Emprego na indústria recua 0,1% em agosto e salário restram alta

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Em agosto, o emprego industrial registrou queda de 0,1% em relação a julho, na série com ajuste sazonal. Segundo o levantamento divulgado na sexta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), no acumulado do ano e dos últimos 12 meses, o indicador também apresentou variações negativas (–0,4% nas duas comparações). Já em relação a agosto de 2005, houve alta de 0,2%.

Em agosto, o emprego industrial registrou queda de 0,1% em relação a julho, na série com ajuste sazonal. Segundo o levantamento divulgado na sexta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), no acumulado do ano e dos últimos 12 meses, o indicador também apresentou variações negativas (–0,4% nas duas comparações). Já em relação a agosto de 2005, houve alta de 0,2%.


Na avaliação do economista da Tendências Consultoria Integrada, Guilherme Maia, a evolução do emprego industrial de agosto não trouxe nenhuma surpresa, pois reflete o crescimento moderado da indústria em 2006. “No entanto, este quadro pode ser revertido em 2007, com um crescimento econômico mais baseado na demanda interna, com maior impulso à indústria”, ele ressalta.


Na comparação entre agosto de 2006 e o mesmo mês de 2005, os setores que mais aumentaram o número de trabalhadores foram alimentos e bebidas (6,6%), refino de petróleo e produção de álcool (16,4%) e máquinas, aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (3,5%).


No corte regional, os estados do Norte e Centro-Oeste (9,4%) e São Paulo (0,7%) apresentaram os principais desempenhos positivos, beneficiados, principalmente, pela evolução do setor de alimentos e bebidas.


Por outro lado, as regiões com as maiores pressões negativas foram Rio Grande do Sul (–7,7%) e Paraná (–1,7%), devido, principalmente, ao recuo nos setores de calçados e artigos de couro (–12,3%), vestuário (–7,7%) e máquinas e equipamentos (–4,3%).


Já a folha de pagamento real, que havia recuado 0,4% em julho, aumentou 1,1% em agosto. A alta foi de 0,8% na comparação com o mesmo mês do ano passado, enquanto no acumulado do ano e dos últimos 12 meses, houve crescimento de 0,7% e de 1,2%, respectivamente. De acordo com Maia, este desempenho pode ser atribuído à inflação baixa inflação e ao ambiente propício para as negociações salariais em 2006.


O número de horas pagas na indústria registrou um pequeno crescimento de 0,3% em agosto em relação a julho. O indicador manteve-se praticamente estável (0,1%) em relação a agosto de 2005. No acumulado do ano e dos últimos 12 meses, houve queda de –0,1% e –0,2%, respectivamente.

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