IGP-M sobe só 0,18% e pode ser o 3º menor

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Beneficiada pela despencada de preços no atacado, a primeira prévia do Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) subiu apenas 0,18% em dezembro. Foi uma alta bem inferior à apurada em igual prévia no mês passado (0,71%). O resultado surpreendeu favoravelmente o mercado financeiro, que esperava taxa maior, e renovou as apostas de que o indicador possa fechar o mês entre 0,30% e 0,40%.

Beneficiada pela despencada de preços no atacado, a primeira prévia do Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) subiu apenas 0,18% em dezembro. Foi uma alta bem inferior à apurada em igual prévia no mês passado (0,71%). O resultado surpreendeu favoravelmente o mercado financeiro, que esperava taxa maior, e renovou as apostas de que o indicador possa fechar o mês entre 0,30% e 0,40%. Nesse cenário, o IGP-M de 2006 tem grandes chances de encerrar o ano como a terceira menor taxa da história do índice, iniciada em 1989.


Usado para reajustar preços de aluguel e de energia elétrica, o IGP-M já acumula 3,69% no ano até a primeira prévia de dezembro, que abrange o período de 21 a 30 de novembro. Segundo o coordenador de Análises Econômicas da Fundação Getúlio Vargas (FGV), Salomão Quadros, a menor taxa da história do indicador é a do ano passado (1,21%), seguida pela de 1998 (1,78%) – atualmente, a terceira posição é ocupada pela taxa de 1997 (7,74%).


‘A taxa acumulada está muito longe da segunda posição, e muito longe também da terceira’, observou o economista, avaliando que é muito provável que o índice feche como o terceiro menor da história.


Na primeira prévia do IGP-M de dezembro, os preços do atacado, de maior peso na formação do índice, recuaram de 1,02% para 0,23%. Isso porque a alta dos preços dos produtos agrícolas perdeu força (de 3,47% para 0,45%). As commodities agrícolas, que até pouco tempo estavam com os preços acelerando no atacado, agora estão com inflação menos intensa – e até mesmo queda.


‘A perspectiva é de que desacelerem mais’, disse Quadros, observando que os fatores que elevaram as commodities eram passageiros e sazonais. Outro ponto destacado pelo economista foi o cenário do varejo. Beneficiado por uma deflação nos preços dos alimentos (-0,29%), a alta nos preços para o consumidor passou de 0,12% para 0,03%, da primeira prévia de novembro para a prévia de dezembro.


IPC-S


A FGV também informou os resultados regionais de inflação das sete capitais usadas no cálculo do Índice de Preços ao Consumidor – Semanal (IPC-S) de até 7 de dezembro, cuja taxa completa foi divulgada sexta-feira (0,33%). Das sete cidades pesquisadas, em quatro houve aceleração de preços; e em três, queda ou desaceleração.


 


 

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