Antonio Oliveira Santos
Presidente da confederação Nacional do Comércio
A economia brasileira deu um salto de produtividades, nas últimas décadas. Aprendeu a utilizar as novas conquistas da tecnologia, redescobriu a agricultura, aprendeu a fazer automóveis, caminhões, geladeiras, televisores, telefones e celulares.
De longa data, a EMBRAPA vem liderando uma revolução na agropecuária, desenvolvendo tecnologias de primeiro mundo, na produção de soja, de algodão, na avicultura e na pecuária, que hoje encontram amplas possibilidades nos mercados internacionais.
Antonio Oliveira Santos
Presidente da confederação Nacional do Comércio
A economia brasileira deu um salto de produtividades, nas últimas décadas. Aprendeu a utilizar as novas conquistas da tecnologia, redescobriu a agricultura, aprendeu a fazer automóveis, caminhões, geladeiras, televisores, telefones e celulares.
De longa data, a EMBRAPA vem liderando uma revolução na agropecuária, desenvolvendo tecnologias de primeiro mundo, na produção de soja, de algodão, na avicultura e na pecuária, que hoje encontram amplas possibilidades nos mercados internacionais. Os engenheiros da PETROBRÁS descobriram novas formas de produção em águas profundas, multiplicando a produção e exportando tecnologia. Nossos agrônomos aperfeiçoaram as técnicas de cultivo do eucalipto e estão transformando as áreas devastadas das antigas florestas em fabulosas riquezas, no interior do País, onde vão sendo construídas fábricas de celulose e papel, com investimentos de bilhões de dólares e geração de milhares de empregos. Essa é uma revolução que está desabrochando e se consolidando na conquista dos mercados internacionais.
A agroindústria brasileira ganhou índices de competitividade que superam, de longe, os países mais avançados, como os Estados Unidos e os europeus. O mesmo ocorre na mineração. O setor privado brasileiro está demonstrando uma capacidade extraordinária de absorver as tecnologias mais avançadas. As pesquisas que se desenvolvem em nossas Universidades, no campo científico, estão em compasso com os centros mais adiantados do mundo.
Por tudo isso, é lastimável ver o atraso no campo político, que vai transformando o Estado paquiderme num obstáculo, num constrangimento, numa trava ao desenvolvimento econômico e social. Da burocracia à corrupção, criou-se uma barreira que sufoca a iniciativa privada com os juros astronômicos e a maior carga tributária do mundo. O desemprego e o empobrecimento, abrigados na periferia das grandes metrópoles nacionais, geraram o narcotráfico e a violência, no confronto com a corrupção policial.
É realmente lamentável a corrupção generalizada, que a mídia divulga a cada dia. A impunidade é sua aliada, à espera de que o Judiciário, esclarecido, ainda possa conter o crime organizado, as fraudes e os desvios do dinheiro público. Igualmente lamentável é o desrespeito à ordem pública e à propriedade privada, que vem sendo acintosamente perpetrado pelo MST e outros grupamentos ideológicos, que agem à sombra da omissão das autoridades federais e estaduais, com o apoio de setores da Igreja e organizações acumpliciadas à subversão da ordem pública. A ecologia e a sadia proteção ao meio ambiente estão sendo desvirtuadas por forças ainda não inteiramente identificadas, que se opõem, sistematicamente, à iniciativa privada. Em um dos nossos Estados, chegou-se ao absurdo de proibir a plantação de eucaliptos, em outro se proíbe o trânsito da produção nacional em direção aos portos de exportação e em outros estão sendo criadas dificuldades enormes à exploração dos recursos naturais, tudo em nome de uma proteção ambiental mal definida, colocada a serviço de uma ideologia burra e fanática.
Esta é a hora e a vez do Brasil libertar-se, definitivamente, de atrasos e de privilégios. O Presidente Lula chegou ao Governo do País em meio a esse embate colossal: de um lado, a iniciativa privada e a inteligência nacional desenvolvendo novas oportunidades e abrindo caminhos para o progresso e o desenvolvimento; de outro lado, a burocracia, a ideologia e a corrupção construindo barreiras, minando o potencial criativo da economia nacional.
Nossas esperanças estão depositadas na capacidade de o Presidente convencer e mobilizar as forças políticas e a vontade nacional. O Presidente tem repetido à Nação que “chegou ao Governo para mudar o nosso País”. Esta é a hora e a vez do Brasil.
Publicado no Jornal do Commercio de 07/06/2004, Caderno Opinião, pág. A-27.