Seminário debate desafios e oportunidades para países emergentes

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Ministro alerta sobre desafios de integração de emergentes


O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Luiz Fernando Furlan, afirmou que a integração comercial dos Bric (Brasil, Rússia, Índia e China) e da África do Sul implica vencer desafios como a infra-estrutura deficitária, o baixo nível de educação da população e a desigualdade social. Ao participar de seminário sobre desafios e oportunidades dos países emergentes, o ministro sugeriu que as experiências bem-sucedidas em um dos países sejam multiplicadas para os demais.

Ministro alerta sobre desafios de integração de emergentes


O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Luiz Fernando Furlan, afirmou que a integração comercial dos Bric (Brasil, Rússia, Índia e China) e da África do Sul implica vencer desafios como a infra-estrutura deficitária, o baixo nível de educação da população e a desigualdade social. Ao participar de seminário sobre desafios e oportunidades dos países emergentes, o ministro sugeriu que as experiências bem-sucedidas em um dos países sejam multiplicadas para os demais. “Daqui a alguns anos, os Bric e a África do Sul serão o coração da economia mundial”, disse.


Furlan destacou a complementaridade das economias desses países, mas lamentou que a inserção do Brasil no comércio exterior seja baseada em produtos com baixo valor agregado, principalmente bens agrícolas e minerais. Ele lembrou que os principais produtos de exportação do Brasil para a Rússia são o açúcar e a carne “in natura”. Já o Brasil importa daquele país matéria-primas, fertilizantes e produtos químicos.


Para modificar essa situação, o ministro conclamou os empresários brasileiros a priorizar a exportação de tecnologias que já foram aprovadas no Brasil. Furlan também ressaltou que o comércio exterior brasileiro teve um crescimento exponencial nos últimos anos. Segundo ele, a montagem de aviões da Embraer na China e a atuação da Marcopolo na África do Sul são indicativos da expansão de capital nacional para o exterior.


Diplomata sugere cooperação parlamentar entre emergentes


A diretora do Departamento de Ásia e Oceania do Ministério das Relações Exteriores, Regina Maria Cordeiro Dunlop, sugeriu a intensificação da relação interparlamentar no âmbito do chamado Bric (Brasil, Rússia, Índia e China). A Sra. Regina Dunlop disse que a articulação parlamentar pode ser um instrumento para se chegar a um mundo multipolar.


Entre outras formas de cooperação, a diplomata destacou que a parceria em segurança energética entre o Brasil e a Rússia. Segundo ela, o Brasil tem uma atuação internacional destacada no desenvolvimento de fontes energéticas renováveis e tem firmado acordos com outros países para a proliferação de biocombustível.


Crescimento acima do esperado

No evento, o embaixador da Índia, Hardeep Singh Puri, lembrou que o termo Bric foi cunhado pelo banco Goldman Sachs, que identificou nos quatro países um grande potencial de crescimento econômico. De acordo com a avaliação, a Índia, por exemplo, cresceria anualmente entre 5% e 5,7% entre 2000 e 2005; e uma média de 6,1% ao ano de 2005 a 2010. O embaixador ressaltou, porém, que as projeções se mostraram subestimadas, já que a Índia está crescendo a uma taxa de 8,5% ao ano; e a China, mais de 10%, em vez dos 7,2% esperados.


O embaixador ressalvou, entretanto, que o crescimento econômico, por si só, não resolve os problemas dos países que formam o Bric. Ele disse que, na Índia, a aceleração da economia não eliminou a pobreza, que continua atingindo grande parcela da população.


Negócio da China

Já o embaixador da China, Chen Duqing, conclamou as demais nações do Bric a aproveitar as oportunidades com seu país. “Os ventos favoráveis mudam de vez em quando”, advertiu. “Chegou o momento de fazer ‘negócio da China’ com a China”, disse.


Cooperação entre emergentes é uma necessidade, diz Aldo


O presidente da Câmara, Aldo Rebelo, destacou o esforço conjunto dos Bric (Brasil, Rússia, Índia e China) e da África do Sul para alavancar o desenvolvimento econômico, já que representam “a experiência das economias mais dinâmicas do mundo na história recente”. Aldo afirmou, ainda, que o compartilhamento de experiências para ampliar o crescimento econômico e social não é apenas uma opção dos Bric, mas sim uma exigência em busca de um mundo mais equilibrado em termos de economia e comércio.


Aldo Rebelo lembrou que essas cinco nações reúnem mais de 2,6 bilhões de habitantes – quase metade da população mundial – e conhecem uma “dinâmica de desenvolvimento econômico que não pode ser tributada apenas à casualidade.


Agência Câmara, 28 de novembro de 2006.




 


 




 




 

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