IPC desacelera em agosto e Fipe reduz previsão para 2006

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Gazeta Mercantil 

Editoria: Nacional – Página: A-5


A inflação em São Paulo desacelerou em agosto, aliviada pela queda nos custos de tarifas, levando a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) a reduzir, mais uma vez, sua projeção para a taxa neste ano. O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) subiu 0,12% no mês passado, abaixo da alta de 0,21% em julho, acumulando no ano alta de 0,43%.


Ante esse resultado acumulado, Paulo Picchetti, economista da Fipe, revisou sua projeção para a inflação em São Paulo no ano de 2,5% para 2%.

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Editoria: Nacional – Página: A-5


A inflação em São Paulo desacelerou em agosto, aliviada pela queda nos custos de tarifas, levando a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) a reduzir, mais uma vez, sua projeção para a taxa neste ano. O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) subiu 0,12% no mês passado, abaixo da alta de 0,21% em julho, acumulando no ano alta de 0,43%.


Ante esse resultado acumulado, Paulo Picchetti, economista da Fipe, revisou sua projeção para a inflação em São Paulo no ano de 2,5% para 2%. Essa é a segunda revisão do prognóstico, que inicialmente era de 4%. “O impacto do dólar (fraco) sobre os preços foi enorme neste ano. Ele teve um papel decisivo. Soma-se a isso um ótimo ano para o setor agropecuário, que teve uma oferta enorme de produtos”, disse Picchetti. “A fase da deflação do primeiro semestre passou, mas agora você tem uma inflação em patamar bastante baixo.” A projeção aponta para a menor taxa apurada pela Fipe desde 1998, quando houve deflação, e marca o quarto ano seguido de queda. Em 2005, a inflação foi de 4,5%.


A nova previsão para o ano supõe uma taxa mensal média de inflação de 0,30% nos próximos meses, o que absorveria um eventual reajuste de combustíveis, que muitos analistas prevêem para depois das eleições. “Você pode ter um impacto grande da gasolina, mas do resto, pelos dados (fracos) do PIB que vimos do segundo trimestre e pelos dados fracos de atividade em si, não tem pressão”, disse o economista da Fipe.


Tarifas em queda


Outro fator que contribui para a inflação sob controle é o comportamento das tarifas, que tiveram impacto negativo em agosto – movimento que deve se repetir em setembro, ao contrário do que ocorria em outros anos. Em agosto, o custo da energia elétrica caiu 1,28%, com contribuição negativa de 0,05 ponto percentual (p.p.) para o índice. A tarifa de telefonia fixa teve baixa de 0,45%, com peso de –0,01 p.p. no IPC. O reajuste negativo do telefone marcou a primeira queda desde a privatização.

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