Por um Brasil mais competitivo

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O País está diante de uma janela de oportunidades para alcançar novos patamares de desenvolvimento. Mas, para aproveitá-la, é  preciso garantir um melhor ambiente de negócios. É o que afirma o presidente José Roberto Tadros, neste artigo publicado na edição 267 da revista CNC Notícias.

Tenho muito claro que uma de minhas principais  missões à frente do Sistema CNC-Sesc-Senac é  fortalecer sua atuação para ajudar as empresas do  comércio de bens, serviços e turismo a crescer, com  um ambiente de negócios adequado, democrático,  com segurança jurídica e respeito aos princípios do  livre mercado. Quanto mais forte for o nosso sistema,  mais poderemos fazer para que as empresas possam  se desenvolver, gerando emprego e renda.

Cito aqui o exemplo, entre os mais recentes, do trabalho que estamos fazendo para que o Brasil possa ter uma reforma tributária que destrave uma das causas da dificuldade que temos para crescer de forma  sustentável. Temos participado intensamente dos  debates sobre essa reforma, apresentando e defendendo  propostas que permitam ao País contar com um sistema  tributário mais justo, simples e menos oneroso. Essa frente de trabalho está integrada à nossa atuação  baseada no trinômio segurança jurídica, democracia  e livre mercado. É uma mobilização permanente para que o Brasil possa adotar as medidas corretas para aumentar a competitividade das empresas e da economia. Redução dos juros, equilíbrio fiscal e diminuição de impostos são questões que levam a marca da urgência para que o País se torne um destino mais seguro e atrativo, inclusive para os capitais internacionais, criando um ambiente de prosperidade para as empresas brasileiras.

Olhando para o cenário externo, é claro que a China assumiu um papel de grande importância para o nosso país, mas, em termos de crescimento da economia brasileira por orientação às exportações de maior valor agregado, creio que é preciso ter um foco especial nos países da América do Sul, da Europa e nos Estados Unidos. No caso da Europa e dos Estados Unidos, estamos falando de economias intensivas em serviços, que dependem de produtos industrializados importados. No caso da Europa, a oportunidade é ainda maior em virtude da dependência da pauta agrícola, colocando o Brasil como um parceiro comercial ainda mais estratégico.

Um ponto importante é que a produção brasileira é menos intensiva em carbono do que a média dos países desenvolvidos, com ainda mais destaque quando se trata de Estados Unidos e Europa. Desse modo, o Brasil deve aproveitar esse diferencial para se inserir de forma mais estratégica no comércio internacional, incluindo a atração de turistas que valorizam destinos menos intensivos na emissão de carbono.

Precisamos deixar de ser o eterno país do futuro para transformarmos em realidade todo o potencial deste país. Nós temos mercado consumidor, riquezas naturais, potencial agrícola, energia abundante e renovável e estabilidade geológica e política. No entanto, em decorrência de decisões políticas equivocadas, sempre perdemos as janelas de crescimento que aparecem. 

Com todos os erros e acertos das políticas dos últimos 50 anos, estamos vivendo um cenário de baixo crescimento, endividamento elevado e baixa produtividade. Superar esses desafios é fundamental para voltarmos para o caminho da prosperidade. No que depender do Sistema Comércio, as empresas e o Brasil podem contar com um aliado atuante e propositivo para alcançarmos novos níveis de desenvolvimento. 

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