PIB Manchetes na Folha de S.Paulo e Valor Econômico destacam que o PIB brasileiro perdeu força no terceiro trimestre, mas ainda apresentou leve variação positiva de 0,1% em relação ao período imediatamente anterior, segundo dados divulgados ontem pelo IBGE. Pelo lado da demanda por bens e serviços, o PIB contou com a contribuição positiva do consumo das famílias, que subiu 1,1% após avançar 0,9% no segundo trimestre. O desempenho foi puxado pela retomada do mercado de trabalho e pelas transferências de programas sociais. Por outro lado, os investimentos produtivos na economia brasileira, medidos pela Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF), caíram 2,5% no terceiro trimestre – quarta baixa consecutiva. A coordenadora de Contas Nacionais do IBGE, Rebeca Palis, atribui à política monetária contracionista. Folha ressalta que a variação de 0,1% no terceiro trimestre marca a terceira taxa positiva do PIB em sequência. O indicador renovou o maior patamar da série histórica, com dados desde 1996. Também opera 7,2% acima do nível pré-pandemia, do quarto trimestre de 2019. O Estado de S. Paulo, O Globo e Correio Braziliense também abordam o assunto. Previsão No Valor Econômico, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que a economia brasileira deve encerrar este ano com um crescimento acima de 3% e, para 2024, a estimativa é um crescimento de 2,5% com futuras quedas nas taxas de juros. Estimativas de Haddad para 2023 e 2024 são mais otimistas quando comparadas às da Secretaria de Política Econômica da Fazenda, que projeta um crescimento de 3% este ano e 2,2% ano que vem. Indústria Valor Econômico acrescenta que dados do PIB do terceiro trimestre suavizam o contraste de desempenho entre a indústria extrativa e a de transformação, segundo Rodrigo Nishida, economista da LCA Consultores. A reportagem inclui que na variação anual, a indústria registrou alta de 1,0%. O melhor resultado veio de eletricidade e gás, água, esgoto, atividades de gestão de resíduos (7,3%). As extrativas também tiveram bom desempenho (7,2%), dada a alta da extração de petróleo e gás. A construção recuou 4,5%. Para 2024, de acordo com Nishida, a perspectiva é um pouco melhor. Crédito No Valor Econômico, o ritmo de crescimento do crédito do sistema financeiro permaneceu em desaceleração e ficou em 7,3% no período acumulado em 12 meses até outubro, menor percentual desde janeiro de 2020, segundo dados divulgados pelo Banco Central (BC). O percentual é exatamente o que a autoridade monetária prevê de avanço para o crédito em 2023 como um todo, de acordo com o Relatório Trimestral de Inflação (RTI) de setembro. Banco Central Folha de S.Paulo repercute declaração do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, de que “o Banco Central precisa fazer o trabalho dele” no processo de corte de juros para que o país garanta o crescimento esperado neste ano e em 2024. Haddad disse que o resultado do PIB do terceiro trimestre surpreendeu positivamente, mas considerou o desempenho fraco. Ele chamou a atenção para o fato de o BC ter iniciado o ciclo de corte nas taxas apenas em agosto e cobrou a autoridade monetária. O Globo também trata sobre o tema. Déficit zero O Globo traz que o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, reafirmou ontem que a meta de déficit zero em 2024 continua desacreditada pelo mercado, mas lembrou a importância de haver previsibilidade sobre o compromisso fiscal assumido pelo governo. Apesar de o mercado ainda não considerar o déficit zero factível, o compromisso sinaliza o esforço do governo em evitar desequilíbrio fiscal no longo prazo. Educação Manchetes em O Globo e Correio Braziliense reverberam resultados do Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (Pisa) de 2022, divulgados ontem, indicando que desempenho de brasileiros em Matemática, Leitura e Ciências segue tão baixo quanto antes da pandemia. O total de alunos que não atingiu um nível mínimo de aprendizagem em Matemática para a idade passou de 68% para 73%, entre 2018 e 2022. A média da OCDE, que organiza a prova, é de 31%. O país se manteve entre os 20 piores do mundo em Matemática e Ciências e entre os 30 últimos no quesito leitura. O Pisa de 2022 também foi marcado por queda histórica no desempenho de países ricos. Folha de pagamento Folha de S.Paulo situa que o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, defendeu ontem que o Congresso adie a análise do veto da proposta que prorroga a desoneração da folha de paga mento para 17 setores. Uma sessão do Congresso marcada para amanhã pode incluir a discussão sobre o tema, embora ainda não haja acordo. O ministro lembrou que o veto é constitucional e a decisão dos parlamentares pode ser questionada judicialmente. Padilha pede que parlamentares a favor da derrubada do veto aguardem a apresentação de uma medida alternativa sobre o tema prometida pela Fazenda e disse que ela certamente terá de passar pelo Legislativo. MP da Subvenção Folha de S.Paulo veicula que o líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE), deve procurar os presidentes da Casa, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), para tentar estabelecer um cronograma de votação da MP da subvenção do ICMS. A ideia é que ela possa ser votada na comissão mista amanhã e no plenário da Câmara na próxima semana. Com isso, senadores se debruçariam sobre o texto na outra semana. Guimarães também irá procurar o relator da matéria, Luiz Fernando Faria (PSD-MG). A reportagem cita declaração de Faria de que havia “90% de chance” de ele não apresentar o relatório hoje, frustrando expectativas de governistas. JCP No Valor Econômico, o Ministério da Fazenda chegou a um acordo com parte do setor empresarial para restringir o tipo de ativo que poderá ser contabilizado como Juros sobre Capital Próprio (JCP). O texto deve ser incorporado à medida provisória das subvenções a investimentos e pode ser aprovado na próxima semana. O acordo foi costurado com os bancos e envolveu a desistência de grande parte das propostas da Fazenda para pôr fim ao mecanismo ou limitar o seu uso. O veículo lembra que avaliação do governo é de que o JCP acabou utilizado de forma abusiva e propôs, em agosto, que fosse totalmente extinto. Isso geraria R$ 10,6 bilhões a mais por ano de receita. Lucros Valor Econômico também traz que a 1ª Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidiu, por maioria de votos, que as empresas não podem considerar a participação nos lucros e resultados (PLR) e gratificações distribuídas a administradores e diretores que também são empregados como despesa. Com isso, esses valores passam a ter um custo maior, pois não poderão ser deduzidos da base de cálculo do Imposto de Renda (IRPJ) e da CSLL. Indicações políticas Valor Econômico registra que o Supremo Tribunal Federal (STF) retoma hoje o julgamento sobre a validade de indicações políticas a conselhos de administração ou diretorias de empresas estatais. A reportagem cita que está em vigor a liminar concedida em março pelo ministro aposentado Ricardo Lewandowski, que liberou a nomeação de ministros de Estado e secretários. A decisão de Lewandowski também derrubou a quarentena de 36 meses para pessoas que participaram de campanhas eleitorais ou integraram as estruturas decisórias dos partidos políticos. |
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Conclusão do acordo Coluna do Estadão, em O Estado de S. Paulo, anota que a embaixadora da União Europeia no Brasil, Marian Schuegraf, sinalizou que o bloco europeu vai insistir nas negociações do acordo comercial com o Mercosul. Segundo ela, a movimentação ocorre apesar das críticas do presidente da França, Emmanuel Macron, que levaram a comunidade internacional a apostar no fracasso do tratado. O presidente Lula espera avanços durante a Cúpula do Mercosul, que ocorrerá amanhã, no Rio de Janeiro (RJ).
COP30 Painel S.A., na Folha de S.Paulo, anota que a CNI e a Câmara de Comércio dos EUA no Brasil, de olho na COP30, assinaram acordo ontem, na COP28, para trocar informações sobre cooperação comercial, econômica e social visando estreitar a relação entre os dois países, voltada, especialmente à economia verde. Mercosul-UE Em editorial, O Estado de S. Paulo ressalta “esfriamento na disposição dos governantes” de fechar o acordo entre Mercosul e União Europeia, apesar do esforço da diplomacia. Para o jornal, “há má vontade de todos os lados”. De acordo com Estadão, quando o presidente Lula alega “proteger a indústria contrariando a própria indústria, fica claro que o interesse é outro: proteger políticas corporativistas e clientelistas”.
Serviços Valor Econômico indica que o avanço de 0,6% do setor de serviços no terceiro trimestre foi mais intenso que o esperado e reflete, do lado da demanda, um consumo das famílias surpreendentemente resiliente, avalia a pesquisadora do FGV Ibre Juliana Trece.
Apesar da surpresa, os números não tiram o setor – que corresponde a 67% do PIB – da trajetória de desaceleração. No segundo trimestre, o PIB de serviços subiu 1% ante o trimestre anterior.
A publicação pontua que o desempenho do setor de serviços se mantém em alta com a ajuda do consumo das famílias, que seguem beneficiadas por um mercado de trabalho aquecido e com alta dos rendimentos.
Exportações Valor Econômico relata que a atividade do terceiro trimestre teve ajuda do setor externo, que deverá continuar dando contribuição positiva no PIB de 2023, muito ligada ao desempenho do setor agropecuário e da indústria extrativa no ano, apontam economistas.
O PIB agregado do terceiro trimestre cresceu 0,1% contra os três meses anteriores, com ajuste sazonal, segundo o IBGE. No mesmo critério as exportações cresceram 3%, e as importações caíram 2,1% no trimestre.
Lei de Zoneamento O Estado de S. Paulo expõe que a Justiça de São Paulo determinou a suspensão temporária da revisão da Lei de Zoneamento da capital paulista, cuja primeira votação estava prevista para amanhã. A decisão é liminar e prevê a realização de audiências públicas em todas as 32 subprefeituras da cidade. A Lei de Zoneamento determina as principais regras urbanísticas da capital. A Câmara vai recorrer e descarta o adiamento da revisão para o ano que vem.
A suspensão atende a uma ação popular aberta no fim de novembro por Debora Lima, coordenadora nacional do Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST). A organização tem criticado a atuação das lideranças da Câmara na revisão e esteve em uma manifestação por mais participação popular na última quinta-feira. Folha de S.Paulo avança em frente semelhante. |
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Emendas e PAC É notícia na Folha de S.Paulo que parlamentares têm rejeitado a proposta do presidente Lula para que o Novo PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) seja turbinado com dinheiro de emendas.
Mesmo dentro da base política do governo, há líderes que veem dificuldade para que o plano do Palácio do Planalto seja acatado pela maioria dos congressistas.
Repasses O Globo evidencia que o ministro da Secretaria de Relações Institucionais (SRI), Alexandre Padilha, entregou ontem a líderes de Câmara e Senado um balanço sobre a liberação de emendas parlamentares até aqui e afirmou que o ritmo de repasses será “acelerado” até o fim do ano.
Ele disse aos congressistas que a gestão de Lula já empenhou R$ 29,7 bilhões de emendas. Pelos cálculos do Palácio do Planalto, o volume empenhado até agora representa um crescimento de 79% em relação aos 12 meses de 2022, no último ano de Jair Bolsonaro.
Dino no STF O Estado de S. Paulo reporta que o presidente Lula vai pedir votos para o ministro da Justiça, Flávio Dino, indicado por ele para ocupar uma cadeira no STF.
O movimento de bastidores ocorrerá às vésperas da sabatina no Senado, marcada para o próximo dia 13. Embora o Palácio do Planalto avalie que o ministro terá o nome aprovado, Lula não quer dar “sopa para o azar”, como costuma dizer, e tentará atrair os indecisos, um contingente que hoje alcança quase 20 senadores. |
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Ontem, o Ibovespa fechou em leve alta de 0,08%, aos 126.903 pontos, em um dia marcado pela falta de grandes amplitudes – com o produto interno bruto (PIB) brasileiro surpreendendo positivamente, mas o temor de uma economia mundial mais fraca derrubando empresas exportadoras de commodities. Já o dólar perdeu 0,45% frente ao real, a R$ 4,925 na compra e a R$ 4,926 na venda. O euro, por fim, também recuou. Com queda de 0,88%, a moeda europeia foi negociada a R$ 5,311 na compra e na venda. |
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