Conselho Técnico da CNC fecha 2017 com esperança na recuperação

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O Conselho Técnico da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) promoveu no dia 19 de dezembro, no Rio de Janeiro, reunião com a participação do presidente da Confederação, Antonio Oliveira Santos. Em pauta, a análise da conjuntura econômica em 2017.

O Conselho Técnico da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) promoveu no dia 19 de dezembro, no Rio de Janeiro, reunião com a participação do presidente da Confederação, Antonio Oliveira Santos. Em pauta, a análise da conjuntura econômica em 2017.

“O ano de 2017 talvez tenha sido o mais rico em emoções dos últimos dez anos. Estamos vivendo no Brasil a necessidade urgente de reformas, sobretudo a previdenciária. Vamos pensar em 2018: nós do comércio de bens, serviços e turismo acreditamos que será um ano bom. Não excepcional, mas bom. Temos tendências boas. Mais importante é o que esperamos de 2018 do que o que constatamos em 2017”, disse Oliveira Santos, ao citar dados de emprego, produção agrícola, inflação e juros. Para o presidente da CNC, apesar das surpresas – ou emoções – do ano que termina, as perspectivas são boas para o futuro. “O Brasil tem recursos naturais e um povo trabalhador. Apesar de tudo, o País vai avançar”, pontuou, com entusiasmo. 

Crise não é só econômica

Ernane Galvêas, consultor Econômico da Confederação, ex-ministro da Fazenda e coordenador do Conselho Técnico, destacou que a crise vai além da economia. “Passamos 2017 com incertezas, mas chegamos ao fim do ano com alguma esperança, pois os números da economia são positivos. Mas, vivendo essa conjuntura de crise, a indagação que persiste é a seguinte: é uma crise político-econômica, social, institucional? É um amálgama de crises, que depende muito do Congresso Nacional, da parte política. Mas nossa expectativa é que tudo possa melhorar”, apontou Galvêas. 

Para o ex-ministro, a questão política é muito mais importante e preocupante que a econômica. “Basicamente, dependemos das eleições de 2018”, finalizou Galvêas, na reunião conduzida pelo conselheiro e relator da Assembleia Constituinte de 1988, Bernardo Cabral. 

Condicionais importantes para avançar

Entre as diversas participações dos conselheiros durante a reunião, o conselheiro Luiz Roberto Cunha destacou que, em observância à história econômica do Brasil a partir dos anos 1980 – com, por exemplo, aceleração e queda da inflação nos planos Cruzado, Bresser, Verão –, o País tem força para superar adversidades. “Porém, a incerteza gerada pelo quadro político nos faz lembrar que uma recuperação cíclica, em condições normais, pode não ocorrer”, avaliou Cunha. Sobre a reforma da Previdência, o conselheiro Rubens Cysne enfatizou: “O ajuste que vai ser necessário hoje para compensarmos as futuras gerações pelo das soluções será muito difícil”. 

O conselheiro Luiz Augusto de Castro Neves falou sobre o cenário econômico externo na reunião, apontando como fundamental, nesse sentido, o incentivo ao conteúdo nacional, sobretudo nos setores de energia, petróleo e gás, para aumentar a competitividade do País e afastar qualquer tipo de reserva de mercado e/ou subsídios. “Estamos em uma encruzilhada na qual o Brasil está ficando cada vez mais consciente de que o protecionismo e o fechamento da economia deixaram de ser um instrumento eficaz de desenvolvimento, com uma defasagem da tecnologia cada vez maior em relação à economia mundial”, apontou. 

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