Os investimentos do setor industrial em 2007 devem ser direcionados em grande parte para atender a demanda interna. Mesmo assim, grande parte dos empresários não planeja aumentar a compra de máquinas e equipamentos. A explicação, segundo um levantamento da Confederação Nacional da Indústria (CNI), é que mais de 80% das empresas consultadas acreditam que sua capacidade produtiva é suficiente para atender a demanda prevista.
Das 215 grandes empresas ouvidas, 35,7% devem aumentar as compras de máquinas e equipamentos este ano.
Os investimentos do setor industrial em 2007 devem ser direcionados em grande parte para atender a demanda interna. Mesmo assim, grande parte dos empresários não planeja aumentar a compra de máquinas e equipamentos. A explicação, segundo um levantamento da Confederação Nacional da Indústria (CNI), é que mais de 80% das empresas consultadas acreditam que sua capacidade produtiva é suficiente para atender a demanda prevista.
Das 215 grandes empresas ouvidas, 35,7% devem aumentar as compras de máquinas e equipamentos este ano. Entre as pequenas e médias, 31,6% esperam aumentar os investimentos em bens de capital.
A Sondagem da CNI constatou que 60% das empresas aumentaram a capacidade instalada entre 2004 e 2006. A folga no parque industrial ocorreu mesmo com investimento este ano abaixo do previsto pelas empresas. De 1.581 empresas, 85% (1.343) informaram que tinham planos de investimentos para este ano. Dessas, apenas 36% realizaram investimentos como o planejado; 43% investiram parcialmente o previsto; e 21% adiaram ou cancelaram .
‘O baixo crescimento da economia este ano frustrou as expectativas dos empresários’, avaliou o economista-chefe da CNI, Flávio Castelo Branco. Segundo ele, os investimentos estão sendo puxados pelo consumo doméstico, já que as exportações não apresentam mais o vigor dos últimos anos, quando contribuíram de forma importante para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB).
Castelo Branco acredita que a demanda interna deve continuar direcionando os investimentos em 2007. A Sondagem da CNI mostrou que as grandes empresas, que têm uma tradição exportadora mais forte que as menores, deslocaram seus investimentos para suprir o mercado doméstico.
Os investimentos desse segmento, previstos para o próximo ano, voltados para atender o mercado externo, reduziram-se de 18,7%, na sondagem de 2005, para 11,8%, na pesquisa deste ano. Por outro lado, os investimentos das grandes empresas para suprir a demanda doméstica passaram de 32,8% para 36,8% no mesmo período.
Além disso, as empresas apontaram a evolução da demanda como sendo o principal fator de incerteza para a realização dos investimentos em 2007, que terão como principais objetivos aumentar a produção e melhorar a qualidade dos produtos. ‘O investimento deve crescer em 2007 em relação a 2006, mas ainda sim não será num ritmo tão forte’, afirmou Castelo Branco.
Na avaliação do economista da CNI, para o Brasil crescer 5% do PIB, por anos seguidos, é preciso aumentar o ritmo de investimento na economia brasileira, atingindo 25% do PIB. ‘Os nossos dados não estão mostrando que esse crescimento está sendo forte o suficiente’, disse. Castelo Branco afirmou que dificilmente a economia brasileira crescerá 5% em 2007. ‘O principal entrave ao investimento é a falta de confiança no crescimento’, avaliou.