CNC debate alternativas de digitalização da administração pública em audiência na Câmara

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Crédito: Renato Araújo/Câmara dos Deputados
Crédito: Renato Araújo/Câmara dos Deputados

O Grupo de Trabalho (GT) sobre Alternativas Digitais de Tributação e Desburocratização da Câmara dos Deputados realizou, no dia 9 de maio, em Brasília, uma audiência pública para debater a transformação digital da administração pública brasileira. O GT, do qual o relator é o deputado Júlio Lopes (PP-RJ), tem seu plano de ação com nove áreas de gestão governamental sobre as quais o colegiado deve se debruçar para buscar soluções de simplificação da vida do cidadão.

Convidada para o debate, a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) defendeu que a transformação digital da administração pública brasileira é extremamente relevante e urgente. O analista de Inovação da CNC William Guimarães Lima destacou alguns pontos principais para impulsionar essa transformação.

“Em primeiro lugar, é importante entender que essa transformação não se trata apenas de adquirir tecnologias modernas e sofisticadas, mas sim de mudar a forma como o governo se relaciona com os cidadãos e as empresas. Isso significa repensar processos e serviços para torná-los mais ágeis, eficientes e acessíveis, utilizando a tecnologia como uma ferramenta para viabilizar essas mudanças”, enfatizou.

O técnico reforçou que é necessário um forte investimento em capacitação e treinamento dos servidores públicos para que possam compreender a importância da transformação digital e sejam capazes de utilizar as ferramentas tecnológicas disponíveis da melhor maneira possível. “Além disso, é fundamental a criação de uma cultura de inovação dentro da administração pública que encoraje e valorize ideias criativas e soluções tecnológicas para os desafios enfrentados pelos órgãos públicos”, completou Guimarães.

A transformação digital da administração pública é um desafio complexo, mas fundamental para melhorar a eficiência e a qualidade dos serviços públicos oferecidos aos cidadãos. O coordenador do Conselho de Economia Digital e Inovação da Fecomércio-SP, Andriei Gutierrez, que também participou da audiência, ponderou que muitos dos serviços públicos já oferecidos pelo governo poderiam estar em plataformas presentes no dia a dia dos cidadãos e das empresas privadas.

“Precisamos buscar meios de facilitar isso, sempre pensando em cibersegurança, governança e tratamento seguro de dados, privacidade e auditabilidade dos serviços”, enfatizou.

Custo Brasil

Para o assessor do Sebrae Fábio Marimon, com a transformação digital da administração pública, o governo deve buscar reduzir a burocracia e, com isso, o chamado Custo Brasil. Já o gerente do Departamento de Desburocratização e Inovação da Federação das Indústrias de São Paulo (Fiesp), Matheus Palluci de Campos, destacou o levantamento do Banco Mundial que mostra o Brasil como o segundo país com governo digital mais maduro do mundo na esfera federal, atrás apenas da Coreia. Porém, essa realidade não se reproduz nos Estados e municípios. Por causa disso, o País ocupa a posição de número 44 em governo digital, em estudo da ONU, afirmou a gerente de Competitividade Industrial da Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Fierj), Julia Nicolau Butter.

Também participaram da audiência o gerente executivo de Inovação em Tecnologia da Confederação Nacional do Transporte (CNT), Felipe Lopes de Castro Albuquerque; o presidente da Associação Brasileira das Empresas de Software (Abes), Paulo Milliet Roque; o vice-presidente da Câmara Brasileira de Economia Digital, Leonardo Elias Moreno da Silva; e o presidente da Confederação Nacional de Serviços (CNS), Luigi Nesse.

 

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