Campanha impede votação do Supersimples

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O projeto da Lei Geral da Micro e Pequena Empresa, aprovado pela Câmara na quarta-feira (6), já chegou ao Senado mas só será em votado, teoricamente, em outubro, após as eleições. Apear do tempo, um acordo de líderes partidários concedeu urgência à votação da matéria, o que o coloca como primeiro item a ser apreciado assim que os senadores examinarem e votarem dezessete medidas provisórias que estão chegando ao Senado e já trancam a pauta.

O projeto da Lei Geral da Micro e Pequena Empresa, aprovado pela Câmara na quarta-feira (6), já chegou ao Senado mas só será em votado, teoricamente, em outubro, após as eleições. Apear do tempo, um acordo de líderes partidários concedeu urgência à votação da matéria, o que o coloca como primeiro item a ser apreciado assim que os senadores examinarem e votarem dezessete medidas provisórias que estão chegando ao Senado e já trancam a pauta.


As medidas provisórias, aprovadas na segunda-feira (4) pelos deputados, chegarão nos próximos dias ao Senado e, por terem sido assinadas pelo presidente da República há mais de 45 dias, passam a obstruir a pauta de votações.


O projeto da Lei Geral da Micro e Pequena Empresa, conhecido também como “Lei do Supersimples”, permite que estados e municípios sigam o exemplo da União e adotem regimes simplificados de tributação para essas empresas. Hoje, o Simples federal unifica em uma única guia seis impostos. O projeto permitirá que impostos cobrados pelo estado (ICMS) e pelo município (ISS) entrem nesta guia única.


De acordo com o já aprovado pelos deputados na Câmara, o Supersimples valerá para empresas com renda bruta anual de até R$ 2,4 milhões. Nos estados com participação na renda nacional inferior a 5%, a inclusão do ICMS e do ISS no novo sistema terá valor menor – R$ 1,8 milhão para as pequenas empresas.


Se a participação na renda nacional ficar abaixo de 1%, o limite para os benefícios do Supersimples será de R$ 1,2 milhão de faturamento anual. As empresas enquadradas como micro, no entanto, continuarão com o limite anual de R$ 240 mil, de acordo com o projeto.


Rombo


Dados apresentados por parlamentares de partidos que fazem parte da base do governo na Câmara mostram que as mudanças podem tirar por ano R$ 5 bilhões dos cofres públicos. O Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), que fez ao Congresso a proposta do Supersimples, calcula que haverá redução de até 40% no pagamento de impostos para novas empresas.


As firmas que já pagam impostos pelo Simples, ainda conforme técnicos do Sebrae, contarão com uma queda entre 15% e 20% no pagamento de impostos. Aproximadamente 2 milhões de empresas são participantes do Simples.


Além da extensão do Simples aos impostos estaduais e municipais, o setor de serviços também será beneficiado pela redução da burocracia e dos impostos. Poderão aderir ao Supersimples empresas das áreas de construção civil, contadores, academias de ginástica, corretores de imóveis e produtores de cinema e teatro.


As mudanças não incluem benefícios aos profissionais liberais que prestam serviços de natureza intelectual e criam empresas para redução da carga tributária, como advogados, jornalistas e publicitários.


Ainda de acordo com o projeto agora no Senado, as empresas de serviços pagarão aliquotas maiores, comparados às firmas de comércio. Os comerciantes pagarão aliquotas básicas de 4% a 11,61% do faturamento, enquanto as empresas de serviços ficarão entre 4,5% e 17,4%.


 

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