Com recuo de 0,13% em agosto, emprego tem 1ª- queda do ano

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No primeiro resultado negativo do ano, o nível de emprego na indústria paulista recuou 0,13% em agosto, na comparação com julho. Essa queda reflete o fechamento de 2.862 postos de trabalho, o pior resultado para meses de agosto desde 2003, quando o indicador – calculado pelo Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp) – registrou queda de 0,31%. Em agosto de 2005 a indústria paulista criou 1.346 vagas. Os setores que mais eliminaram vagas foram metalurgia (–0,51%), indústrias diversas (–1,43%) e material de transportes (–0,34%).

No primeiro resultado negativo do ano, o nível de emprego na indústria paulista recuou 0,13% em agosto, na comparação com julho. Essa queda reflete o fechamento de 2.862 postos de trabalho, o pior resultado para meses de agosto desde 2003, quando o indicador – calculado pelo Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp) – registrou queda de 0,31%. Em agosto de 2005 a indústria paulista criou 1.346 vagas. Os setores que mais eliminaram vagas foram metalurgia (–0,51%), indústrias diversas (–1,43%) e material de transportes (–0,34%).


Contudo, de janeiro a agosto o nível de emprego manteve-se 2,68% acima do verificado no mesmo período do ano passado e, no acumulado dos últimos 12 meses, ainda apresenta alta de 0,29%. “O crescimento (da economia) se dá em pequenos soluços e não inspira confiança para que os empresários aumentem as contratações”, enfatiza o diretor do departamento de economia do Ciesp, Boris Tabacof, para quem essa mesma insegurança deverá se reproduzir no início do próximo ano. “No debate eleitoral, não se está tratando de política econômica. Ninguém está percebendo quais são as idéias e propostas para construir, em cima da inflação vencida, o crescimento econômico. Vamos começar 2007 nesse clima de esperar o que vai acontecer”.


Os números de agosto levaram o Ciesp a reduzir a previsão de crescimento do emprego industrial em São Paulo de 1% para um percentual entre 0,47% e 0,84% em 2006. No ano passado, o indicador registrou aumento de 0,64%.


Na avaliação do economista-chefe do Ciesp, Carlos Cavalcanti, o recuo do emprego industrial é atípico para o período, mas já era esperado. Para ele, além da insegurança dos empresários, o fraco crescimento do mercado interno no segundo trimestre contribuiu para o resultado. Ele ressalta, porém, que o recuo de agosto não pode ser interpretado como uma tendência para o resto do ano, apostando que os meses de setembro e outubro serão melhores. Por conta do recuo em agosto, deve haver uma menor queda do emprego industrial nos dois últimos meses do ano – período em que tradicionalmente a indústria dispensa mão-de-obra devido ao fim da produção para as festas de fim de ano e ao término da safra de cana-de-açúcar – o que ajudaria o emprego a não fechar em queda em 2006.


 

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