A Comissão Especial Mista do Salário Mínimo do Congresso aprovou ontem, por unanimidade, o relatório final que estabelece uma política permanente de reajuste e vincula, definitivamente, os aumentos anuais dos aposentados ao concedido ao piso.
O documento estabelece que a elevação anual para o mínimo não pode ser inferior ao repasse da inflação do ano anterior, acrescido do dobro da ampliação do Produto Interno Bruto (PIB) do mesmo período, segundo a Agência Senado. O parecer passará agora por votação nos plenários do Senado e da Câmara dos Deputados.
A Comissão Especial Mista do Salário Mínimo do Congresso aprovou ontem, por unanimidade, o relatório final que estabelece uma política permanente de reajuste e vincula, definitivamente, os aumentos anuais dos aposentados ao concedido ao piso.
O documento estabelece que a elevação anual para o mínimo não pode ser inferior ao repasse da inflação do ano anterior, acrescido do dobro da ampliação do Produto Interno Bruto (PIB) do mesmo período, segundo a Agência Senado. O parecer passará agora por votação nos plenários do Senado e da Câmara dos Deputados.
A decisão tomada pela Comissão Mista do Salário do Congresso é “uma irresponsabilidade completa, que quebra o país”, na avaliação do economista do Instituto de Pesquisa Econômica e Aplicada (Ipea), Fabio Giambiagi. As contas dele apontam para um aumento das despesas com o INSS, do equivalente a 8% do Produto Interno Bruto (PIB) de hoje, para 15,7% do PIB em dez anos. “Como política permanente, é desastroso.”
Crescimento. O cálculo de Giambiagi para a projeção do aumento das despesas com o INSS leva em conta um crescimento anual de 3,5% do PIB, com o número de aposentados crescendo na mesma proporção. Neste caso, se persistir a definição do relatório, o reajuste real será em torno de 7% ao ano. Para o economista, a decisão da Comissão surpreende porque “temos tido ao longo do tempo sucessivas demonstrações de aprovação de relatórios com a confiança de que não passarão (no Congresso) lá na frente”.
Giambiagi disse duvidar “que os autores do documento acreditem que ele será aprovado” nos plenários do Senado e da Câmara. Afirma também que a aprovação do relatório “revela falta de articulação parlamentar da base do governo, esse tipo de idéia maluca tem que ser abortada no nascedouro”.