Mercado rebaixa pela quinta vez previsão para a inflação

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A projeção do mercado financeiro para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) deste ano caiu de 3,32% para 3,23%. Foi a quinta queda consecutiva registrada por levantamento semanal feito pelo Banco Central. A nova redução deixou a estimativa ainda mais abaixo da meta central de 4,5% fixada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). Para 2007, o otimismo em relação ao comportamento dos preços se repetiu.

A projeção do mercado financeiro para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) deste ano caiu de 3,32% para 3,23%. Foi a quinta queda consecutiva registrada por levantamento semanal feito pelo Banco Central. A nova redução deixou a estimativa ainda mais abaixo da meta central de 4,5% fixada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). Para 2007, o otimismo em relação ao comportamento dos preços se repetiu. A previsão recuou de 4,4% para 4,34%, percentual também inferior aos 4,5% da meta de inflação fixada para o próximo ano.


Apesar da melhora de cenário para a inflação, a projeção do mercado financeiro para a taxa de juros em outubro permaneceu em 14%. O percentual embute a expectativa de que o corte da Taxa Selic venha a cair para 0,25 ponto percentual na reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do próximo mês. A previsão para o fim do ano também não mudou (13,75%). Em contrapartida, a expectativa do mercado para o fim de 2007 recuou de 12,75% para 12,5%. Neste cenário, a Selic ainda teria espaço para cair 1,25 ponto percentual ao longo de 2007. Desde setembro do ano passado, o Copom já reduziu os juros em 5,5 pontos.


A pesquisa do BC registrou, ao mesmo tempo, queda da previsão de expansão do Produto Interno Bruto (PIB) neste ano, de 3,2% para 3,11%. Com nova queda, a previsão ficou ainda mais distante dos 4% esperados pelo governo. A estimativa para o aumento da produção industrial, por sua vez, recuou de 3,81% para 3,66%. Para o próximo ano, a previsão de crescimento do PIB manteve-se em 3,5%. A projeção de expansão da produção industrial continuou em 4,5%.

IPC-S perde força e aumenta apenas 0,3%

Graças aos alimentos, que tiveram elevação menor de preços (de 1,01% para 0,63%) e transportes (de 0,12% para 0,08%), a inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor – Semanal (IPC-S) perdeu força e subiu 0,3% na segunda semana de setembro, ante alta de 0,35% na semana anterior. O economista da Fundação Getúlio Vargas (FGV), André Braz, explicou que houve elevação de preços menos intensa em frutas (de 12,21% para 5,74%), entre a primeira e a segunda semana de setembro. “O comportamento dos preços dos alimentos in natura teve grande influência no resultado da inflação dessa última semana”, considerou.

Além disso, segundo Braz, a deflação se intensificou no preço do álcool combustível, no mesmo período (de -0,22% para -1,43%). Para o próximo resultado do indicador, Braz diz que a taxa pode ser “em torno de 0,3% ou até um pouco maior”. Houve acelerações de preços em carne bovina (de 3,88% para 4,21%); aves e ovos (de 0,99% para 1,86%); pescados frescos (de variação zero para 0,57%); e carnes de outros tipos de animais (de 0,20% para 2,85%).

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