Jornal do Commercio Editoria: Economia Página: A-2
É cada vez mais evidente o descolamento entre as vendas do comércio e a atividade da indústria. Comparação realizada pelos economistas da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) e do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp) mostra, em gráfico, que a curva de crescimento do comércio começou a se separar da curva da produção industrial em julho de 2005, quando o câmbio estava na casa de R$ 2,37. De lá pra cá, a distância só fez aumentar.
Jornal do Commercio Editoria: Economia Página: A-2
É cada vez mais evidente o descolamento entre as vendas do comércio e a atividade da indústria. Comparação realizada pelos economistas da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) e do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp) mostra, em gráfico, que a curva de crescimento do comércio começou a se separar da curva da produção industrial em julho de 2005, quando o câmbio estava na casa de R$ 2,37. De lá pra cá, a distância só fez aumentar.
“Os números do comércio são muito mais fortes que os da indústria”, disse o diretor do Departamento de Pesquisas Econômicas da Fiesp, Paulo Francini, atribuindo o distanciamento à continuada alta do real em relação ao dólar. Em maio, último dado disponível, o gráfico mostra que o comércio cresceu cerca de 7,5% ante o mesmo mês de 2006, e a indústria, 3,3%.
Outro gráfico – que compara a evolução do Indicador do Nível de Atividade (INA) da Indústria paulista com o incremento das importações – mostra uma distância ainda maior. Segundo Francini, essa distância indica que “a indústria não está ocupando devidamente o aumento da demanda interna”. As importações cresceram entre 23% e 24% sobre o acumulado até junho de 2006, enquanto a curva do INA está praticamente estável na casa de 4%.