Sumário Econômico 1472

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Destaque da edição:

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Percentual de famílias com dívidas recua em dezembro – O percentual de famílias que relataram ter dívidas entre cheque pré-datado, cartão de crédito, cheque especial, carnê de loja, empréstimo pessoal, prestação de carro e seguro alcançou 56,6% em dezembro de 2016, o que representa uma redução em relação aos 57,3% observados em novembro de 2016. Também houve queda em relação a dezembro de 2015, quando o indicador registrou 61,1%. Acompanhando a queda do percentual de famílias endividadas, o percentual daquelas com dívidas ou contas em atraso diminuiu em dezembro de 2016, na comparação mensal, de 23,4% para 23,0% do total. Também houve queda do percentual de famílias inadimplentes em relação a dezembro de 2015, quando esse indicador alcançou 23,2% do total.

Mercado aumenta estimativa do IPCA para este ano – No último relatório Focus divulgado em 2016 pelo Banco Central (30/12), a mediana das expectativas para o IPCA do ano passado foi reduzida pela oitava vez, alcançando 6,38%, menor do que a previsão de 6,69% de quatro semanas passadas. Continuando abaixo do limite superior da meta de inflação e da taxa de 10,67% realizada em 2015. A projeção para 2017 mostra aumento, avançando para 4,87%. Outros índices de inflação também tiveram aumento em suas estimativas, como o IGP-DI (5,13%) e o IGP-M (5,08%). No curto prazo, as projeções dos analistas para o IPCA são de 0,39% para dezembro e 0,59% para janeiro deste ano. As cinco instituições que mais acertam – TOP 5 – projetaram IPCA de 0,37% e 0,50%, respectivamente, valores próximos aos esperados pelo mercado. Na última reunião do Copom no ano passado, a meta da taxa de juros Selic foi reduzida para 13,75%. A próxima e primeira reunião de 2017 será nos dias 10 e 11 de janeiro, quando o mercado espera novo corte de 0,50 ponto na taxa. Para o resto do ano, a mediana das estimativas da Selic para o fim de 2017 foi de 10,25%, ou seja, a previsão é que a meta da Selic continue sendo reduzida. Houve uma redução nesta estimativa em relação há quatro semanas, quando o mercado esperava que o corte fosse apenas até 10,50%.

Uma lupa na balança comercial de 2016 – O Brasil registrou saldo comercial recorde nas transações comerciais de bens com o mundo no ano passado, US$ 47 bilhões. Ao final de 2015, o saldo foi de US$ 19 bilhões, e negativo em US$ 4 bilhões em 2014, números que já indicavam a redução no ritmo da atividade econômica. Por um lado, é inegável que o superávit na balança comercial impactou positivamente as transações correntes do balanço de pagamentos (BP): uma vez que o comércio brasileiro vendeu mais ao exterior do que comprou, “ajudou” o saldo da conta corrente do BP, que até novembro de 2016 estava 70% maior do que no mesmo período de 2015. Quando falamos no saldo maior da conta corrente, referimo-nos ao menor déficit (-US$ 17,8 bilhões entre janeiro e novembro de 2016, -US$ 58,8 bilhões no mesmo período de 2015), porque esta conta é historicamente negativa no balanço de pagamentos do Brasil. Por outro lado, houve perda no volume de comércio internacional do País em termos de valor: a corrente de comércio brasileira (exportações mais importações) celulose e suco de laranja, por exemplo. Por outro lado, as vendas de produtos básicos foram menores (-9,2%).

Fusão a frio – Dois pesquisadores, Andrea Rossi (engenheiro) e Sergio Focardi (físico) da Universidade de Bologna, na Itália, afirmaram ter construído uma nova máquina de fusão a frio comercialmente viável, chamada de catalisador de energia, ou E-Cat. Mesmo a máquina sendo desacreditada, seus inventores continuaram trabalhando para provar que a fusão a frio realmente funciona. A experiência de fusão a frio foi divulgada duas décadas atrás, mas o processo foi sempre visto com desconfiança. É aparentemente impossível dois tipos de átomo, geralmente um elemento mais leve e um metal pesado, se fundirem, liberando calor puro que pode ser convertido em eletricidade. Contudo, outros cientistas não conseguiram reproduzir o experimento e o que se viu a seguir foi uma briga que pouco tem de científica: como os dois pesquisadores foram ridicularizados pela comunidade científica, quase ninguém mais se atreveu a colocar a mão na massa e ver o que havia de real ou de irreal no experimento, sob o risco de também cair na descrença.

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