O Natal se aproxima. Aos poucos, ruas, shoppings e vitrines ganham adereços temáticos e luzes pisca-pisca coloridas. Tudo para chamar a atenção dos consumidores que buscam presentes para familiares e amigos. Durante o período mais próspero para o comércio, lojistas utilizam-se de todas as ferramentas para ganharem a batalha das vendas. A preparação para o atendimento dessa nova demanda deve ser prioritário, com atenção para o aumento de estoque, o reforço da segurança e a organização do espaço para facilitar o fluxo dos clientes.
O Natal se aproxima. Aos poucos, ruas, shoppings e vitrines ganham adereços temáticos e luzes pisca-pisca coloridas. Tudo para chamar a atenção dos consumidores que buscam presentes para familiares e amigos. Durante o período mais próspero para o comércio, lojistas utilizam-se de todas as ferramentas para ganharem a batalha das vendas. A preparação para o atendimento dessa nova demanda deve ser prioritário, com atenção para o aumento de estoque, o reforço da segurança e a organização do espaço para facilitar o fluxo dos clientes.
Ulysses Reis, consultor da Treinasse Soluções em Varejo, aponta a necessidade de se analisar as vendas do ano anterior, definindo as categorias e quantidades de produtos que venderam mais, para depois fazer uma projeção das necessidades de estocagem. As vendas conseguidas em função da comemoração pelo Dia das Crianças também devem ser levadas em consideração, como ensaio do comportamento dos consumidores para as festas de fim de ano.
“Ao longo de 2006, os consumidores se endividaram significativamente pelo uso de crediários em grandes redes, o que deve inibir os gastos. Por isso, oferecer descontos e possibilidades de parcelamento será um bom negócio”, recomenda o consultor. O investimento em promoções, enfeites inovadores e marketing direto também podem ser uma boa saída para fomentar as vendas. Novembro é um período sem festas e, por isso, existe a necessidade de se antecipar o Natal. As preparações para ele, no entanto, já devem ter sido iniciadas, pois o período de compras começa com o pagamento da primeira parcela do 13º salário, entre outubro e novembro.
Miguel Júnior, presidente da União dos Lojistas da Vinte Cinco de Março e Adjacências (Univinco), principal centro de comércio popular de São Paulo, afirma que o Natal deste ano foi precoce e a corrida às compras já começou, principalmente para os comerciantes de adereços típicos da época.
A Univinco aguarda fluxo de 1 milhão de pessoas por dia na semana anterior ao Natal e os horários de funcionamento das lojas já estão sendo estendidos nos finais de semana. A despesa dos comerciantes aumentou em cerca de 20%, por causa da contratação de temporários, seguranças, itens decorativos e ações de marketing.
Otimismo
Segundo a Federação do Comércio do Estado do Rio de Janeiro (Fecomércio/RJ), o Índice de Expectativa do Consumidor (IEC) na Região Metropolitana subiu 6,75% em setembro, em relação a igual mês do ano passado. Motivo de animação no comércio, já que eleva as expectativas de venda de fim de ano. A Associação Brasileira de Lojistas de Shopping (Alshop), também tem boas previsões, estimando aumento do nível de vendas de 7%, utilizando a mesma base de comparação.
Ênio Carlos Bittencourt, dono da Esporte GMB e presidente da Sociedade de Amigos e Adjacências da Rua da Alfândega (Saara), principal centro de comércio popular do Rio de Janeiro, já percebe o aumento das vendas em sua loja de artigos esportivos em cerca de 5% em outubro, em relação a setembro. Os estoques já foram reforçados há cerca de um mês e a decoração da loja, iniciada. Bittencourt espera aumento de 30% nas vendas.
“Os produtos mais procurados são camisas de times, chuteiras e shorts”, afirma o lojista, que investe também em promoções e segurança. Ele ainda oferece embrulho especial para presente, nas cores natalinas. Segundo Bittencourt, as ruas da Saara recebem cerca de 1 milhão de pessoas durante os dias 22 e 23 de dezembro.
A rede paulista de lojas de departamento Nivaldir também já foi decorada. Para este ano, a rede oferece algumas novidades, como árvores de Natal com folhagens de fios óticos, que dispensam a tradicional corrente de lâmpadas pisca-pisca. Os estoques foram fortalecidos em outubro, calculados de acordo com o desempenho do período em anos anteriores.
Segundo Márcio Pedrosa, gerente da loja de Santo André, na Região Metropolitana de São Paulo, abastecida principalmente por produtos importados, a rede comemora a baixa cotação do dólar. “Esperamos aumento mínimo das vendas em 20%”, diz Pedrosa.
Vestuário
A Datskat, loja de roupa feminina no Leblon, Zona Sul do Rio, já reforçou estoques e diversificou a oferta de produtos para presente, com preço mais acessível, mas ainda não preparou a decoração da loja. Beth Piquet, sócia da Datskat, pretende enfeitar o estabelecimento apenas no fim do mês, para que a decoração não fique velha. As ofertas e embalagens especiais, no entanto, já estão disponíveis. Beth aposta também no atendimento personalizado e contrata novos funcionários. “Esperamos aumento de 100% nas vendas, em relação aos outros meses do ano”, afirma.
A Animale, marca de moda feminina com lojas no Rio, em São Paulo, Belo Horizonte e Curitiba, é ainda mais radical em relação à decoração. A loja não adotará motivos natalinos, pois trabalha com uma linguagem anual e o próximo tema será o Verão. No entanto, o Natal não passará em branco nos estabelecimentos da rede. Linhas de presentes são oferecidas a preços convidativos e clientes fiéis receberão brindes em homenagem à época. “Aumentamos a variedade, mas os modelos continuam sendo produzidos em pouca quantidade, para que a exclusividade continue”, explica Kátia Alfradique, gerente Comercial da Animale.