Monitor – 05 de dezembro de 2023

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Informativo da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo05/12/23 | nº 1044 | ANO V |  www.cnc.org.br
Valor Econômico destaca que o endividamento e a inadimplência voltaram a cair em novembro e registraram os menores patamares em mais de um ano, na Peic, da CNC. No estudo, divulgado nesta segunda-feira, 4, pela CNC, a parcela de famílias que se declararam endividadas ficou em 76,6% no mês passado, inferior a de outubro (76,9%) e de novembro do ano passado (78,9%).A reportagem frisa que foi a menor fatia para esse dado desde janeiro de 2022 (76,1%). Melhores condições na economia e continuidade do programa Desenrola do governo federal de renegociação de dívidas, levaram ao resultado, segundo Felipe Tavares, economista-chefe da CNC e responsável pela pesquisa.Correio BrazilienseJornal do Commercio (PE)Diário do Comércio (MG)Bem Paraná (PR)A Tribuna (SP)Extra (RJ)O Estado (MS)Correio (BA)Jornal de Brasília (DF)Correio de Sergipe (SE)A Crítica (AM)A Tarde (BA) e Massa! (BA) também publicam.
Recuperação judicialManchete em O Globo destaca alta dos pedidos de recuperação judicial. Segundo a Serasa Experian, foram 1.128 companhias no país a pedir proteção contra credores. O número já supera todos os 833 pedidos registrados no ano passado. A reportagem cita casos como Americanas, Starbucks, Marisa, M.Officer, e pontua que combinação de empresas em dificuldade financeira e crédito mais restritivo fomentou o mercado da crise. Conforme levantamento da Spectra Investments, há 39 gestoras independentes nesse segmento, o que corresponde a quase oito vezes ao de 2015. Juntas, têm R$ 13,4 bilhões de capital disponível para investimento. Em 2012, esse valor era de R$ 1,2 bilhão. CréditoNa Folha de S.Paulo, instituições financeiras afirmam que a versão atual da Reforma Tributária aumentará o custo do crédito no país por um período de pelo menos cinco anos, elevando a arrecadação em R$ 9 bilhões ao ano até 203. A projeção é da Confederação Nacional das Instituições Financeiras. Presidente da instituição, o ex-deputado Rodrigo Maia alega que o governo abriu mão de um sistema mais eficiente do ponto de vista econômico, e adotado em praticamente todos os outros países, para privilegiar a arrecadação. A Fazenda rebate o argumento. O governo reconhece que não é possível abrir mão dessa receita neste momento, mas afirma que não haverá aumento na tributação do spread bancário. Segundo a pasta, a carga será mantida no período de transição. Subvenção do ICMSFolha de S.Paulo traz que o deputado Luiz Fernando Faria (PSD-MG), relator da medida provisória que altera as regras de subvenção do ICMS, afirmou ontem que irá propor aumentar para 80% o desconto máximo a ser dado às empresas em negociações de dívidas tributárias envolvendo o estoque não recolhido por elas nos últimos anos. Esta é a principal medida da agenda defendida pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, na reta final do ano para elevar a arrecadação federal. Quando a MP foi enviada ao Congresso, a pasta projetava uma arrecadação de até R$ 35 bilhões em 2024. Faria diz que se reuniu com Dario Durigan, ministro da Fazenda em exercício, e que chegou a um entendimento sobre o percentual. Anteriormente, a pasta propôs um desconto de até 65% nesse estoque. O Estado de S. Paulo, O Globo e Valor Econômico também abordam o assunto. CrescimentoCorreio Braziliense situa que economistas apontam perda de fôlego e, possivelmente, retração do PIB entre julho e setembro. A maioria dos analistas estima que a atividade econômica deve registrar queda de 0,3%, em relação ao trimestre anterior, no indicador que será divulgado hoje pelo IBGE. Se concretizada, será a primeira queda da atividade desde o segundo trimestre de 2021, marcado pelo início da recuperação da pandemia. Mercosul-UEManchete no Correio Braziliense reporta que o presidente Lula disse que persistirá na busca para fechar o acordo entre Mercosul e União Européia, que está sob risco de não ser concretizado. Lula enfatizou que só desistirá se ouvir um “não” de todos os países envolvidos nos blocos. Ele conseguiu o apoio do chanceler da Alemanha, Olaf Scholz, com quem esteve, ontem, em Berlim. Em declaração conjunta, eles frisaram a importância do acerto. Valor Econômico O Globo avançam em frente semelhante. ComunicadoFolha de S.Paulo noticia que Mercosul e União Europeia negociam declaração pública sobre o futuro do acordo comercial entre os dois blocos. Ideia é argumentar que as negociações não fracassaram e que o acerto continuará sendo perseguido pelas autoridades envolvidas apesar dos reveses dos últimos dias. O comunicado deve ressaltar que houve avanços técnicos nos últimos meses de negociação, abrindo espaço para entendimentos futuros, numa tentativa de reduzir as frustrações com o fato de que não deve haver anúncio de um texto de consenso para o acordo na cúpula do Mercosul. Movimentos sociaisFolha de S.Paulo informa que pressão do presidente Lula para concluir as negociações sobre o acordo comercial entre Mercosul e União Européia foi criticada por movimentos sociais na Cúpula Social do Mercosul, ontem, no Rio de Janeiro (RJ). Avaliação é que os termos acordados em 2019, ainda sob o governo Jair Bolsonaro (PL), são prejudiciais ao Brasil, e deveriam ser alvo de amplos debates sob Lula. A cúpula foi organizada pela Secretaria-Geral da Presidência da República com o objetivo de reabrir canais de diálogo entre a sociedade civil e o governo.Contas públicasO Estado de S. Paulo assinala que governo e Congresso têm feito movimentos na área fiscal que já colocam em alerta os especialistas em contas públicas. Economistas apontam perda de transparência e “irrealismo” orçamentário em meio a propostas que alteram a contabilidade federal e modificam o novo arcabouço fiscal, antes mesmo da regra entrar plenamente em vigor. O diário paulista cita haver quem veja, inclusive, a volta da chamada contabilidade criativa. No entanto, propostas vêm sendo ofuscadas por um cenário externo mais favorável, devido à perspectiva de corte de juros nos Estados Unidos e na Europa no começo de 2024. Gastos elevadosO Estado de S. Paulo informa que o Ministério do Planejamento e Orçamento criou um “sistema de alertas” para o governo agir antecipadamente quando detectar que o espaço fiscal nas contas públicas corre o risco de ficar comprometido nos próximos anos. A depender do problema encontrado, o governo adotará uma medida de revisão de gastos para evitar que a elevação de despesas de uma política adotada agora se torne insustentável em três ou quatro anos. A proposta ainda prevê a aplicação desse modelo para subsidiar decisões de bloqueios de despesas já a partir do primeiro contingenciamento com o novo arcabouço fiscal.Conclusão do acordoEditorial em O Globo avalia que apesar da posição contrária do presidente francês, Emmanuel Macron, o acordo comercial entre Mercosul e União Europeia “continua vivo” e um desfecho favorável está mais próximo do que estava há poucos meses. Na opinião do jornal, não é impossível haver uma coalizão entre os países europeus favoráveis, como Alemanha, Espanha ou Portugal, para acelerar a aprovação. Atender às novas exigências ambientais seria um preço baixo a pagar por isso. AdiamentoEm editorial, Valor Econômico pontua que acordo entre o Mercosul e a União Europeia (UE), uma das metas do presidente Lula ao assumir o comando rotativo do bloco, em 4 de julho, voltou ao limbo. O Brasil deixa o posto nesta semana e transfere a presidência para o Paraguai. De acordo com o veículo, de legado, restam o anúncio a ser feito nesta semana de um acordo com Cingapura e a entrada da Bolívia como novo membro do bloco. Com isto, fica para mais tarde, se ficar, a possibilidade de livre comércio com a UE. Valor conclui que negociações parecem ter perdido o momento, mas é importante que continuem. O texto cita que a Alemanha assinou declaração com o Brasil ontem mencionando “esforços adicionais” para que possam ser concluídas.
DívidasNa Folha de S.Paulo, a coluna Painel S.A. revela que, em novembro, 26% das famílias paulistanas gastaram mais da metade de sua renda com o pagamento de dívidas, conforme pesquisa da Fecomercio-SP. No mesmo período de 2022, foram 19,4%.A nota acrescenta que o cenário vem se agravando. Segundo a entidade, na média, os brasileiros endividados empenharam 31, 7% de seus rendimentos mensais. Em outubro, esse índice foi de 31, 5%. Segundo Guilherme Dietz, economista da Fecomercio-SP, houve busca por financiamentos de imóveis e veículos motivados por juros baixos no passado. Para ele, mesmo com a alta da Sellic, o acesso a esse tipo de crédito continua farto.ICMSValor Econômico aponta que uma nova norma do Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) pode levar o varejo novamente ao Judiciário, depois de ter vencido, no Supremo Tribunal Federal (STF), a discussão sobre o pagamento de ICMS na transferência interestadual de mercadorias entre estabelecimentos de um mesmo contribuinte. O Convênio nº 178, aprovado na sexta-feira, regulamenta o uso de créditos do imposto estadual.A publicação salienta que essa regulamentação foi uma exigência dos ministros do STF no julgamento da Ação Declaratória de Constitucionalidade (ADC) nº 49. Eles definiram, em abril, que a partir de 2024 não poderá mais ser cobrado ICMS nessas transferências de mercadorias e deram prazo aos Estados – até o fim deste ano – para a edição de uma norma para tratar do uso dos créditos.O problema, segundo tributaristas, é que o texto do Convênio nº 178 torna “obrigatória” a transferência de créditos de ICMS ao Estado de destino da mercadoria, restringindo a decisão do Supremo. Vem daí a possibilidade de judicialização.Confiança Valor Econômico mostra que a confiança do consumidor brasileiro voltou a cair em novembro, depois de ter tido alta pontual em outubro, segundo levantamento feito pelo Instituto Ipsos. O Índice de Confiança do Consumidor (ICC) do Ipsos teve queda de 1,3 ponto em novembro para 57,1, na comparação com outubro. O indicador é monitorado pelo Ipsos em 29 países.Outubro havia encerrado dois meses de queda do indicador, que no mês passado voltou a indicar menor ânimo do consumidor. No ranking global, o Brasil caiu duas posições, para o quinto lugar. O Ipsos ressalta, contudo, que a confiança do consumidor brasileiro segue alta no âmbito mundial. Além disso, o indicador brasileiro continua apresentando melhora na variação nos últimos 12 meses, com alta de 5,6 pontos.Zoneamento em SPFolha de S.Paulo situa que a proposta da Câmara Municipal de São Paulo para a revisão da Lei de Zoneamento apresentada nesta segunda-feira (4) prevê a liberação de comércios com maior capacidade de atrair público para o trecho da avenida Rebouças, nos Jardins. O Legislativo também propõe aumento do tamanho das construções na região.A medida é pleiteada por empresários e proprietários de terrenos no local, mas desagrada moradores do bairro de alta renda da zona oeste, que é exclusivamente residencial e tombado por órgãos de preservação do patrimônio. O Estado de S. Paulo também registra.FranqueadosValor Econômico atenta que um levantamento feito pelo instituto Hibou, a pedido da consultoria CommUnit, mostra, pela primeira vez, o perfil do empreendedor de franquias no Brasil. Nesse retrato, a pesquisa revela que boa parte dos franqueados é do sexo feminino e a idade média desses empreendedores, de modo geral, fica entre 36 anos e 45 anos.Para chegar nesses dados, o levantamento “O perfil do franqueado e multifranqueado” compilou 1,5 mil entrevistas de empreendedores de 250 marcas localizadas em mais de 750 cidades em todas as regiões do Brasil.
Dino no STFO Globo, Correio Braziliense O Estado de S. Paulo noticiam que o senador Weverton Rocha (PDT-MA), relator da indicação do ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, para o Supremo Tribunal Federal (STF), apresentou ontem o parecer que será analisado pelos membros da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado no próximo dia 13. O relatório é favorável ao ministro sob o argumento de que ele “teve experiências exitosas no exercício de funções dos três Poderes da República”.JanonesPrincipais impressos, Folha de S.Paulo e O Estado de S. Paulo entre eles, noticiam que o ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal (STF), abriu inquérito contra o deputado federal André Janones (Avante-MG), por uma suposta prática de “rachadinha”. A decisão atende a pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR). Relator do processo, Fux deu 60 dias para que a Polícia Federal (PF) cumpra todas as diligências. Ele observou que a abertura de uma investigação é um “ato meramente formal” e não significa juízo de condenação do deputado, sendo possível o arquivamento do processo caso os supostos ilícitos não se comprovem.AusênciasValor Econômico informa que a ausência de senadores nesta semana para participar da Conferência do Clima da ONU, a COP 28, pode colocar em risco votações estratégicas para o governo no Congresso. Ao menos 16 dos 81 parlamentares foram ao evento, realizado em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos. A expectativa de líderes partidários é que a Casa fique esvaziada.Entre os senadores que viajaram estão os líderes do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA), e do Congresso, Randolfe Rodrigues (sem partido-AP). Ambos retornam já nesta terça-feira (5) para ajudar nas articulações políticas.8/1Folha de S.Paulo destaca que a Procuradoria-Geral da República (PGR) considera denunciar o ex-presidente Jair Bolsonaro por incitação ao crime devido aos ataques golpistas em 8 de janeiro. Embora haja indícios, a PGR aguarda a formalização da prova de um post publicado sobre urnas eletrônicas que a Meta, plataforma de propriedade do Facebook, alega não estar mais disponível na rede, uma vez que Bolsonaro apagou o conteúdo pouco tempo após publicá-lo.
O Ibovespa fechou em queda de 1,08%, ontem, aos 126.802 pontos, seguindo a movimentação das Bolsas no exterior, em um dia marcado pela realização de lucros. O dólar subiu 1,39%, a R$ 4,948 na compra e a R$ 4,949 na venda. O euro também se valorizou, com alta de 1,00%, a R$ 5,358 na compra e R$ 5,359 na venda.

Valor EconômicoBenefícios solicitados ao INSS têm salto e superam marca de 1 milhão por mêsO Estado de S. PauloLitoral concentra lista de localidades mais violentas de São PauloFolha de S.PauloSP busca aval de estados a renegociação de dívidasO Globo
Alta de pedidos de recuperação judicial cria ‘mercado da crise’ no paísCorreio BrazilienseBrasil insiste no acordo Mercosul-UE, apesar do impasse

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