Resultado melhora sem o impacto do pagamento do 13º salário dos aposentados. Depois do resultado pior que o esperado em setembro, as contas do governo central voltaram aos trilhos em outubro. Números apresentados ontem pelo Tesouro Nacional mostram que o superávit primário do Tesouro Nacional, Previdência Social e Banco Central saltou 1339% na comparação com setembro, para R$ 7,357 bilhões. No ano, o esforço para pagamento de juros da dívida acumula R$ 132,838 bilhões ou 3,26% do Produto Interno Bruto (PIB). Em igual período do ano passado, o superávit somava 3,50% do PIB.
Resultado melhora sem o impacto do pagamento do 13º salário dos aposentados. Depois do resultado pior que o esperado em setembro, as contas do governo central voltaram aos trilhos em outubro. Números apresentados ontem pelo Tesouro Nacional mostram que o superávit primário do Tesouro Nacional, Previdência Social e Banco Central saltou 1339% na comparação com setembro, para R$ 7,357 bilhões. No ano, o esforço para pagamento de juros da dívida acumula R$ 132,838 bilhões ou 3,26% do Produto Interno Bruto (PIB). Em igual período do ano passado, o superávit somava 3,50% do PIB.
Após o superávit de apenas R$ 511,4 milhões em setembro, as contas do governo central voltaram a se recuperar. Sem o impacto do pagamento da primeira parcela do 13º salário dos aposentados, o esforço fiscal voltou ao patamar considerado “normal” pelos técnicos do Tesouro. Em outubro, a receita total somou R$ 46,788 bilhões e as despesas, R$ 32,977 bilhões. A transferência aos governos regionais somou R$ 6,453 bilhões.
Por área, o Tesouro teve resultado positivo de R$ 10,407 bilhões, a Previdência teve déficit de R$ 3,043 bilhões e o Banco Central, saldo negativo de R$ 6,4 milhões. “Setembro foi um ponto fora da curva e números de outubro mostram que tudo continua em linha com o esperado e apontam para o cumprimento da meta”, resumiu o secretário do Tesouro Nacional, Carlos Kawall.
Durante a apresentação dos números, ele comentou que o mês não teve grandes destaques e os números tiveram comportamento semelhante ao observado nos meses anteriores – com exceção de setembro, mês que teve impacto negativo de R$ 5,8 bilhões pelo 13º salário. Com o resultado de outubro, esforço fiscal do governo soma 3,26% do PIB em dez meses ou R$ 55,687 bilhões. O resultado é inferior ao observado em igual período do ano passado, quando primário somou 3,50%. No ano, as receitas somaram R$ 442,929 bilhões, as transferências a estados e municípios, R$ 74,137 bilhões, e despesas totais, R$ 313,105 bilhões. Por área, o Tesouro Nacional teve superávit de R$ 92,974 bilhões, a Previdência registrou déficit de R$ 37,123 bilhões e o BC, saldo negativo de R$ 164,1 milhões.
Investidor externo
Kawall também comentou que o interesse estrangeiro em títulos da dívida interna continua crescendo e há perspectiva imediata, segundo ele, de a presença desse investidor dobrar. Atualmente, conforme o secretário, estrangeiros têm participação estável entre 2% e 2,5% da dívida que soma pouco mais de R$ 1 trilhão. “É algo em torno de R$ 20 bilhões a R$ 25 bilhões, mas a gente identifica grande potencial dos fundos estrangeiros de mais longo prazo, como seguradoras e fundos de pensão”, disse.
O secretário não determinou quando a participação pode chegar a 5%, mas disse que essa é a projeção atual do Tesouro Nacional. Segundo Kawall , é pouco provável – pelo menos no curto prazo – que a participação estrangeira alcance dois dígitos, como no México, onde soma cerca de 10% da dívida interna.