Taxa de desemprego mantém estabilidade no mês de agosto

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Rendimento médio do trabalhador cresce 0,7%, para R$ 1.036,20, após cair 0,7% em julho. Já na segunda da metade do ano, ainda não há indícios de recuo significativo do desemprego em 2006. Ontem, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgou que a taxa de desemprego em agosto permaneceu praticamente estável, em 10,6% da população economicamente ativa, na comparação com julho (10,7%). O resultado é 1,2 ponto percentual superior à taxa registrada em agosto do ano passado, de 9,4%.

Rendimento médio do trabalhador cresce 0,7%, para R$ 1.036,20, após cair 0,7% em julho. Já na segunda da metade do ano, ainda não há indícios de recuo significativo do desemprego em 2006. Ontem, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgou que a taxa de desemprego em agosto permaneceu praticamente estável, em 10,6% da população economicamente ativa, na comparação com julho (10,7%). O resultado é 1,2 ponto percentual superior à taxa registrada em agosto do ano passado, de 9,4%.


A população ocupada evoluiu de forma positiva, com crescimento de 1,1% ante julho e de 2,8% em relação a agosto do ano passado.


Na avaliação do economista da Tendências Consultoria Integrada, Guilherme Maia, o desemprego não está cedendo porque provavelmente o mercado de trabalho atingiu a taxa de desemprego natural da economia cuja média histórica situa-se em torno de 11%.


“A ocupação deve continuar a crescer de forma gradual, mas as melhoras devem ser bem leves. A taxa de desemprego só vai chegar a 9% ou 8% se tivermos reformas estruturais como a trabalhista e outras que ajudem o País a crescer”, disse Maia, que projeta taxa média de desemprego de 10,2% para 2006, acima da registrada em 2005, de 9,8%.


Já o coordenador da Pesquisa Mensal de Emprego (PME), do IBGE, Cimar Azeredo, considera que o desempenho do mercado de trabalho é positivo, levando-se em consideração o aumento da ocupação, do rendimento e do emprego formal na comparação mensal e anual. O emprego com carteira de trabalho assinada no setor privado, cresceu 5,9% em relação a agosto de 2005, o que significa um aumento aproximado de 472 mil trabalhadores formais.


Vagas insuficientes


Azeredo avalia que a estabilidade da taxa de desemprego decorre do aumento do número de pessoas procurando emprego frente a maior atratividade do mercado de trabalho. “O aumento do emprego formal, as perspectivas favoráveis em relação aos ganhos e a geração de empregos em período eleitoral, estão levando mais pessoas a buscar trabalho. O que está acontecendo é que o número de vagas criadas não tem sido suficiente para absorver essa mão-de-obra adicional”.

 

O contingente de desocupados (2,4 milhões) permaneceu estável frente ao mês anterior, mas na comparação com agosto de 2005 houve alta de 17,2%, com acréscimo de mais de 355 mil pessoas procurando emprego.


Rendimento maior


O destaque do mercado de trabalho neste ano, na avaliação de Maia, é o aumento do rendimento médio real dos trabalhadores, que deve registrar uma média de crescimento de 4% em 2006, ante alta de 2% apurada no ano passado. Ele atribui essa melhora a fatores como a estabilidade econômica, a inflação baixa e ao aumento do salário mínimo. O rendimento médio da população ocupada (R$ 1.036,20) cresceu 0,7% em agosto, após cair 0,7% em julho. Em relação a agosto de 2005, esse indicador aumentou 3,5%.


 

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