Brasil ainda cresce acima do comércio mundial

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As exportações do Brasil continuam crescendo mais rapidamente que o ritmo do comércio global, mas desaceleraram em relação ao resto da América do Sul e Central reunidas, de acordo com dados da Organização Mundial do Comércio (OMC).


Nos nove primeiros meses do ano, as vendas brasileiras aumentaram 16% em valor, comparado a 26,6% na América do Sul e Central. Também em valor, o comércio global cresce no mesmo ritmo do ano passado, por volta de 13%.

As exportações do Brasil continuam crescendo mais rapidamente que o ritmo do comércio global, mas desaceleraram em relação ao resto da América do Sul e Central reunidas, de acordo com dados da Organização Mundial do Comércio (OMC).


Nos nove primeiros meses do ano, as vendas brasileiras aumentaram 16% em valor, comparado a 26,6% na América do Sul e Central. Também em valor, o comércio global cresce no mesmo ritmo do ano passado, por volta de 13%. Por sua vez, as importações brasileiras cresceram 20,3% até setembro, comparado a 15,7% no mesmo período de 2005 e no mesmo ritmo do conjunto da América do Sul e Central (sem o México).


A OMC divulgou ontem as Estatísticas Comerciais Internacionais 2006, com as cifras finais do ano passado. Confirma que o Brasil mantém a fatia de 1,1% das trocas globais, mas melhorou sua classificação: passou de 25º a 23º maior exportador, superando Tailândia e Irlanda. E ganhou um posto entre os importadores, agora ficando na 28ª posição.


Como os preços variam muito, a OMC vê a expansão em volume como indicação mais estável. Nesse caso, a expansão das trocas internacionais é estimada em 9,5% este ano pelo Fundo Monetário Internacional (FMI), acima dos 7% previstos pela OMC em abril.


Fontes da OMC concordam agora com os dados do Fundo Monetário Internacional (FMI), diante do melhor desempenho econômico da Europa, principal comprador dos produtos brasileiros, e também do Japão, além da alta de preços do petróleo e crescentes gastos dos produtores de óleo.


As estatísticas mostram que a China, Índia e outras nações em desenvolvimento da Ásia têm sido as principais beneficiadas com a eliminação de cotas no comércio têxtil internacional, em detrimento de produtores da América Latina e da África.


As importações dos EUA de têxteis chineses aumentou 47% em 2005, enquanto caíram 9% as procedentes do México. As vendas dos africanos caíram 13% no mesmo período.


Também ocorre um aumento importante no comércio entre a China e a África. As exportações chinesas praticamente triplicaram para US$ 18,6 bilhões, enquanto suas importações procedentes da África aumentaram quatro vezes, para US$ 20 bilhões, para garantir fornecimento mais estável de petróleo e outras matérias-primas do continente africano.


Entre Janeiro e setembro deste ano, as exportações da China aumentaram 26,5% e as importações, 21,7%. Bem mais do que as vendas dos EUA, que cresceram 14,1% enquanto suas exportações pularam 13,8%.


 

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