Sindicalistas realizam uma marcha a Brasília para reivindicar reajuste para R$ 420. Cerca de 10 mil trabalhadores são esperados amanhã em Brasília durante a 3ª Marcha Nacional pela Valorização do Salário Mínimo. A manifestação, organizada por seis centrais sindicais (CUT, CGTB, CGT, CAT, Força Sindical e SDS), vai tentar pressionar o governo federal por um reajuste do salário mínimo dos atuais R$ 350 para R$ 420 e, ainda, a antecipação do pagamento para março do próximo ano.
Sindicalistas realizam uma marcha a Brasília para reivindicar reajuste para R$ 420. Cerca de 10 mil trabalhadores são esperados amanhã em Brasília durante a 3ª Marcha Nacional pela Valorização do Salário Mínimo. A manifestação, organizada por seis centrais sindicais (CUT, CGTB, CGT, CAT, Força Sindical e SDS), vai tentar pressionar o governo federal por um reajuste do salário mínimo dos atuais R$ 350 para R$ 420 e, ainda, a antecipação do pagamento para março do próximo ano. Os sindicalistas também vão insistir na correção de 7,7% na tabela de descontos do Imposto de Renda da Pessoa Física. Eles acusam o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) de permitir a defasagem na correção da tabela.
O secretário Geral da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Quintino Marques Severo, disse ontem, em Brasília durante uma reunião preparatória da organização da marcha dos sindicalistas, que “o momento é de pressionar por um aumento do salário mínimo superior ao defendido pela equipe econômica do governo”.
A reivindicação das centrais não agradou a equipe econômica do governo, que estuda duas propostas bem inferiores ao valor exigido pelos sindicatos. O senador Valdir Raupp (PMDB/RO), relator-geral do Orçamento de 2007, afirmou na semana passada, que há um consenso entre governistas em elevar o piso para R$ 375. O outro aumento em análise, mais modesto, fixa o salário mínimo em R$ 367.
Sobre o reajuste na tabela do Imposto de Renda, o ministro da Fazenda, Güido Mantega, já se adiantou e disse que a previsão para o próximo ano é de apenas 3%. Raupp, no entanto, defende uma correção de 5%.
As reivindicações dos sindicalistas serão discutidas com ministros e lideranças partidárias nesta quinta-feira, quando terá início o processo de negociação das propostas.
Para Artur Henrique da Silva Santos, presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), o aumento do mínimo “favorece o crescimento econômico e a distribuição de renda”. O valor do piso indicado pela centrais representa um reajuste nominal de 20% e um aumento real de 16,6% . Segundo Artur Henrique, cerca de 40 milhões de trabalhadores, no mercado formal e informal, recebem hoje até dois salários mínimos. “Por isso somos importantes para o desenvolvimento do País”, argumenta.
Mesmo se manter o aumento com base na proposta do Orçamento de 2007, de R$ 375, o governo terá um reajuste superior a determinação da Lei de Diretrizes Orçamentárias. De acordo com a LDO, o mínimo teria de ser definido pela inflação de abril de 2006 a março de 2007, com acréscimo da variação real do Produto Interno Bruto (PIB).
Se as negociações e a marcha não produzirem um resultado favorável para os sindicatos, o presidente da CUT prometeu continuar a promover atividades isoladas nos estados. “Vamos continuar com nossos objetivos até criarmos um clima de negociação”, prometeu.
O presidente da Força Sindical, deputado Paulo Pereira da Silva (PDT-SP), aposta que a reunião com ministros irá facilitar num entendimento comum entre o governo e os trabalhadores. O pedetista, contudo, não descarta a hipótese das centrais realizarem após as negociações paralisações e passeatas nos estados.