Monitor – 04 de dezembro de 2023

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Informativo da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo02 a 04/12/23 | nº 1043 | ANO V |  www.cnc.org.br
Capital S/A, no Correio Braziliense, registra que a Fecomércio/DF realizou, na sexta-feira, um evento de confraternização no Dunia Hall, para fazer um balanço do trabalho realizado em 2023. O presidente da entidade, José Aparecido Freire, recebeu lideranças empresariais do setor, associados, parlamentares e representantes do GDF. Em discurso de agradecimento, Aparecido citou o presidente da CNC, José Roberto Tadros.Folha de S.Paulo ressalta que o turismo deve registrar o verão com o maior volume de receitas em ao menos 13 temporadas no Brasil, indica projeção da CNC. Por ora, a entidade empresarial estima movimentação de R$ 155,87 bilhões no setor no período de novembro de 2023 a fevereiro de 2024. Esse é o intervalo considerado como a alta temporada de verão.Na avaliação de Fabio Bentes, economista sênior da entidade e responsável pelos cálculos, a projeção positiva para este verão se deve à demanda ainda reprimida por turismo após as restrições da pandemia de Covid-19 e à melhora nas condições de consumo. O Dia (RJ) mostra que a Black Friday de 2023 apresentou um quadro complexo para o comércio brasileiro. Enquanto alguns setores enfrentaram desafios e tiveram baixa procura por produtos, outros segmentos mostraram força e apresentaram resultados satisfatórios. O conteúdo salienta que promoções pouco atraentes, endividamento das famílias e um esticamento do período de promoções contribuíram para o enfraquecimento da data. De acordo com a Peic, divulgada pela CNC, 87% das famílias brasileiras têm dívidas com cartão de crédito.Extra (RJ) pontua que o Natal de 2023 terá alta de 5, 6% nas vendas, segundo a CNC. O texto frisa ainda que as contratações alcancem 108,5 mil trabalhadores, conforme estimativa da a Confederação.Já O Hoje (GO) traz que a ICF, apurada pela CNC, avançou 2,4% em maio, descontados os efeitos sazonais, e manteve a tendência de alta. O nível de consumo atual teve o maior aumento em maio, de 3,4%, com a combinação de inflação mais baixa e emprego mais favorável, embora o indicador esteja na zona negativa, com 81,5 pontos.
DesempenhoO Estado de S. Paulo assinala que além das reformas promovidas nos últimos anos, como a trabalhista e a da Previdência, fatores conjunturais podem ajudar a explicar o desempenho econômico melhor do que o esperado nos últimos anos. Estímulos monetários e fiscais adotados pelo governo para combater os estragos causados pela pandemia, além de medidas recentes, estão entre medidas levantadas por economistas para ajudar a entender as diferenças entre as projeções e o PIB efetivo. O diário paulista ressalta que nova subida de patamar só virá com a volta do investimento, que está praticamente estagnado, e a redução das incertezas fiscais. MercadoO Estado de S. Paulo veicula que neste primeiro ano, a atuação do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, surpreendeu positivamente os investidores, com a criação do novo arcabouço fiscal e a defesa da meta de déficit zero para 2024. No entanto, para os analistas, a situação desandou após os atritos entre o ministro e Lula acerca da meta fiscal, e de Haddad com o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL). Entre janeiro e novembro, o Ibovespa acumulou uma valorização de 16,04%. O diário paulista também inclui no cenário a queda da inflação da taxa básica de juros. O ano ainda foi positivo para o câmbio.Conclusão do acordoFolha de S.Paulo repercute declaração do presidente Lula em resposta ao presidente da França, Emmanuel Macron, que disse no sábado (2) ser contrário às negociações do acordo entre União Europeia e Mercosul. Segundo Lula, “se não tiver acordo, paciência”. Lula comentou que já sabia que a França tinha uma posição mais protecionista e que o Brasil não poderá ser responsabilizado caso o acordo não seja assinado. Membros do governo já dão como certo que a negociação terminará sem acordo, já que o Brasil não cederá às novas condicionantes ambientais e é improvável que os europeus consigam articular posições de todos os países do bloco em uma semana. O Globo também aborda o assunto.Aço importadoValor Econômico também situa que o governo tem avaliado os efeitos que uma possível elevação do imposto de importação sobre 18 tipos de aço teria sobre as cadeias industriais no Brasil. O tema ganhou relevância nas últimas semanas, com o aumento das importações de aço vindas da China, e vem opondo produtores brasileiros de aço e fabricantes de automóveis, máquinas e equipamentos, eletrônicos, entre outros. Enquanto o primeiro grupo alega prejuízo pelas importações baratas originárias do país asiático, o outro afirma que o aumento do imposto elevaria também o preço final dos bens.ConcorrênciaNa mesma frente, Valor Econômico pontua que desde o ano passado, a China ultrapassou o Brasil e tornou-se a maior exportadora de veículos para a América Latina. Em dez anos, a participação da China nas importações de veículos na região saltou de 4,6% para 21,2%. Por outro lado, a do Brasil caiu de 22,5% para 19,4%. Esses dados, da Penta-transaction e Comtrade (Nações Unidas) referem-se a 2022 e, segundo Valor, dificilmente haverá reversão do quadro este ano. A Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores reduziu a previsão de queda nas vendas externas em 2023. Espera agora o embarque de 420 mil veículos este ano, incluindo automóveis, caminhões e ônibus.Programas fiscaisAinda no Valor Econômico, a Receita Federal prepara um projeto de lei para ampliar a possibilidade de adesão ao “Confia”, programa de conformidade fiscal em fase de testes com grandes contribuintes, e estabelecer o “Sintonia”, voltado a todas as empresas. A proposta deverá ser apresentada e enviada ao Congresso neste mês, junto com anúncio de resultados do Confia, segundo a superintendente da Receita Federal em São Paulo, Marcia Meng. Meng afirma que o Confia precisa ter mais vantagens do que o Sintonia. Ela lembra que, no primeiro, um dos primeiros pedidos das empresas foi para ter essa aproximação e a melhoria no procedimento de retirada da Certidão Negativa de Débitos.
Recuperação lenta Valor Econômico situa que a agência de classificação de riscos Fitch Ratings espera uma recuperação lenta do varejo brasileiro em 2024. A redução das taxas de juros, o controle da inflação e o menor desemprego ainda não se traduziram em demanda mais robusta.“Os ajustes realizados pelas varejistas ao longo de 2023 devem contribuir para uma gradual recomposição da rentabilidade e para a desalavancagem financeira”, diz o relatório.SheinNa Folha de S.Paulo, Painel S.A. atenta que o contrabando de roupas bateu recorde neste ano, causando perdas estimadas em R$ 77 bilhões na arrecadação de impostos. Entre janeiro e outubro, foram R$ 189 milhões em peças de vestuário apreendidas pela Receita Federal – 78% a mais do que em todo o ano passado. Segundo o conteúdo, auditores afirmam que boa parte desse resultado se deve a sites como Shein e Shopee, que inundaram 0 mercado sem pagar tributos devidamente. Dados consolidados do Fórum Nacional de Contra Pirataria e Ilegalidades (FNCP) indicam que, em 2022, o Brasil perdeu R$ 410 bilhões com o mercado ilegal de produtos de 14 ramos da indústria. A nota salienta que o setor de vestuário foi o mais impactado, com perdas de R$ 84 bilhões em arrecadação de impostos – um aumento de 40% em relação a 2021. Outros segmentos no topo da lista são os de bebidas alcoólicas (R$ 72,2 bilhões), combustíveis (R$ 29 bilhões) e cigarros (R$ 10,5 bilhões).PublicidadeValor Econômico dá conta que as festas de Natal e Ano Novo são uma aposta importante para os grandes anunciantes do país neste fim de ano, considerando que a Black Friday deste ano foi fraca, com retração nas vendas para boa parte da indústria de consumo.No acumulado de 2023, os investimentos em publicidade no Brasil devem somar US$ 19,2 bilhões, alta de 6,6% ante o volume investido no ano passado. O país está acima da média de avanço do mercado global, cuja receita deve alcançar US$ 874,5 bilhões, este ano, alta de 5,9% em base anual, projeta o GroupM, divisão de investimentos em mídia do grupo WPP.ComércioOntem, Coluna do Estadão, em O Estado de S. Paulo, anotou que a Câmara Americana de Comércio (Amcham Brasil) apresenta, na COP 28, o Movimento Brasil Pelo Meio Ambiente, que reúne 183 projetos ambientais de 111 empresas.Esses projetos representam investimentos de mais de R$ 31 bilhões em ações para descarbonização e eficiência energética. Os resultados incluem o tratamento de 17 toneladas de resíduos, a redução de 259 toneladas de CO2 e a geração ou otimização de 7.735 GWh de energia limpa.Comércio exteriorEm O Estado de S. Paulo, Celso Ming registrou (03/12) a declaração do presidente Lula sobre a possibilidade do Brasil atingir um movimento de comércio exterior de US$ 1 trilhão até 2030.Apesar de parecer uma meta ambiciosa, o autor argumenta que é viável, considerando o crescimento contínuo da corrente de comércio nos próximos anos.A coluna destacou a importância de regras claras, acordos comerciais e consistência macroeconômica para alcançar esse objetivo, ressaltando a demanda global por alimentos, petróleo e energia verde como impulsionadores do comércio brasileiro.VarejoFolha de S.Paulo repercutiu (02/12) que a expectativa para as vendas no Natal no varejo brasileiro não é otimista após o desempenho decepcionante da Black Friday.Tanto os consumidores quanto os varejistas estão endividados, com a Black Friday registrando queda de 15% no faturamento e 18% no número de pedidos em relação ao ano anterior, segundo dados da Neotrust.A alta taxa de juros e o receio de “queimar caixa” estão impactando as projeções de vendas, tornando as perspectivas cautelosas para o comércio online no período natalino.BolsasNo sábado, editorial de O Estado de S. Paulo abordou a aprovação de uma medida provisória pelo governo Lula que cria um programa de bolsas para incentivar alunos de baixa renda a concluir o ensino médio. O texto cita estudo da Firjan SESI sobre a alta evasão escolar.O jornal criticou a opção do governo por criar um fundo privado administrado pela Caixa, em vez de incluir o programa no Orçamento, e destaca a falta de transparência sobre a gestão e os aportes no fundo.A abordagem alertou para os riscos da opção do governo, chamando-a de “contabilidade criativa” e “política parafiscal”, e enfatiza a urgência de enfrentar a evasão no ensino médio de forma consistente no Orçamento.
Orçamento secretoO Estado de S. Paulo expõe que o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), pretende recompor o orçamento secreto distribuindo recursos por meio de outra rubrica em 2024: as emendas da Mesa Diretora da Casa, presidida por ele. A estratégia de Lira foi confirmada por integrantes da Mesa Diretora da Câmara. O veículo pontua que a proposta, porém, não é apoiada por alguns integrantes da Mesa e líderes partidários. Esses parlamentares resistem à ideia de ficar nas mãos de Lira na hora de enviar recursos para suas bases eleitorais.EleiçõesFolha de S.Paulo anota que os ministros de Lula podem ter seus partidos aliados a Bolsonaro em cinco capitais, podendo aumentar conforme as eleições se aproximam. Enquanto isso, o presidente busca acertar alianças com o PSB de seu vice, Geraldo Alckmin, pois há perspectiva de estarem em palanques separados em oito capitais. O PT quer reverter derrotas anteriores, controlar máquinas locais e pavimentar caminhos para 2026. Entretanto, partidos aliados a Lula em nível federal podem se alinhar ao bolsonarismo em algumas capitais, destacando-se São Paulo, Salvador, Porto Alegre, Florianópolis e Maceió.InsatisfaçãoValor Econômico publica que, enquanto atua para tentar preservar a governabilidade e mitigar atritos entre os Poderes, o presidente Lula tem de conviver com a insatisfação do PT.Lideranças da sigla e as bancadas federais sentem-se alijadas de decisões do governo e reclamam do distanciamento do presidente, que chega ao fim do primeiro ano de mandato sem ter se reunido com deputados e senadores da legenda.A publicação afirma que ouviu queixas de petistas na última semana, em razão do anúncio das nomeações do ministro da Justiça e Segurança Pública (MJSP), Flávio Dino (PSB), para a vaga no Supremo Tribunal Federal (STF), e do vice-procurador-geral eleitoral Paulo Gonet para a Procuradoria-Geral da República (PGR).PEC do STFTambém no Valor, abordagem informa que, a apenas três semanas do recesso parlamentar, a Câmara pode adiar para o ano que vem a análise do projeto alternativo à proposta de emenda constitucional (PEC) que limita os poderes do Supremo Tribunal Federal (STF). Ainda haverá um esforço do relator, o deputado Alex Manente (Cidadania-SP), para tentar viabilizar ambiente político para aprovação pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) neste ano.Contrário à PEC aprovada pelo Senado na semana passada, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), articulou em conjunto com o Supremo a investida sobre um projeto já existente na Casa que busca sistematizar as normas do processo constitucional brasileiro.
Na primeira sessão do mês de dezembro, o Ibovespa encerrou o dia com alta de 0,67%, aos 128.148,91 pontos, em seu maior patamar desde 2021. Na semana, a alta foi de 2,13%. O avanço foi puxado por comentários do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, na sexta-feira, sobre a melhor expectativa de inflação do mercado e a confirmação do ritmo de corte da taxa Selic. O dólar encerrou o dia com queda de 0,70%, cotado a R$ 4,880 na venda e R$ 4,881 na compra. A principal divisa europeia também recuou, a 0,86%, sendo negociado a R$ 5,305 na compra e R$ 5,306 na venda.

Valor EconômicoPoupança perde a liderança como fonte de recursos para o crédito imobiliárioO Estado de S. PauloChavismo declara vitória em plebiscito sobre anexação de área da Guiana em petróleoFolha de S.PauloApós Sabesp, focos serão PPP em municípios e concessõesO GloboSubsídios vão pressionar a conta de luz no próximo anoCorreio BrazilienseReforço de 19 mil vagas em ensino integral do DF

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