Exportação Manchete na Folha de S.Paulo aborda possíveis impactos de eventos adversos em rotas marítimas, como a estiagem no canal do Panamá e a crise no mar Vermelho, que voltam a ameaçar o comércio internacional e podem atingir o Brasil. Segundo Folha, o impacto mais imediato é no aumento do tempo e custo dos transportes, o que afeta o preço de exportações e importações brasileiras. No caso do mar Vermelho, um dos setores mais impactados deve ser o de exportação de proteína animal. Para o diretor de logística da Abrafrutas (associação do setor), Zakaria Benzaama, o aumento no preço de importação de contêineres afeta importações de maquinários, fertilizantes, embalagens e outros tipos de insumos, o que impacta indústrias como a de produção de frutas. Desoneração da folha Folha de S.Paulo assinala que o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, recorreu à cúpula do Congresso para tentar reverter a rejeição no Legislativo às medidas de reoneração de diferentes setores da economia, mas os parlamentares ameaçam impor uma nova derrota com a manutenção dos benefícios. Segundo Folha, enquanto a equipe econômica tenta emplacar uma transição mais longa em troca de retirar parte dos benefícios ainda em 2024, senadores falam abertamente que a decisão política de prorrogar o incentivo para os 17 setores até 2027 já está tomada. A reportagem menciona que eventual porta de saída só seria aplicada após esse prazo. Com isso, a Fazenda avalia a possibilidade de trocar a medida provisória por um projeto de lei, cujos prazos e ritos de tramitação são mais flexíveis. Plano alternativo Valor Econômico registra que integrantes da equipe econômica se preparam para apresentar alternativas de cortes de gastos na hipótese de uma resposta negativa do Tribunal de Contas da União (TCU) a respeito da legalidade da limitação do contingenciamento do Orçamento em R$ 23 bilhões este ano. A reportagem detalha que, no caso de o TCU considerar que é necessário um contingenciamento maior para o cumprimento da meta fiscal de déficit zero neste ano, o governo vai avaliar alternativas de corte efetivo de gastos. De acordo com Valor, estão na mira o programa de seguro-defeso, que beneficia pescadores, e o Proagro, um seguro rural para financiamento de pequenos e médios produtores rurais atingidos por catástrofes climáticas. Déficit O Globo veicula que o Tribunal de Contas da União (TCU) divulgou relatório ontem com um alerta sobre o Orçamento de 2024 enviado pelo Executivo e aprovado pelo Congresso – que ainda depende da sanção presidencial. A reportagem detalha que técnicos do tribunal veem fortes indícios de que as receitas previstas para este ano estão superestimadas, com possibilidade de déficit de até R$ 55,3 bilhões. A meta prevista pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, é de déficit zero. “A equipe constatou que a estimativa da Receita Primária Federal Líquida, em 19,2% do PIB, é muito acima do que foi observado nos anos recentes, indicando estar superestimada”, aponta o relatório. Subsídios O Globo traz entrevista com o secretário de Reformas Econômicas do Ministério da Fazenda, Marcos Barbosa Pinto, que afirma que o governo fará uma revisão geral dos subsídios embutidos nas contas de luz. Conforme o jornal, neste este ano, são R$ 37 bilhões em subsídios pagos pelos consumidores, representando quase 15% da tarifa. “Diminuir esses subsídios é um objetivo conjunto do Ministério de Minas e Energia e da Fazenda”, ressalta. Em relação ao financiamento para infraestrutura, Pinto explica que a ideia é regulamentar a lei de debêntures de infraestrutura e daremos prioridade aos setores que mais precisam de investimento e para os que estão envolvidos na transição energética. Reforma da renda No Valor Econômico, a área técnica do Tribunal de Contas da União (TCU) enviou ao governo parecer prévio com cinco principais recomendações para a reforma tributária sobre a renda, que será proposta pelo Executivo ao Congresso até meados de março. Conforme Valor, objetivo é que o relatório final forneça insumos ou diagnósticos para elaboração do projeto de lei, que vem sendo desenhado pelo Ministério da Fazenda, e para as discussões no Congresso. As recomendações incluem revisão da tabela do Imposto de Renda da Pessoa Física (IRPF), revisar a isenção de IRPF sobre dividendos, recalibração e aperfeiçoamento dos parâmetros do Simples e adoção de mecanismos que permitam a consolidação das informações financeiras de todas as entidades de um grupo empresarial. Juro real Também no Valor Econômico, alívio relevante observado nos juros de mercado desde novembro e a perspectiva de continuidade do processo de desinflação, ainda que gradual, levaram o juro real a rondar o nível de 6%, nas mínimas em dois anos. A reportagem acrescenta que participantes do mercado enxergam algum espaço para quedas adicionais no curto prazo, mas veem limites, ao observarem que o juro real permanece no terreno restritivo, em linha com a postura cautelosa adotada pelo Banco Central em sua comunicação. O veículo cita cálculo do Valor Data a partir do contrato de swap de juro de 360 dias descontada a expectativa de inflação um ano à frente, que indica um juro real em 5,97%, nos menores níveis desde dezembro de 2021.
Superávit Valor Econômico avança sobre estudo publicado ontem pela MCM Consultores, apontando que a balança comercial, influenciada pelo setor de petróleo, poderá ter “superávits bem acima de US$ 100 bilhões pelos próximos anos e com isso trazer grande estabilidade ao setor externo da economia brasileira”. A reportagem lembra que no ano passado, a balança teve saldo positivo de US$ 98,9 bilhões, o maior resultado da série histórica e alta de 60,6% em relação a 2022. Brasil em Davos Valor Econômico reporta que a agenda do Brasil em Davos não tem empolgado as empresas globais, que ainda não enxergam uma trajetória de longo prazo e crescimento mais rápido do país. Segundo Valor, a transição energética, que está na pauta do dia dos representantes da delegação brasileira no Fórum Econômico Mundial, agrada os investidores, mas é um tema que ainda está emergindo. A reportagem cita que outro ponto de atenção dos investidores estrangeiros é a maior participação do Estado em atividades produtivos. O programa de privatização não faz parte da agenda do atual governo. Mercosul O Estado de S. Paulo comunica que a Argentina está comprometida com o Mercosul e espera que surjam boas notícias em 2024 nas negociações de um tratado comercial do bloco com a União Europeia. Conforme a reportagem, afirmação foi feita ontem em uma conversa entre ministros argentinos e jornalistas estrangeiros, durante o Fórum Econômico Mundial, em Davos, na Suíça. O diário paulista adiciona que o governo argentino acredita que o Mercosul precisa ser renovado para enfrentar o novo cenário global. No entanto, não cogita deixá-lo, contrariando o que o presidente Javier Milei disse durante a campanha. Relação comercial O Globo noticia que após apresentação no principal salão do Fórum Econômico Mundial, em Davos, o presidente da Argentina, Javier Milei disse que vai manter “uma relação adulta” com o presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva. Ao ser questionado sobre o que seria uma “relação adulta”, Milei explicou que quer manter as relações comerciais e trabalhar junto com Brasil para os dois países entrarem na OCDE. Fontes de financiamento O Globo também publica entrevista com o embaixador Maurício Lyrio, sherpa (representante do presidente) do Brasil no G20, que afirma que o país espera avançar na discussão sobre fontes de financiamento para a transição energética e para o combate às mudanças do clima durante a presidência brasileira do bloco. Ele conduz as negociações a e agenda de trabalho em nome do Brasil, e alega que é central evoluir em mecanismos para destravar US$ 10 bilhões dos fundos climáticos, mas também em novas formas de financiamento para o tema, ampliando inclusive para outras pautas, como sociais. Inovação O Globo mostra que a inovação é a principal trava do Brasil para garantir crescimento econômico significativo no longo prazo, segundo o relatório “The Future of Growth Framework” (Panorama para o Futuro do Crescimento), do Fórum Econômico Mundial. No documento, o país aparece abaixo da média em três dos quatro indicadores, com destaque negativo para inovação (41,8). Pesaram o desempenho na produção de patentes; registro de marcas; exportação de serviços avançados; e capital em Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC). Segundo Hugo Tadeu, professor e diretor do Núcleo de Inovação e Empreendedorismo da Fundação Dom Cabral (FDC) e um dos responsáveis pela avaliação, no geral, o país aparece com resultado mediano e insuficiente para garantir o crescimento econômico robusto no futuro. Concentração de renda O Globo também repercute levantamento feito pela Fundação Getulio Vargas (FGV), com base nos dados do Imposto de Renda (IR), indicando que a concentração de renda no Brasil aumentou. Segundo o estudo, os 5% mais ricos detinham 39,9% da renda nacional em 2022, acima dos 36,5% de 2017. O diário carioca pontua que, no momento em que o governo precisa apresentar a reforma dos impostos sobre a renda, esses dados indicam que os mais ricos pagam uma alíquota bem menor do que a classe média. |
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Varejo Valor Econômico atenta que as vendas do varejo ampliado surpreenderam positivamente em novembro e ajudaram a reduzir a sensação, entre economistas, de que o Produto Interno Bruto (PIB) registrará queda no quarto trimestre de 2023. A volatilidade entre os segmentos do setor, porém, continuou elevada e parte do resultado positivo do mês é atribuída a fatores pontuais, ponderam analistas.
O volume de vendas no varejo restrito, que inclui setores como supermercados e vestuário, ficou praticamente estável em novembro, com ligeiro avanço de 0,1% ante outubro, na série com ajuste sazonal, divulgou ontem o IBGE. O dado veio em linha com a expectativa mediana do Valor Data.
O varejo ampliado, contudo, cresceu 1,3% em novembro, ante outubro, feito o ajuste, bem acima da projeção mediana de 0,4% e da maior estimativa, de 1%. O varejo ampliado, além dos segmentos do restrito, inclui veículos, material de construção e atacado de alimentos, bebidas e fumo (o “atacarejo”) e é tido como mais relevante para o cálculo do PIB. |
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‘Giro pelo Brasil’ Folha de S.Paulo e Valor Econômico cobrem a série de viagens que o presidente Lula inicia pelo Brasil, começando pelos bastiões eleitorais do PT: Bahia, Pernambuco e Ceará. Essa estratégia ocorre em meio às eleições municipais de 2024, buscando recuperar a força do partido, que teve desempenho decepcionante em 2020. O foco nas regiões Nordeste e a retomada de investimentos em projetos como o Novo PAC visam consolidar apoio para o pleito presidencial de 2026, enquanto Lula enfrenta potenciais atritos com as Forças Armadas e busca reconectar-se com bases eleitorais em estados como Minas Gerais e Santa Catarina.
Bancada evangélica O Globo e Folha de S.Paulo também avisam que a bancada evangélica acusa o ex-presidente Lula de promover um ato político ao suspender benefício tributário a pastores instituído por Bolsonaro em 2022, considerando-o uma tentativa de chantagem e perseguição religiosa. O Ato Declaratório Interpretativo nº 1, que ampliava isenção previdenciária a líderes religiosos, estava sob investigação do TCU. Lula busca apoio no meio evangélico, mas enfrenta resistência, enquanto a bancada sugere uma estratégia de aproximação para superar a força do bolsonarismo no segmento.
Troca Ainda, O Estado de S. Paulo reporta que o ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência, Márcio Macêdo, nomeou Kelli Cristine de Oliveira Mafort como nova secretária-executiva. A mudança ocorre em meio a uma crise na Pasta, após a revelação de uso de dinheiro público para custear a viagem de servidores a uma festa de carnaval fora de época em Aracaju, no ano passado, incluindo um fotógrafo oficial da Presidência encarregado de registrar a participação de Macêdo. |
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Ontem, o Ibovespa foi na onda do mau humor em Nova York, que viu seus índices terminarem no vermelho, e fechou com queda de 0,60%, aos 128.523 pontos, renovando mínimas desde 12 de dezembro, quando fechou a 126.403 pontos. O dólar fechou o dia cotada a R$ 4,9304 na venda, em alta de 0,07%. Já o euro fechou o dia cotado a R$ 5,359 na compra e R$ 5,360 na venda, em alta de 0,07%. |
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