Maior grau de abertura da economia

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* por Carlos Thadeu de Freitas Gomes

O protecionismo brasileiro tem se reduzido, dando lugar ao aumento gradual da competitividade, o que poderá ajudar a queda da inflação à frente. A atual gestão do executivo federal tem conseguindo baixar as tarifas, seja no Mercosul ou em outras negociações, relativamente aos níveis predominantes durante os governos Lula, Fernando Henrique Cardoso e Temer. O país está agora mais maduro e preparado para ingressar na OCDE, como vem pleiteando o Governo, o que vai facilitar ainda mais o comércio do Brasil com o mundo.
A corrente de comércio brasileira apresentou um recorde histórico acumulado este ano até julho, com R$ 349 bilhões, apesar do saldo comercial ter tido uma queda de 10,1% no período em relação ao ano passado. Esse resultado é um reflexo da alta mais expressiva das importações do que das exportações, fruto da retomada da economia  interna e a maior demanda doméstica.
A alta dos preços explica majoritariamente o maior volume de comércio, uma vez que em termos de volumes, o crescimento foi menor que nos preços, tanto nas quantidades embarcadas, quanto nas desembaraçadas no país.
As commodities representaram 68% do total exportado, com destaque para milho, soja, açúcar, carnes e petróleo e derivados. Enquanto as não commodities concentraram 90% das importações, com destaque para fertilizantes e pesticidas, carvão mineral e peças para dispositivos
eletrônicos.
O maior saldo comercial do período foi para Ásia (U$ 31,8 bilhões), com menor concentração na China. Já a alta das exportações para Argentina e Chile fizeram a América do Sul (U$ 7,9 bilhões) ter a 2ª maior contribuição para o superavit externo brasileiro.
Esse movimento de aproximação com os outros países, principalmente nossos vizinhos da América do Sul, é importante em um momento de alta dos preços dos fretes e maior inflação mundial, o que pode culminar na priorização do comércio regional.
Mas as desacelerações do PIB mundial e da China ainda devem provocar reorganização das cadeias de suprimentos e influenciar os fluxos de comércio. O volume de exportações do Brasil para o mundo pode ser afetado, mas os preços mais altos devem compensar e segurar as receitas externas.
Este ano, mesmo com o pais importando inflação do resto do mundo pelas importações, a redução das tarifas externas, ou do imposto de importação deve favorecer a balança comercial.
Comprovando o sucesso do Brasil com sua política de liberação das amarras das tarifas protecionistas e favorecendo toda a economia pode acrescentar que a indústria tem sido favorecida, pela redução do imposto sobre seus produtos. Já os consumidores são os mais beneficiados com a queda das tarifas e dos impostos domésticos.

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