Imparcialidade de juízes é questionada

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A eficácia da penhora on-line, que tornou mais ágil as decisões da Justiça trabalhista, não se discute. Mas os advogados, que participaram do II Congresso Brasileiro de Sociedades de Advogados, foram unânimes em afirmar que a medida “tornou o juiz mais poderoso e muitos perderam o senso da imparcialidade”. “É estranho dizer isso, mas muitas das decisões dos juízes não têm sido de total imparcialidade depois da chegada da penhora on-line”, explica o presidente do Sindicato das Sociedades de Advogados do Rio e São Paulo (Sinsa) Sólon Cunha.

A eficácia da penhora on-line, que tornou mais ágil as decisões da Justiça trabalhista, não se discute. Mas os advogados, que participaram do II Congresso Brasileiro de Sociedades de Advogados, foram unânimes em afirmar que a medida “tornou o juiz mais poderoso e muitos perderam o senso da imparcialidade”. “É estranho dizer isso, mas muitas das decisões dos juízes não têm sido de total imparcialidade depois da chegada da penhora on-line”, explica o presidente do Sindicato das Sociedades de Advogados do Rio e São Paulo (Sinsa) Sólon Cunha.


Defendendo um banco como cliente, o advogado, disse ter sentido na pele esse tipo de problema. “Meu caso, que não posso citar o nome do cliente, tornou-se um grande problema. Já verifiquei casos em que o juiz pediu a penhora dos bens de escritórios ou até mesmo de advogados representantes dos clientes por não terem encontrado nenhum dinheiro nas contas da empresa processada”, continuou.


O tema principal do painel de ontem no congresso foi exatamente a execução de bens de sócios e administradores. “Sentimos que os magistrados devem voltar para sala de aula para terem uma posição extremamente imparcial”, disse o advogado do escritório Tozzini, Freire, Teixeira e Silva Advogados, Marcelo Pereira Gômara. O evento continua hoje e terá a presença de palestrantes que vão abordar a ética dos advogados e direito digital.


 


 


 

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