Emprego na indústria sobe 0,4% em setembro, diz IBGE

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O nível de emprego na indústria cresceu 0,4% em setembro na comparação livre de efeitos sazonais com agosto. O resultado mais do que compensou a queda de 0,2% registrada em agosto, de acordo com o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).


No terceiro trimestre deste ano, a ocupação no setor industrial subiu 0,4% em relação ao segundo trimestre e 0,2% na comparação com o mesmo período de 2005.

O nível de emprego na indústria cresceu 0,4% em setembro na comparação livre de efeitos sazonais com agosto. O resultado mais do que compensou a queda de 0,2% registrada em agosto, de acordo com o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).


No terceiro trimestre deste ano, a ocupação no setor industrial subiu 0,4% em relação ao segundo trimestre e 0,2% na comparação com o mesmo período de 2005. Prejudicado por causa do fraco desempenho no primeiro semestre, o emprego na indústria ainda registra taxa negativa (0,3%) no acumulado de janeiro a setembro.


A expansão do rendimento, medida pelo valor da folha real de pagamento da indústria, sofreu uma freada em setembro: subiu só 0,1%, após registrar alta de 1% em agosto. Os dados são comparados com o mês anterior e estão livres de influências sazonais.


No terceiro trimestre, a folha de pagamento da indústria ainda manteve o fôlego, com crescimento de 0,2% ante o segundo trimestre. No acumulado do ano, a alta ficou em 0,8%.

Para o Iedi (Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial), o crescimento de setembro fez o emprego na indústria alcançar o mais alto patamar (número total de empregados) em 2006, embora a expansão ainda tenha sido insuficiente para recuperar o fechamento de postos de trabalho acumulado no ano.


“O que mais chama a atenção é que esse resultado não foi suficiente para reverter a queda acumulada até setembro”, diz o Iedi. O instituto estima que, mesmo se o emprego continuar crescendo no mesmo ritmo de setembro, fechará 2006 “estagnado”, ou seja, no mesmo nível de 2005, sem nenhum ganho.


Na avaliação do Iedi, dois são os fatores de “estagnação” do emprego industrial em 2006: o crescimento modesto da produção da indústria (apenas 2,7% de janeiro a setembro) e o fato de os setores mais dinâmicos serem justamente aqueles que empregam menos, como refino de petróleo e produção de álcool, metalurgia e indústria extrativa (petróleo e minério de ferro).

Para Departamento de Economia do Ciesp (Centro das Indústrias do Estado de São Paulo), os dados de setembro “continuam mostrando que o ano será perdido” sob a ótica da expansão do número de postos de trabalho. “A esperança fica por conta da renda dos trabalhadores que deverá crescer, beneficiada pela queda da inflação e pelos ganhos reais que vêm sendo obtidos nas negociações coletivas das categorias de trabalhadores da indústria.”


Regiões e setores


Segundo o IBGE, o emprego aumentou em 8 das 14 áreas pesquisadas ante setembro de 2005, com destaque para as regiões Norte e Centro-Oeste (10,1%), Nordeste (1,7%) e São Paulo (0,5%). Nesse tipo de comparação, o número de pessoas ocupadas no total da indústria subiu 0,1%. Já as principais influências negativas vieram do Rio Grande do Sul (-8,7%) e Minas Gerais (-1,3%).


Setorialmente, diz o IBGE, 10 dos 18 ramos elevaram seus contigentes de trabalhadores ante setembro de 2005. Ressalta-se o desempenho positivo de alimentos e bebidas (7,0%) e refino de Petróleo e produção de álcool (16,6%).




Na outra ponta, as quedas mais significativas ficaram com calçados e artigos de couro (-13,6%) e vestuário (-7,8%) -ambos são intensivos em mão-de-obra e sofrem o efeito do câmbio valorizado.


 




 

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