prorroga a desoneração, senador Efraim Filho (PB), líder da União Brasil, “o projeto de lei é o caminho que sinaliza diálogo com o Congresso Nacional”. O Estado de S. Paulo, O Globo e Valor Econômico abordam o assunto. Discussão Na mesma frente, O Estado de S. Paulo traz que o ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, afirmou ontem que o governo vai discutir a reoneração da folha de pagamentos com lideranças empresariais em fevereiro. Ele disse ter tempo até abril para ampliar o diálogo sobre o tema. A afirmação foi feita depois de reunião com representantes de centrais sindicais, com participação do secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda, Guilherme Mello. “Na visão do governo, o tema da desoneração está errado, e é preciso correção de rumos”, comentou Marinho. Mello também reiterou a posição da equipe econômica em defesa da medida provisória apresentada no fim do ano passado. Correio Braziliense também trata sobre o tema. Crescimento O Estado de S. Paulo relata que o Banco Mundial, citando desempenho acima do esperado na atividade ao longo de boa parte do ano passado, elevou a 3,1% estimativa para o PIB brasileiro de 2023, bem acima da projeção anterior, divulgada em junho do ano passado, de expansão de 1,2%. Já para o ano que vem, a previsão agora é de que o PIB cresça 1,5% (ou 0,1 ponto percentual a mais que na estimativa anterior), refletindo desaceleração da atividade no segundo semestre de 2023 e a expectativa de produção agrícola mais moderada neste ano. Correio Braziliense avança em frente semelhante. Inflação Valor Econômico publica que a primeira prévia do Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) de janeiro mostrou a menor taxa, para primeira prévia, em cinco meses, mas isso não significa que o indicador vá continuar a cair no mês. A avaliação é de André Braz, coordenador dos índices de preços calculados pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV Ibre), responsável pelo indicador. Segundo Braz, a concentração de quedas de preços em commodities, no atacado, que levou à taxa negativa na primeira prévia do índice. O especialista alega que já há sinais de quedas mais fracas, ou de acelerações de preços nessas mesmas commodities no exterior. Política industrial Valor Econômico mostra que, segundo pesquisadores do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV Ibre), a política industrial brasileira precisa se ater às particularidades do país, mapear erros e acertos do passado e focar a governança, o desenho e a sustentabilidade. De acordo com Samuel Pessôa, uma agenda industrial para o Brasil deve partir de um inventário das iniciativas que deram ou não certo. Para Bráulio Borges, “políticas industriais que dão certo são, principalmente, aquelas que promovem a exportação e fazem com que o país seja competitivo globalmente”. IBGE Em outra frente, Folha de S.Paulo noticia que o IBGE anunciou ontem a troca diretores à frente de duas estruturas do órgão, a Diretoria de Pesquisas (DPE) e a Diretoria de Geociências (DGC). Em nota, a presidência do instituto, comandado por Mário Pochmann, disse que a servidora Elizabeth Belo Hypolito assumirá a DPE em substituição a Cimar Azeredo. Já a servidora Ivone Lopes Batista assumirá o cargo de diretora de Geociências, substituindo Cláudio Stenner. Valor Econômico também repercute. JBS Valor Econômico registra que grupo de parlamentares do Reino Unido quer pressionar a Securities and Exchange Commission (SEC), o órgão regulador do mercado de capitais nos Estados Unidos, para bloquear a listagem da JBS, a maior fornecedora de carne do mundo, na Bolsa de Nova York. O grupo justifica que a empresa brasileira “tem um histórico bem documentado de envolvimento em desmatamento, violação de direitos humanos e apropriação de terras de comunidades indígenas”. A reportagem menciona que a JBS, com operações que se distribuem do Colorado à Nova Zelândia, é a maior produtora de carne bovina e de frango, a segunda maior fornecedora de carne suína e a primeira empresa de refeições prontas do Reino Unido. Câmbio Folha de S.Paulo assinala que o Banco Central atravessou 2023 sem ter realizado leilões extras de dólar em meio a um cenário de baixa volatilidade do real e de forte fluxo comercial. Conforme Folha, essa foi a menor intervenção da autoridade monetária desde a adoção do regime de câmbio flutuante no país, em 1999. |
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Difal do ICMS Manchete no Valor Econômico comunica que decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre o diferencial de alíquotas (Difal) do ICMS surpreendeu o varejo on-line e trará impacto bilionário.
Valor ressalta que apenas Mercado Livre, Magalu e Lojas Renner têm, juntas, pouco mais de R$ 1,2 bilhão em depósitos judiciais referentes à disputa. A reportagem detalha que os ministros entenderam que a cobrança do Difal do ICMS só poderia ser retomada em abril de 2022, e não em 2023, como defendem os contribuintes (ADI 7066). Segundo o veículo, as empresas não esperavam uma derrota no julgamento, que veio em novembro depois de o caso sair do Plenário Virtual – onde venciam – para o físico.
Vendas em alta Valor Econômico também revela que as vendas do comércio brasileiro caíram 1,3% em 2023. Mas, em dezembro do ano passado, mostraram aumentos de 0,9% ante novembro; e de 1,8% ante igual mês em 2022. Os dados constam da 12ª edição do Índice de Atividade Econômica Stone Varejo.
Para Matheus Calvelli, pesquisador econômico e cientista de dados da Stone responsável pelo indicador, as vendas do comércio em baixa, no primeiro semestre, levaram à queda anual. Mas esse quadro negativo não se repetiu no segundo semestre, notadamente positivo.
“No segundo semestre [de 2023] tivemos quatro taxas positivas no indicador”, salientou. Para o especialista, o desempenho positivo em dezembro pode indicar tendência positiva para o comércio no começo de 2024. |
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Marta e Boulos Folha de S.Paulo e O Estado de S. Paulo repercutem nas manchetes que a ex-prefeita Marta Suplicy (sem partido) disse ao presidente Lula (PT) que aceita ser candidata a vice na chapa de Guilherme Boulos (PSOL) à Prefeitura de São Paulo.
Ela deve voltar ao PT, que, segundo o acordo costurado com a pré-campanha do psolista, ficará com a vaga de vice. Ontem, Marta deixou a gestão Ricardo Nunes (MDB), na qual era secretária de Relações Internacionais.
Em nota, disse que seguirá “caminhos coerentes” com sua trajetória. Pré-candidato, o prefeito tem flertado com o bolsonarismo, o que, dizem aliados da ex-prefeita, a desagradou. Marta deve ser reunir com Boulos, e o PT planeja um evento festivo para seu retorno.
Lewandowski É notícia no Estado de S. Paulo que ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) foram avisados pelo Palácio do Planalto de que o ex-presidente da Corte Ricardo Lewandowski será o novo titular da Justiça, substituindo Flávio Dino, que assumirá uma vaga na Corte.
O anúncio ainda não foi feito porque Lewandowski pediu um prazo para definir os seus auxiliares na equipe, mas a nomeação deve sair até o fim desta semana.
A conversa entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e Lewandowski ocorreu anteontem, no Palácio da Alvorada. O ministério não será dividido e a Segurança Pública continuará sob a alçada da Justiça.
Futuro de Cappelli Acerca do assunto, O Globo publica que o presidente Lula enfrenta um impasse em relação à situação do número 2 da pasta, Ricardo Cappelli.
Embora a escolha do presidente por Lewandowski seja dada como certa por integrantes do governo, o secretário executivo ainda nutre esperanças de uma reviravolta que o permita assumir o lugar do ministro Flávio Dino ou, ao menos, se manter no posto atual.
Um anúncio é aguardado até a próxima sexta-feira, quando Dino deve oficializar a saída do governo para assumir vaga de ministro no Supremo. À sua posse na Corte está marcada para o dia 22. Segundo o jornal, Dino tem ponderado, nas conversas que teve com Lula sobre sua sucessão no ministério, que o trabalho da pasta hoje envolve sobretudo a atuação na área de segurança pública.
Perda de espaço Na Folha de S.Paulo, abordagem afirma que a consequência direta da nomeação de Lewandowski é a perda de espaço do PSB na Justiça, enquanto postos ligados ao PT devem ser preservados.
Segundo aliados de Lewandowski, é certo que ele fará questão de montar sua própria equipe e indicar postos-chave do ministério, como a secretaria-executiva e a Senasp (Secretaria Nacional de Segurança Pública).
Pessoas próximas a Lewandowski dizem que ele não deve mexer em muitos cargos, mas optará por secretários com experiência nas respectivas áreas e perfis mais discretos – Cappelli ficou sob os holofotes desde que assumiu como interventor da segurança do Distrito Federal, após os ataques golpistas. |
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O Ibovespa terminou a sessão de ontem com queda de 0,74%, aos 131.446 pontos. O movimento, em parte, se deveu à cautela vista em Nova York, com os investidores levando os índices ao vermelho, enquanto aguardam o CPI (inflação ao consumidor) de dezembro, que será divulgado na quinta (11) e vai orientar o Federal Reserve em sua decisão de taxa de juros no final de janeiro. O dólar comercial subiu frente ao real, com alta de 0,69%, a R$ 4,904 na compra e na venda. Por sua vez, o euro fechou o dia cotado a R$ 5,358 na compra e a R$ 5,359 na venda, em alta de 0,38%. |
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