Petrobrás comenta redução do preço dos combustíveis

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“A atual relação dos preços (interno e externo) não justifica ajustes no curto prazo”, afirmou o presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli.


Houston – O presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, comentou nesta quarta-feira que a queda no preço do barril de petróleo ainda não permite uma redução de preços dos combustíveis no Brasil. Para ele, “a atual relação dos preços (interno e externo) não justifica ajustes no curto prazo”.

“A atual relação dos preços (interno e externo) não justifica ajustes no curto prazo”, afirmou o presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli.


Houston – O presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, comentou nesta quarta-feira que a queda no preço do barril de petróleo ainda não permite uma redução de preços dos combustíveis no Brasil. Para ele, “a atual relação dos preços (interno e externo) não justifica ajustes no curto prazo”. “Do mesmo jeito que vínhamos afirmando que é necessário o estabelecimento de um patamar mundial para que mexamos no preço para cima, também dizemos o mesmo em relação a reduzir o preço. A Petrobras mantém sua posição de não repassar para os preços da gasolina e do diesel no mercado interno a volatilidade verificada no mercado externo”, afirmou a jornalistas após encerrar conferência no Clube do Petróleo, em Houston, para cerca de 400 executivos, onde apresentou os planos de investimentos da empresa para os próximos cinco anos.


Sobre o mesmo assunto, o diretor de Abastecimento e Refino da estatal, Paulo Roberto Costa, comentou nesta quarta, também em Houston, que acha “precipitado” mexer atualmente nos preços dos combustíveis no Brasil. “Temos uma política de longo prazo. Nada garante que o preço do barril de petróleo não vá subir novamente amanhã ou depois”, comentou. Em sua análise, a queda se deve principalmente ao final do verão americano. “É histórico este movimento, da mesma maneira que há uma tendência de aumento de preço na chegada do inverno americano”, disse. O último reajuste repassado pela Petrobras para a gasolina e para o diesel ocorreu há um ano, respectivamente de 10% e 12%.


Gás

Gabrielli afirmou que a estatal estuda uma forma de fazer swap nos contratos de aquisição de Gás Natural Liquefeito (GNL). Segundo ele, seria uma forma de garantir o repasse deste combustível, caso ele não venha a ser utilizado para as usinas termelétricas, de maneira mais rentável do que no mercado spot. “A idéia é que tenhamos pré-contratos com eventuais compradores do GNL para o caso de ele não precisar ser utilizado”, explicou.


Ainda segundo ele, os contratos de swap podem servir para facilitar a entrega do produto. “Se eu comprar de um fornecedor que está no (Oceano) Pacífico e um outro possuir uma carga disponível no (oceano) Atlântico, pode haver uma troca de contratos aí, sem a necessidade de eu receber exatamente a mesma molécula adquirida”, disse.


O executivo também comentou que a estatal já deu início ao processo de licitação para a importação do GNL a partir de 2009 e também para a planta de regaseificação que vai processar este combustível. Os dois processos estão sendo conduzidos separadamente, mas nada impede que a empresa importadora também apresente projeto para a construção da planta em um plano integrado.


Segundo ele, entre os países estudados para serem fornecedores do combustível estão Trindad e Tobago, Líbia, Argélia, Indonésia e Qatar.


Golfo

A Petrobras contratou duas sondas para águas ultraprofundas destinada às suas operações de perfuração no Golfo do México. A contratação foi feita por intermédio de sua subsidiária Petrobras America, com base em Houston, Texas. O primeiro contrato foi assinado com a Larsen Oil Company, com vigência de cinco anos, para a sonda semi-submersível PetroRig 1, que tem capacidade de perfuração de poços de 10.668 metros no subsolo marinho, em águas de até 3.048 metros de profundidade.


O segundo é um contrato de seis anos com a Sevan Marine ASA para o Sondador SSP Sevan, capaz de perfurar poços de até 12.192 metros, em águas de até 3.810 metros de profundidade. A Sevan havia feito na terça-feira a divulgação deste contrato em sua sede em Oslo e divulgou que o valor total do contrato é de US$ 880 milhões, montante equivalente ao atual valor de mercado da empresa.


Atualmente as duas sondas estão em processo de construção e devem iniciar as operações no Golfo do México no primeiro trimestre de 2009. O projeto dessas unidades inclui tecnologia de ponta para otimizar as operações de perfuração e completação no Golfo do México.


Com esses contratos, a Petrobras consolida sua posição como uma das principais empresas participantes em águas ultraprofundas do Golfo do México. Gabrielli afirmou que a empresa tem interesse de adquirir ainda mais uma sonda. (Agência Estado, 21 de setembro de 2006)

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