O superávit nas contas externas do País voltou a crescer em setembro e ficou nos US$ 2,276 bilhões. Esse número surpreendeu o Banco Central (BC), que esperava algo em torno de US$ 1,9 bilhão.
O saldo da balança comercial, o aumento das reservas cambiais e a redução nas remessas de lucros e dividendos contribuíram para o resultado, explicou o chefe do Departamento Econômico (Depec) do BC, Altamir Lopes, ontem. No ano, o superávit soma US$ 10,136 bilhões (1,48% do PIB).
O superávit nas contas externas do País voltou a crescer em setembro e ficou nos US$ 2,276 bilhões. Esse número surpreendeu o Banco Central (BC), que esperava algo em torno de US$ 1,9 bilhão.
O saldo da balança comercial, o aumento das reservas cambiais e a redução nas remessas de lucros e dividendos contribuíram para o resultado, explicou o chefe do Departamento Econômico (Depec) do BC, Altamir Lopes, ontem. No ano, o superávit soma US$ 10,136 bilhões (1,48% do PIB). O superávit comercial em setembro chegou aos US$ 4,427 bilhões.
O mercado financeiro esperava um resultado melhor nas contas externas. A maioria das projeções estava em US$ 2,350 bilhões. A frustração, na opinião de analistas, foi o fato de o pagamento de juros da dívida externa ter ficado acima do esperado.
‘O cronograma de pagamentos de juros do BC indicava um valor próximo de US$ 1 bilhão, quando, na verdade, foi de US$ 1,4 bilhão’, disse o economista Guilherme Loureiro, em comentário divulgado pela Tendências Consultoria.
A surpresa, segundo Lopes, foi resultado das recompras de títulos da dívida externa. ‘As recompras implicam antecipação de pagamento de juros’, explicou.
Para este mês, o chefe do Depec projeta um superávit maior, ao redor de US$ 2,7 bilhões. Caso se confirme, o superávit no ano até hoje atingirá os US$ 12,8 bilhões, superior aos US$ 11,9 bilhões estimados para todo o ano.
‘Temos dois caminhos: ou revisamos a nossa projeção em dezembro ou o resultado do último mês do ano pode ficar deficitário, o que não é algo incomum’, comentou o chefe do Depec.
A possibilidade de déficit manteria o saldo do ano na previsão do BC. Em geral, as contas externas apresentam déficit em dezembro. Em 2001, foi a última vez que o déficit de dezembro ficou acima dos US$ 1 bilhão.
Mas, caso se confirme o saldo positivo de US$ 2,7 bilhões, o superávit acumulado em 12 meses vai para o nível recorde de US$ 15,1 bilhões. ‘Nunca tivemos esse valor antes’, disse.