O termômetro do consumo aponta temperaturas elevadas na Região Metropolitana do Rio de Janeiro. De acordo com levantamento divulgado ontem pelo Instituto Fecomércio-RJ, 44,2% das famílias revelaram, em agosto deste ano, a intenção de adquirir algum tipo de bem durável nos próximos seis meses, ante 35,3% em igual mês do ano passado. O crescimento de cerca de nove pontos percentuais no período foi considerado o melhor resultado verificado em um mês de agosto, desde o início da pesquisa, em 2000.
O termômetro do consumo aponta temperaturas elevadas na Região Metropolitana do Rio de Janeiro. De acordo com levantamento divulgado ontem pelo Instituto Fecomércio-RJ, 44,2% das famílias revelaram, em agosto deste ano, a intenção de adquirir algum tipo de bem durável nos próximos seis meses, ante 35,3% em igual mês do ano passado. O crescimento de cerca de nove pontos percentuais no período foi considerado o melhor resultado verificado em um mês de agosto, desde o início da pesquisa, em 2000. Foram ouvidos 3.165 consumidores entre os dias 15 e 18 do mês passado.
Embora todas as faixas de renda pesquisadas tenham demonstrado intenção de consumo, segundo o Perfil Econômico do Consumidor (PEC), o crescimento foi mais visível nas que têm rendimentos acima de 20 salários mínimos. Um total de 45,8% das famílias com esse perfil informou em agosto último que está disposta a consumir algum bem nos próximos seis meses, ante 31,4% em igual mês do ano passado, o que representa um crescimento de 14,36 pontos percentuais.
Apesar do registro de queda – a maior entre todas as intenções – o artigo eletrônico ainda está no centro das atenções dos consumidores: 33,4% informaram em agosto que pretendem adquirir, ante 38,4% em igual mês do ano passado. Já 22,7% pretendem comprar eletrodoméstico, outros 15,7% desejam adquirir móveis, enquanto 16,2% estão de olho nos veículos (ante 15,9% em 2005). Na comparação anual, a pretensão de consumir computadores foi a que mais cresceu, saindo de 4% para 7%.
Segundo a diretora do Instituto Fecomércio-RJ, Clarice Messer, os resultados da pesquisa revelaram que o consumidor, além de estar otimista para os próximos seis meses, também está demonstrando maior capacidade de gestão do seu orçamento doméstico na atualidade. “A condição de renda das famílias está melhor, os preços dos alimentos estão sob controle e há novas ofertas de crédito disponíveis. Esses são fatores que abrem espaço para a negociação e garantem maior poder de barganha. O consumidor hoje é desejado por muitos e isso tem um impacto muito positivo nas suas finanças”, observa a executiva.
Com a atenção redobrada em relação aos gastos, 43,2% das famílias da Região Metropolitana do Rio, informaram que conseguiram equilibrar o orçamento doméstico em agosto último, ante 41% apurados em igual mês do ano passado.
A diretora do Instituto Fecomércio-RJ destacou que, além do crescimento quanto ao equilíbrio financeiro, outro dado positivo revelado pela recente pesquisa, foi a redução do percentual de famílias com falta de dinheiro: o índice caiu de 31,2%, em agosto do ano passado, para 27%, em igual mês deste ano.
Outro número extremamente positivo, na opinião da executiva, é que aumentou de 27,8% para 29,8% o número de famílias que informou ter sobra no orçamento. “É a partir desse resultado que se pretende investir em consumo, de forma planejada, ou poupar nos próximos meses”, reforça Clarice.
Guardar a sobra orçamentária para uma eventualidade ainda representava a melhor opção para 29,8% das famílias em agosto deste ano, ante 36,9% em agosto do ano passado. A queda, segundo Clarice, sinaliza com a intenção de investir em compras e outras opções nos próximos meses.
Os gastos com lazer, por exemplo, foram escolhidos por 28,6% das famílias que tiveram sobra no orçamento em agosto deste ano, ante 25,7% em igual mês do ano passado. Guardar para consumir no futuro ocupou o terceiro lugar do ranking, com 24,7% das intenções ante 23,9% do ano passado.
Clarice destaca como resultados importantes, no que tange à perspectiva de consumo nos próximos meses, a decisão de reformar a casa que subiu de 1,7% para 3,3%, entre agosto do ano passado e agosto deste ano, além da aquisição de material de construção que passou de 2,9% para 4,6% em igual período.
Já as soluções mais citadas por quem não conseguiu pagar todas as despesas foram: deixar de consumir algo (34,4%), pedir empréstimo a banco ou financeira (15,5%), trabalhar mais (13,7%) e não pagar conta ou prestação (11,8%).