Desembolsos do BNDES crescem 5%

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Os desembolsos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) somaram R$ 42 bilhões no acumulado de janeiro a novembro, com aumento de 5% em relação a igual período do ano passado.

Os desembolsos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) somaram R$ 42 bilhões no acumulado de janeiro a novembro, com aumento de 5% em relação a igual período do ano passado. Com o resultado em 11 meses, os desembolsos no ano deverão ficar longe dos R$ 60 bilhões projetados pela instituição no início de 2006, mas ‘chegar perto’ da projeção revisada para R$ 50 bilhões na metade do ano, segundo acredita o assessor da diretoria de planejamento do banco, Francisco Eduardo Pires de Souza.


No caso das aprovações, de janeiro a novembro somaram R$ 61,3 bilhões, com aumento de 23% em relação a igual período do ano passado, enquanto as consultas ao banco alcançaram R$ 89,8 bilhões, com aumento de 14% em comparação com igual período do ano anterior.


Souza destacou que o ano começou ‘muito fraco’ em termos de desembolsos, mas ao longo do período houve uma reação, impulsionada pelo barateamento dos custos de financiamento, como reflexo da queda da taxa Selic desde setembro do ano passado; do recuo da Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP) de 9,75% para 6,85% ao ano e a redução do spread básico do BNDES. Além disso, ele ressaltou que os efeitos da crise agropecuária, ainda que permaneçam, têm sido reduzidos nos últimos meses.


Para Francisco Eduardo, os dados acumulados e divulgados ontem mostram sobretudo que os sinais são favoráveis para 2006. ‘Os indicadores mais recentes mostram expectativa boa para o ano que vem’, disse.


O segmento de comércio e serviços foi o que registrou maior aumento (18%) nos desembolsos do banco no acumulado do ano, enquanto o setor de agropecuária, com desempenho negativo observado ao longo de 2006, teve queda de iguais 18% nos desembolsos no período.


Indústria


Para o setor industrial, os desembolsos cresceram 6% no acumulado do ano, com destaque para as liberações destinadas à petroquímica, à indústria extrativa, à agroindústria e à celulose e papel. Para Eduardo, o crescimento no setor industrial é ‘razoável’ por causa da influência do câmbio, que afetou os dados de duas maneiras: recuando a produção de alguns setores para exportações e também o cálculo do valor dos desembolsos em exportações, que perde na passagem do dólar para reais na comparação com o ano passado.


A área de infra-estrutura registrou elevação de 4% e os melhores desempenhos ficaram com os setores de transportes e telecomunicações.


Especificicamente em novembro, a operadora de telefonia Telemar, com financiamento aprovado de R$ 2,4 bilhões, foi o principal destaque das operações do banco. No mês, os desembolsos alcançaram R$ 6,7 bilhões, representando um crescimento de 12% em relação ao mesmo mês de 2005. As aprovações somaram R$ 7,7 bilhões, valor 47% superior aos R$ 5,3 bilhões aprovados em novembro do ano passado.


 




 

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