A inovação se tornou um elemento crucial para o crescimento econômico e a competitividade dos negócios, especialmente em um ambiente de mercado dinâmico. Com foco em estratégias, os especialistas da consultoria multinacional Abgi – ligada ao grupo francês Visiativ – Isabella Soares e Arthur Gabriel da Silva apresentaram as oportunidades disponíveis no ecossistema de inovação para empresas do setor terciário. A palestra “Estratégias de fomento para a inovação no varejo” foi apresentada no palco CNC Innovation Talks durante o Rio Innovation Week, evento patrocinado pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).
Mediando a apresentação da dupla, o analista da Diretoria de Economia e Inovação (Dein) da CNC William Lima abriu o painel explicando que “historicamente, as políticas de desenvolvimento e inovação do País são focadas na indústria, embora o setor terciário represente 23% do PIB nacional”. Em seguida, ele destacou o papel da CNC nesse cenário de fomento de uma cultura de inovação no setor, dando o exemplo do Guia Prático da Lei do Bem, criado em parceria com a Abgi. O manual apresenta os incentivos fiscais disponíveis para as empresas comerciais e oportunidades de redução da carga tributária. Os gastos elegíveis incluem despesas com pesquisa, desenvolvimento e inovação tecnológica, além de aquisição de bens e serviços vinculados a essas atividades
Saiba mais: CNC lança Guia Prático da Lei do Bem
O Brasil oferece diversas oportunidades de inovação e incentivos fiscais para empresas que desejam investir em pesquisa e desenvolvimento (P&D) e inovação, conforme Isabella e Arthur Gabriel apresentaram. No entanto, muitos empresários e empresas ainda lutam para entender como iniciar esse processo.
“Inovar, necessariamente, é arriscar. Inclusive, com o risco de não ter sucesso. Percebo muito esse medo, especialmente no mercado do varejo, tradicionalmente conservador. Existem estratégias de fomento que cobrem, inclusive, o insucesso, desde que fique comprovado que houve o esforço de inovar”, comentou Arthur.
A dupla de especialistas apresentou um mapa no qual constam as principais oportunidades do ecossistema de fomento brasileiro. Estão disponíveis desde programas que aproximam empresas e instituições públicas de ensino superior, com foco na obtenção de recursos humanos, até linhas de crédito e subvenção econômica, através de editais, chamadas públicas, agências federais e estaduais de estímulo e investidores anjo.
Os consultores da Abgi apontaram que a inovação pode levar a melhorias significativas nos processos de negócios, tornando as operações mais eficientes e econômicas. “É preciso identificar oportunidades que se adequem às necessidades. Existe uma falácia de que faltam recursos. Eles são limitados, mas, muitas vezes, não há projetos tão interessantes”, afirmou Arthur.
Ainda sobre o papel fundamental do ecossistema de fomento à inovação para estimular o desenvolvimento de novas ideias, tecnologias, produtos e serviços que impulsionem o crescimento econômico e a competitividade, Isabella destacou que há um potencial pouco explorado no País. “O governo brasileiro tem a intenção de atingir o topo do ranking de inovação mundial e tem apoiado amplamente, através de agência de fomento, esse segmento. Temos visto muitas tratativas nesse quesito, o Brasil está em uma curva crescente de liberação de recursos”, finalizou ela.
Saiba mais em: Detalhando o Mapa de Fomento à Inovação e ESG. Conceitos para entender o ecossistema e as oportunidades de fomento disponíveis no Brasil