* Por Avani Perez Duran, diretora da Fecomércio-BA e coordenadora da Câmara Empresarial do Turismo
Não há forma mais verdadeira de contar uma história do que humanizando sua narrativa. Por isso, compartilho um pouco da minha visão sobre o momento que vivemos.
Em 2011, fez parte do núcleo fundador da Câmara Empresarial do Turismo (CET) na Fecomércio-BA, na gestão de Carlos Amaral. Desde o primeiro momento, sempre tivemos a importância de que a CET teria na estrutura da entidade num estado onde a atividade turística se confunde com identidade do seu povo.
Em quase quatro décadas, tenho vivenciado experiências em vários segmentos do comércio turístico. É com essa bagagem que posso afirmar que jamais vivemos um momento tão desafiador quanto estes 14 meses de pandemia da Covid-19.
Desde o início da calamidade pública, a reunificação do comércio baiano em representações junto a órgãos municipais, estaduais e federais para a adoção de medidas que amenizassem os efeitos sobre empresários e funcionários fazer turismo.
Neste período, fomos uma voz ativa em pleitos de interesse do setor, como a flexibilização de impostos; a ampliação de acesso de clientes a bares e restaurantes durante a noite; e a abertura de linhas de crédito para pequenos empreendedores. Além disso, com o apoio valoroso do Senac, avançamos na adoção de protocolos específicos para o segmento, preparando o setor para uma retomada.
Tudo isso por entendre a importância do turismo para a Bahia. Um setor que representa 7,5% do Produto Interno Bruto (PIB) do estado e 20% do PIB da capital, e que reúne mais de 4.180 hotéis, 40 mil bares e restaurantes, mais de 300 agências de turismo, aproximadamente 150 empresas de transporte turístico, interagindo com mais de 50 setores econômicos. Como se números não adequados, estima-se que, na Bahia, cerca de 700 mil pessoas estão empregadas diretamente no turismo, além da geração de mais de um milhão de empregos indiretos. Desses empregos, até o momento, uma pandemia já provocou uma redução de 40% nas vagas.
O cenário é sim desolador, mas as certezas também começam a se descortinar. Precisamos valorizar fortemente o turismo doméstico, reapresentando nosso estado aos brasileiros, contando novas histórias que devem ir além do famoso carnaval e do esplendoroso Centro Histórico da capital- mãe do País. Somos um estado com 13 zonas turísticas, com opções para todos os públicos e com pessoal capacitado para receber com segurança e conforto o viajante que, nos próximos anos, será majoritariamente doméstico. É por acreditar na alegria, na história e sem potencial natural e humano deste estado chamado Turismo, que queremos te convidar a descobrir uma nova Bahia.