CNC e Iphan debatem parcerias de incentivo ao turismo em patrimônios históricos

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Trem histórico que faz o percurso de Tiradentes até São João Del Rei, na estação de Tiradentes, em Minas Gerais

Iniciativas que fomentem o turismo, a cultura e a gastronomia regional em patrimônios ferroviários de responsabilidade do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) foram tema de debate entre a presidente da autarquia, Larissa Dutra, e o diretor da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) Alexandre Sampaio, no dia 30 de setembro, na sede do Iphan.

O objetivo da reunião foi tratar de parcerias público-privadas em espaços históricos administrados pelo Iphan, principalmente em estruturas ferroviárias, para ampliar o potencial de destinos turísticos nacionais, beneficiando-os com a criação de cafeterias, livrarias, museus, espaço para apresentações artísticas e demais espaços que proporcionem ao turista uma experiência cultural em um local histórico.

Para Alexandre Sampaio, que é responsável pelo Conselho Empresarial de Turismo e Hospitalidade (Cetur) da CNC, diversas entidades que compõem o Conselho teriam interesse em investir na parceria. “O Iphan administra uma variedade muito rica de espaços com potencial turístico, cultural e gastronômico, com propostas de múltipla destinação. O Cetur pode identificar atores dentro do Conselho que são ideais para a concretização dessas parcerias, além de instituições como o Sesc e o Senac, que realizam com excelência trabalhos nessas áreas”, afirmou.

O protocolo de cooperação entre Portugal e Brasil, assinado em março de 2020, que instituiu o programa Revive, o qual pretende recuperar patrimônios históricos e culturais subutilizados para aproveitamento turístico e geração de emprego e renda no Brasil, foi citado por Larissa Dutra como um catalizador de parcerias. “A intenção é que os patrimônios históricos, hoje sem qualquer função, sejam recuperados pela iniciativa privada para utilização de parte do imóvel para empreendimentos turísticos como hotéis, restaurantes, espaços culturais e outros atrativos, e o Revive prevê a concessão não onerosa destes espaços”, disse.

Sampaio ressaltou também que as parcerias público-privadas estão alinhadas com o programa Vai Turismo, iniciativa da CNC que reuniu propostas de políticas públicas para o desenvolvimento do turismo nacional, com a participação de 29 associações empresariais nacionais do turismo e das Federações do Comércio de todos os Estados e do DF, e foram apresentadas aos candidatos à Presidência da República e governos estaduais nas eleições de 2022.

A presidente do Iphan, que recebeu em mãos as propostas do Vai Turismo, elogiou o programa e pontuou que esse tipo de iniciativa “é fundamental para que o setor público consiga explorar tantos potenciais turísticos que não são aproveitados por falta de parcerias, dentro dos 1.200 bens tombados e cerca de 600 mil imóveis administrados pelo Iphan”.

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