Temporada de Natal reflete ritmo lento da economia

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Lojas contratam temporários de acordo com expectativa de alta moderada nas vendas. O movimento do comércio no Natal deste ano deve refletir o tímido crescimento da economia. A expectativa é que as vendas e a contratação de temporários pelas empresas varejistas repitam o comportamento verificado nos últimos anos e fique ligeiramente acima de 2005. Para a Federação do Comércio do Estado de São Paulo (Fecomercio-SP), a melhor data do varejo deve ter crescimento no volume de vendas muito perto do que foi registrado em 2005 – 1,1% de alta no Natal comparado ao mesmo período de 2004.

Lojas contratam temporários de acordo com expectativa de alta moderada nas vendas. O movimento do comércio no Natal deste ano deve refletir o tímido crescimento da economia. A expectativa é que as vendas e a contratação de temporários pelas empresas varejistas repitam o comportamento verificado nos últimos anos e fique ligeiramente acima de 2005. Para a Federação do Comércio do Estado de São Paulo (Fecomercio-SP), a melhor data do varejo deve ter crescimento no volume de vendas muito perto do que foi registrado em 2005 – 1,1% de alta no Natal comparado ao mesmo período de 2004.


“Não temos nenhum fator novo em relação ao ano passado que venha indicar uma mudança sensível nos padrões de vendas: câmbio baixo, que favorece a compra de importados, oferta de crédito, preços de alimentos acessíveis. Isso já tivemos em 2005”, afirma o assessor econômico da Federação do Comércio do Estado de São Paulo (Fecomercio-SP), Altamiro Carvalho.


A Associação Brasileira das Empresas de Serviços Terceirizáveis e de Trabalho Temporário (Asserttem) calcula que mais de 90 mil pessoas serão formalmente contratadas para este Natal no comércio. O número, 5% maior que o do ano passado, reflete a diminuição da informalidade, de acordo com a entidade. O Estado de São Paulo deve ser o maior contratador de temporários, concentrando 32% do total.


Shopping centers


O número pode ser ainda maior. Somente os shopping centers devem abrir 84,8 mil postos de trabalho temporário, 6% mais que no mesmo período de 2005, segundo estimativa da Associação Brasileira de Lojistas de Shopping (Alshop). As vendas devem crescer 7%, de acordo com a entidade.


As altas não são, no entanto, motivadas unicamente pelo evento Natal-Reveillon. Segundo a Alshop, fatores como a inauguração de novos empreendimentos e melhorias alcançadas com obras de expansão e inovação influenciam o crescimento.

Ao longo de 2006 estão sendo inaugurados de 14 a 18 shoppings no País, seis deles entre outubro e novembro. “Se considerarmos apenas o mesmo número de lojas do ano passado, o crescimento é de 1% ou 2%”, afirma o presidente da Alshop, Nabil Sayhoun.


O recrutamento e a seleção de candidatos – que, em geral, começam a trabalhar na segunda quinzena de novembro – já teve início em lojas de alguns shoppings paulistas. Juntas, as 300 lojas do Shopping ABC, localizado em Santo André, São Paulo, esperam gerar cerca de 700 vagas temporárias, mesmo número do ano passado. Também o Shopping Metrô Tatuapé vai começar a selecionar em novembro candidatos para igual número de vagas em relação a 2005: entre 900 e mil vagas temporárias.


No Central Plaza Shopping, cerca de 500 vagas de temporários devem ser criadas para o período do final de ano. Juntos, o Shopping Interlagos e o Shopping Interlar Interlagos devem gerar cerca de mil vagas.


Supermercados


O setor supermercadista deposita suas expectativas no Natal para recuperar as taxas baixas de crescimento registradas ao longo do ano. Mas a Associação Brasileira de Supermercados (Abras) ainda não tem estimativa sobre o desempenho nas vendas do período.


Somente em São Paulo, o número de funcionários do setor deve crescer 5% com a contratação de temporários. A expectativa do presidente da Associação Paulista de Super-mercados (Apas), João Sanzovo Neto, é de que sejam contratadas 10 mil pessoas entre novembro e dezembro.

 

O Wal-Mart, terceira maior rede varejista do Brasil, prevê a contratação de três mil trabalhadores para as festas de final de ano. O número é três vezes maior que o do ano passado, por conta da aquisição da rede Sonae em dezembro de 2005 e das lojas abertas este ano.


O Ponto Frio prevê contratar aproximadamente 1.500 profissionais em todo o Brasil em regime de trabalho temporário.


O Sindicato dos Lojistas do Estado de São Paulo (Sindilojas-SP) estima que vai pré-selecionar candidatos a dez mil vagas temporárias para o comércio do Estado no Natal deste ano, mesmo número de 2005.

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