Economista da CNC apresenta impactos da exigência de vistos para turistas estrangeiros em audiência pública

Compartilhe:

O economista da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) Fabio Bentes participou, nesta quarta-feira (26), de uma audiência pública promovida pela Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional da Câmara dos Deputados para discutir os impactos da exigência de visto para Austrália, Canadá, Estados Unidos e Japão.

A partir do dia 1º de outubro, cidadãos desses países serão novamente obrigados a tirar o visto de turista para entrar o Brasil. Desde junho de 2019, eles estão isentos dessa autorização. A decisão ocorreu após consultas do governo federal a esses quatro países sobre a possibilidade de isentar os brasileiros de vistos, em respeito ao princípio da reciprocidade.

Para Fabio Bentes, a medida reprime o processo de retomada que o setor de turismo vem passando após os graves problemas causados pela pandemia da covid-19. “O turismo certamente foi a área que mais sofreu nos últimos três anos, com paralisação total durante a pandemia. Ainda assim, o setor tem apresentado bons índices de geração de emprego e renda, e precisamos de medidas que estimulem esse processo”, disse.

O economista apresentou dados que mostram que houve um aumento de 21,5% de turistas americanos, canadenses, australianos e japoneses em 2019, em comparação ao ano anterior, segundo a Polícia Federal. “Era um fluxo que vinha crescente antes da pandemia e representa uma parcela importante dos turistas estrangeiros que vêm ao Brasil.”

Por fim, Bentes projetou um possível cenário com base na suspensão do decreto em que cerca de R$ 2,5 bilhões deixariam de ser arrecadados. “Segundo o Banco Central, o turista estrangeiro gasta, em média, US$ 1.307,00 no Brasil. Considerando que os gastos dos turistas advindos dos EUA, Canadá, Austrália e Japão estão consideravelmente acima da média, estimados em US$ 4 mil, o setor deixaria de arrecadar R$ 2,5 bilhões ao dificultar a entrada desses turistas no País”, afirmou.

Também participaram do debate:

– o secretário de Comunidades Brasileiras e Assuntos Consulares e Jurídicos, embaixador Leonardo Luís Gorgulho Nogueira;

– o chefe da Assessoria de Relações Internacionais do Ministério do Turismo, Gustavo Sousa Torres;

– o presidente da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis (ABIH Nacional), Manoel Cardoso Linhares; e

– a diretora de Relações Institucionais da Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear), Jurema Monteiro.

Leia mais

Rolar para cima