A compra de ao menos uma aeronave militar ajudou a balança comercial a registrar um recorde de importações na semana passada. Entre os dias 16 e 22 de outubro, as compras de produtos importados totalizaram US$ 2,307 bilhões, o maior volume semanal da história.
Já as exportações somaram US$ 2,877 bilhões.
A compra de ao menos uma aeronave militar ajudou a balança comercial a registrar um recorde de importações na semana passada. Entre os dias 16 e 22 de outubro, as compras de produtos importados totalizaram US$ 2,307 bilhões, o maior volume semanal da história.
Já as exportações somaram US$ 2,877 bilhões. Com isso, o superávit comercial da semana passada foi de apenas US$ 570 milhões, contra US$ 1,002 bilhão da semana anterior.
A assessoria de imprensa do Ministério do Desenvolvimento atribuiu a alta no superávit a importações de aviões, mas não informou o número de aeronaves compradas nem o valor do negócio. O Ministério da Defesa também não soube informar detalhes.
Além dessa compra considerada atípica, tradicionalmente as importações são maiores no último trimestre devido ao maior consumo nas proximidades do Natal.
A média diária das importações na terceira semana ficou em US$ 461,4 milhões, também o maior valor já registrado. O recorde anterior era da segunda semana de setembro (US$ 459,5 milhões). A média das exportações entre os dias 16 e 22 ficou em de US$ 575,4 milhões.
No acumulado do mês, o saldo da balança comercial está positivo em US$ 2,701 bilhões. Esse resultado é a diferença entre as vendas ao exterior de US$ 8,4 bilhões e as compras de itens importados, que somaram US$ 5,699 bilhões.
A média diária das importações somou US$ 407,1 milhões, ou 30,7% acima da média de outubro de 2005 (US$ 311,4 milhões). Os gastos que mais subiram foram os com aeronaves e peças, borracha e obras, siderúrgicos e produtos químicos.
Já as exportações somam US$ 600 milhões por dia, com um crescimento de 21,2% na comparação com o mesmo mês do ano passado. Foi registrado aumento de exportações nas três categorias de produtos. O maior ocorreu nos semimanufaturados, 43,6%, principalmente por conta das vendas de açúcar em bruto, ferro e aço e ligas de alumínio. O crescimento dos manufaturados foi de 20,1% impulsionado por itens como álcool etílico, óxidos e hidróxidos de alumínio e açúcar refinado. No caso dos básicos, a alta de 16% veio das vendas de minério de cobre, carne bovina, petróleo em bruto e fumo.
Ano
No ano, o saldo da balança comercial está em US$ 36,702 bilhões, uma alta de 3,8% sobre o mesmo período do ano passado (US$ 35,354 bilhões).
As vendas de produtos ao exterior acumulam aumento de 15,9%, para US$ 109,112 bilhões. Já as compras de produtos importados somam no ano US$ 72,410 bilhões, 23,2% maior que o registrado no mesmo período do ano passado.
O mercado financeiro prevê que o superávit de 2006 deva ser de US$ 44 bilhões em 2006. É a mesma previsão do Ministério do Desenvolvimento, que espera exportações de US$ 135 bilhões e importações de US$ 91 bilhões. Em 2005, a balança comercial brasileira registrou um superávit de US$ 44,764 bilhões, um recorde histórico.