Mantega promete ‘bondades’ para 3 setores

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O ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou ontem que ainda nesta semana vai anunciar uma nova linha para capital de giro para os setores calçadista, têxtil e de móveis – os que mais têm sofrido com a valorização cambial. O dinheiro será disponibilizado pelo Banco do Brasil na forma de FAT Capital de Giro, linha que, só para empresários do Rio Grande do Sul, emprestou R$ 1,2 bilhão neste ano.


O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) já havia criado este ano uma linha para capital de giro de R$ 600 milhões para o setor calçadista.

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou ontem que ainda nesta semana vai anunciar uma nova linha para capital de giro para os setores calçadista, têxtil e de móveis – os que mais têm sofrido com a valorização cambial. O dinheiro será disponibilizado pelo Banco do Brasil na forma de FAT Capital de Giro, linha que, só para empresários do Rio Grande do Sul, emprestou R$ 1,2 bilhão neste ano.


O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) já havia criado este ano uma linha para capital de giro de R$ 600 milhões para o setor calçadista. Mas o próprio ministro admitiu que o dinheiro não chegou aos empresários, por conta das exigências do agente financeiro, o Banco do Brasil.


Empresários da cidade de Franca (SP), por exemplo, que se reuniram com o ministro, obtiveram apenas R$ 25 milhões desse total. Agora, segundo Mantega, a intenção é agilizar a tramitação dos pedidos de financiamento.


Ele afirmou que a linha do BNDES não será desativada, mas sim ampliada pela linha do Banco do Brasil, que funcionou muito bem para os empresários gaúchos. ‘Vamos ampliar essa linha de crédito do Banco do Brasil para o resto do País e para os três setores.’


Mantega disse que não poderia adiantar os valores da nova linha porque tinha de fazer ajustes com a Receita e o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. O valor deve ser maior que o R$ 1,2 bilhão, mas menor que R$ 5 bilhões. Segundo o ministro, os juros da linha disponibilizada pelo Banco do Brasil serão a Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP), mais ‘alguma outra coisa’. O FAT Capital de Giro, que atendeu aos empresários do Sul, cobrava TJLP mais 2,8%.


De acordo com Mantega, a linha só será regulamentada depois do dia 29, para evitar acusações de caráter eleitoral. O crédito estará disponível a todas as indústrias dos três setores e não apenas às exportadoras.


Segundo o presidente do Sindicato das Indústrias de Calçados de Franca (SindiFranca), Jorge Donadelli, a ampliação da linha de capital de giro atende a uma reivindicação do setor e é um ‘primeiro e importante passo’ para sanar os graves problemas que o setor calçadista enfrenta.


Crescimento


O ministro reiterou que aposta em crescimento acima de 4% no segundo semestre. Ele afirmou que primeiro quer observar o crescimento do terceiro trimestre para decidir se mantém ou eventualmente revisa a projeção de 4% para o ano.


Mantega disse, mais uma vez, que no terceiro trimestre, o PIB deve crescer entre 1,2% e 1,4%, número que quando anualizado resultaria em um PIB de quase 5%. ‘O segundo trimestre foi fraco, mas o terceiro está muito melhor, com aumento do consumo e produção industrial mais forte’, afirmou.


‘Temos tido superávit comercial com a China e o problema que atinge o setor calçadista (câmbio e concorrência chinesa) não é generalizado.’ Mantega lembrou que a massa salarial crescente puxará o PIB nos últimos seis meses do ano.

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