Sumário Econômico 1473

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Destaque da edição:

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Após quatro quedas consecutivas, varejo cresce 2% em novembro – Também houve queda do percentual de famílias inadimplentes em relação a dezembro de 2015, quando esse indicador alcançou 23,2% do total. Descontados os efeitos sazonais, o volume de vendas do comércio varejista brasileiro no conceito restrito avançou 2% entre os meses de outubro e novembro, de acordo com os dados da Pesquisa Mensal de Comércio (PMC) divulgada hoje (10/01) pelo IBGE, interrompendo a sequência de quatro taxas negativas. Nessa mesma comparação, a variação na receita nominal foi de 0,9%. A alta mensal de 2% foi o desempenho mais positivo desde julho de 2013, quando as vendas aumentaram 2,9%. Quando considerados somente os meses de novembro, o varejo teve o melhor desempenho desde 2007. O resultado quase compensa a queda acumulada de 2,3% entre os meses de julho e outubro. O resultado veio melhor que o teto do intervalo de estimativas esperadas pelos analistas de mercado, que aguardavam desde uma queda de 1% a uma alta de 1,4%, com mediana positiva de 0,3%.

Livre concorrência x Internacionalização – O Sistema Brasileiro de Defesa da Concorrência foi criado com o intuito de proteger a concorrência dentro dos setores da economia do Brasil. Dessa forma, o Cade (órgão regulador) tem como incumbência prevenir e repreender quaisquer medidas que possam vir a prejudicar ou que tenham prejudicado a livre concorrência dentro do mercado. Os atos de concentração que tenham como resultado participação superior a 20% do setor precisam se submeter à análise do Cade. A lei antitruste brasileira prega que uma empresa não deve possuir sob seu controle mais do que 50% de um setor, evitando, assim, que a empresa obtenha poder de mercado. Poder de mercado é definido, de acordo com o Cade, quando “uma empresa (ou um grupo de empresas) […] for capaz de manter seus preços sistematicamente acima do nível competitivo de mercado sem com isso perder todos os seus clientes”. Sendo assim, quando não há concorrência efetiva que possa contestar os preços da empresa líder, há o exercício de poder de mercado, e isso pode ser extremamente prejudicial para os setores da economia e para os consumidores.

IPCA deve terminar o ano abaixo do limite da meta – No primeiro relatório Focus divulgado em 2017 pelo Banco Central (06/01), a mediana das expectativas para o IPCA do ano passado foi reduzida pela nona vez, alcançando 6,35%, menor do que a previsão de 6,52% de quatro semanas passadas. Continuando abaixo do limite superior da meta de inflação e da taxa de 10,67% realizada em 2015. A projeção para 2017 também mostra queda, recuando para 4,81%. Em contraste, outros índices de inflação tiveram aumento em suas estimativas para este ano, como o IGP-DI (5,15%) e o IGP-M (5,21%). No curto prazo, as projeções dos analistas para o IPCA são de 0,36% para dezembro e 0,58% para janeiro deste ano. As cinco instituições que mais acertam – TOP 5 – projetaram IPCA de 0,37% e 0,50%, respectivamente, valores próximos aos esperados pelo mercado e estáveis há duas semanas. Na última reunião do Copom do ano passado, a meta da taxa de juros Selic foi reduzida para 13,75%. A próxima e primeira reunião de 2017 será nos dias 10 e 11 de janeiro, quando o mercado espera novo corte de 0,50 ponto na taxa. Para o resto do ano, a mediana das estimativas da Selic para o fim de 2017 é de 10,25%, ou seja, a previsão é que a meta da Selic continue sendo reduzida.

Compras públicas sustentáveis – Diante das mudanças climáticas e do aquecimento global, nada mais justo do que a preocupação e as ações em favor da preservação do planeta, o qual vem emitindo sinais de degradação à medida que o tempo passa devido à exploração dos recursos naturais e ao que representa suprir seus habitantes. Em 5 de dezembro do ano passado, no Rio de Janeiro, o II Fórum Global em Compras Públicas Sustentáveis procurou discutir o tema compras (públicas e privadas, a despeito do porte da empresa) de maneira sustentável compatível com a ISO 20400, para que empresas possam ter sustentabilidade nos seus processos de compras através de eixos que respeitem o meio ambiente, a sociedade e a economia. Naquele instante, em sua vinda ao Brasil, o economista egípcio Farid Yaker concedeu interessante entrevista a um jornal carioca sobre os efeitos sociais, ambientais e econômicos das compras públicas.

Relatório sobre a Caatinga – De acordo com o Ministério do Meio Ambiente (MMA), os relatórios técnicos referentes aos biênios 2009-2010 e 2010-2011 sobre o Projeto de Monitoramento do Desmatamento dos Biomas Brasileiros por Satélites (PMDBBS) foram divulgados pelo MMA, dando continuidade à divulgação de série de mapeamentos em relação ao Cerrado, Pampa, Pantanal e Mata Atlântica, também produzidos pelo projeto. Segundo o relatório, houve uma diminuição no desmatamento da Caatinga de acordo com o levantamento realizado pelo Centro de Sensoriamento Remoto do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). Os dados mostram que foram suprimidos 494 Km² de vegetação nos anos de 2010-2011, uma redução de 56% em relação ao período anterior. Os estados com maior registro de desmatamento foram Piauí, Ceará e Bahia.

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