Aumenta consumo de produtos piratas

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O consumo de roupas, calçados e brinquedos pirateados aumentou 45% neste ano em relação ao ano passado, segundo pesquisa do Ibope realizada em três capitais: São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte.


Com o crescimento do comércio ilegal, o Brasil deixa de arrecadar R$ 18,6 bilhões em impostos por ano -valor suficiente para cobrir 45% do déficit da Previdência Social.

A conclusão faz parte de estudo encomendado ao instituto de pesquisas pela Câmara de Comércio dos Estados Unidos, pelo Conselho Empresarial Brasil-EUA e pela Angardi (Associação Nacional para Garantia dos Direitos

O consumo de roupas, calçados e brinquedos pirateados aumentou 45% neste ano em relação ao ano passado, segundo pesquisa do Ibope realizada em três capitais: São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte.


Com o crescimento do comércio ilegal, o Brasil deixa de arrecadar R$ 18,6 bilhões em impostos por ano -valor suficiente para cobrir 45% do déficit da Previdência Social.

A conclusão faz parte de estudo encomendado ao instituto de pesquisas pela Câmara de Comércio dos Estados Unidos, pelo Conselho Empresarial Brasil-EUA e pela Angardi (Associação Nacional para Garantia dos Direitos Intelectuais), entidade formada por um grupo de empresas para reprimir o comércio irregular e combater a concorrência desleal.


Neste ano, o comércio de produtos falsificados movimentou R$ 46,4 bilhões nos setores de roupas, tênis e brinquedos ante R$ 32 bilhões comercializados no ano passado.


“O consumo aumenta porque há uma grande quantidade produtos falsificados à disposição do consumidor e por causa da variação de preços. O pirateado, na média, custa 50% do preço do produto original”, afirma José Henrique Werner, diretor da Angardi.


O desejo de consumir um produto sem ter condições financeiras para adquiri-lo também motiva a compra de uma mercadoria falsificada, segundo avalia Fernando Valente Pimentel, diretor-superintendente da Abit (Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção). “Só com ações educativas, para desestimular esse desejo de comprar um produto que não é original, e com medidas repressivas se consegue reduzir a pirataria, que é um fenômeno mundial.”


A pesquisa revela que 12% dos consumidores compraram brinquedos pirateados nos últimos 12 meses, 23% compraram roupas falsificadas e 12%, tênis. Foram feitas 1.715 entrevistas.

Os números mostram ainda que os preços dos produtos falsificados também aumentaram em relação aos cobrados no ano passado. O preço dos brinquedos pirateados aumentou, em média, 55% em relação a 2005. Os tênis falsificados, 25%.


“O aperto da fiscalização em Foz do Iguaçu e as operações repressivas da Receita Federal e Polícia Federal tiveram impacto na logística de distribuição dos produtos pirateados e contrabandeados”, diz Werner.


O estudo mostra que o consumidor sabe e concorda que a pirataria contribui para a sonegação, mas justifica a compra desses produtos por causa dos preços elevados das marcas famosas. Também dizem que o comércio ilegal “cria” empregos nos “países pobres”.


Na média das três capitais, 3 em cada 10 entrevistados declararam nunca ter comprado produtos falsificados.


“Notamos que na faixa de 16 a 24 anos, uma das que mais consomem esses produtos, houve uma redução de consumo, o que é um importante sinal”, diz Werner. Dos entrevistados nessa faixa, 7% compraram itens pirateados neste ano. No ano passado, esse percentual foi de 17%.




 

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