Os empresários têm otimismo moderado em relação à economia do país para 2007. É o que revela a pesquisa “Perspectiva Empresarial” feita pelo Serasa com executivos de 1.032 empresas dos setores da indústria, comércio, serviços e instituições financeiras, entre os dias 28 de outubro e 8 de novembro. De acordo com o assessor econômico do Serasa, Carlos Henrique de Almeida, os empresários acreditam nas declarações do presidente Luiz Inácio Lula da Silva de que o crescimento econômico será o centro do novo mandato.
“A pesquisa aponta otimismo moderado.
Os empresários têm otimismo moderado em relação à economia do país para 2007. É o que revela a pesquisa “Perspectiva Empresarial” feita pelo Serasa com executivos de 1.032 empresas dos setores da indústria, comércio, serviços e instituições financeiras, entre os dias 28 de outubro e 8 de novembro. De acordo com o assessor econômico do Serasa, Carlos Henrique de Almeida, os empresários acreditam nas declarações do presidente Luiz Inácio Lula da Silva de que o crescimento econômico será o centro do novo mandato.
“A pesquisa aponta otimismo moderado. Os empresários estão dando mais um voto de confiança nas declarações do presidente de que, neste segundo mandato, o centro será o crescimento econômico”, disse Almeida. A pesquisa foi realizada após a definição das eleições, “já com a definição da continuidade do governo Lula”, conforme as palavras do assessor econômico do Serasa.
Para Almeida, os fatores que acentuam os ânimos estão relacionados à redução das taxas de juro e a crescente oferta de crédito. “A maior oferta de crédito, junto com a redução da taxa de juro, tem sido o maior financiador da economia brasileira”, ressaltou. Segundo o assessor econômico, o setor aguarda definições estruturais do governo para consolidarem suas perspectivas. “As condições estão criadas, mas os empresários estão aguardando uma melhor definição das reformas estruturais”, acrescentou Almeida.
O Produto Interno Bruto (PIB) deste ano, que pode fechar abaixo dos 3%, é um dos fatores que levam o empresário a projetar, em 2007, crescimento mais elevado. A pesquisa da entidade diz que 64% dos entrevistados acreditam em crescimento do PIB – oito pontos percentuais a mais do que verificado no ano de 2005 em relação a este ano, quando 56% acreditavam no incremento. “Diante de uma base fraca como 2006, qualquer crescimento que vier agora já é alguma coisa. Mas nada de “encher os olhos”, até por este ano ter frustrado as expectativas iniciais”, afirmou Almeida.
Dentro desta perspectiva, os empresários de instituições financeiras lideram a lista de otimismo, com 75% prevendo crescimento. Do outro lado, o setor industrial, que teve um ano aquém das expectativas, está no pé da lista – 62% estão otimistas. Executivos das regiões Nordeste e Sudeste apostam mais no crescimento – 74% e 66% respectivamente – do que os do Sul e Centro-Oeste, em que 62% têm opinião positiva.
A crise do agronegócio e a valorização do real são apontados como motivos para o índice menor de expectativa otimista. A região Norte aparece com apenas 39% dos entrevistados que acreditam no crescimento. O negativismo decorre, principalmente, da queda das exportações na Zona Franca de Manaus.